Depois de não ter tido representantes no revezamento 4 x 400 m rasos dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, o Brasil volta com equipes completas no masculino , no feminino e também no misto em Santiago-2023. Douglas Mendes, Lucas Vilar, Lucas Carvalho, Matheus da Silva e Maxuel Santana foram escolhidos entre os homens, enquanto Jayny Barreto, Letícia Lima, Tábata Carvalho e Tiffani Marinho vão correr no feminino.
O Brasil não tem muita tradição na prova em Jogos Pan-Americanos. Ao todo, foram quatro medalhas no revezamento 4 x 400 m rasos, duas no masculino e duas no feminino, mas nenhuma de ouro.
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Nossos Pódios
O time formado por Sanderlei Parrela, Eronilde Araújo (foto), Claudinei Quirino e Anderson dos Santos foi o responsável por dar ao Brasil a medalha de prata no revezamento 4 x 400m rasos masculino nos Jogos Pan-Americanos Winnipeg 1999. O quarteto completou a prova em 2min58s56, ficando atrás apenas dos jamaicanos Davian Clarke, Michael McDonald, Danny McFarlane e Gregory Haughton.
Foi a prova mais rápida da história do revezamento 4 x 400 m na história dos Jogos Pan-Americanos. O tempo feito pelos brasileiros daria a eles a medalha de ouro em todas as edições dos Jogos, de 1951 a 2019, menos em 1999, quando os jamaicanos fizeram o recorde da competição, que pertence a eles até hoje.
Antes da medalha de prata de 1999, o Brasil já tinha ficado em segundo lugar nos Jogos Pan-Americanos uma vez. Foi em Caracas 1983, quando Evaldo da Silva, Zequinha Barbosa, Agberto Guimarães e Gerson de Souza completaram a prova em 3min02s79, apenas 32 centésimos atrás dos Estados Unidos, que conquistaram a medalha de ouro.
Estrela dos Jogos
Os Estados Unidos são os maiores vencedores do revezamento 4x400m masculino dos Jogos Pan-Americanos com nove medalhas de ouro, mas os americanos enfrentam um jejum de 36 anos sem subir no lugar mais alto do pódio depois deixar escapar apenas uma vez a vitória nas dez primeira edições.
A última medalha de ouro dos Estados Unidos aconteceu em Indianápolis 1987. Depois disso, veio um grande domínio de países do Caribe. Cuba venceu em Havana 1991, Mar Del Plata 1995 e Guadalajara 2001. Jamaica, que tinha sido a única a furar o domínio dos americanos nas primeiras edições ao ganhar o ouro em Chicago 1959, repetiu o feito em Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003. Para completar, Bahamas ganhou no Rio de Janeiro 2007 e Trinidad & Tobago ficou com o título em Toronto 2015. Em Lima-2019, a Colômbia quebrou a hegemonia caribenha ao conquistar o título.
Medalhistas
| ANO |  | MARCA |  | MARCA |  | MARCA |
| 1951 |  EUA | 3:09.9 |  Chile | 3:17.7 |  Argentina | 3:18.4 |
| 1955 | EUA | 3:07.43 |  Jamaica | 3:12.63 |  Venezuela | 3:15.93 |
| 1959 | Jamaica | 3:05.3 | EUA | 3:05.8 |  Porto Rico | 3:12.4 |
| 1963 | EUA | 3:09.62 | Venezuela | 3:12.20 | Jamaica | 3:12.61 |
| 1967 | EUA | 3:02.03 |  Canadá | 3:04.83 | Jamaica | 3:05.99 |
| 1971 | EUA | 3:00.63 | Jamaica | 3:03.98 |  Trinidad e Tobago | 3:04.58 |
| 1975 | EUA | 3:00.76 |  Cuba | 3:02.82 | Canadá | 3:03.92 |
| 1979 | EUA | 3:03.8 | Jamaica | 3:04.7 | Cuba | 3:06.3 |
| 1983 | EUA | 3:00.47 |  Brasil | 3:02.79 | Cuba | 3:03.15 |
| 1987 | EUA | 2:59.54 | Cuba | 2:59.72 | Jamaica | 3:03.57 |
| 1991 | Cuba | 3:01.93 | EUA | 3:02.02 | Jamaica | 3:02.12 |
| 1995 | Cuba | 3:01.53 | Jamaica | 3:02.11 | Trinidad e Tobago | 3:02.24 |
| 1999 | Jamaica | 2:57.97 | Brasil | 2:58.56 | EUA | 3:00.94 |
| 2003 | Jamaica | 3:01.81 | EUA | 3:01.87 |  República Dominicana | 3:02.02 |
| 2007 |  Bahamas | 3:01.94 | EUA | 3:02.44 | República Dominicana | 3:02.48 |
| 2011 | Cuba | 2:59.43 | República Dominicana | 3:00.44 | Venezuela | 3:00.82 |
| 2015 | Trinidad e Tobago | 2:59.60 | EUA | 3:00.21 | Bahamas | 3:00.34 |
| 2019 |  Colômbia | 3:01.41 | EUA | 3:01.72 | Trinidad e Tobago | 3:02.25 |
Quadro de medalhas
| Ordem | País | | | | Total |
| 1 | EUA | 7 | 3 | 1 | 11 |
| 2 | Cuba | 4 | 4 | 2 | 10 |
| 3 | Canadá | 1 | 2 | 2 | 5 |
| 4 |  Colômbia | 1 | 0 | 0 | 1 |
| 5 | Jamaica | 0 | 1 | 3 | 4 |
| 6 | Brasil | 0 | 1 | 1 | 2 |
| 7 |  México | 0 | 1 | 0 | 1 |
| 8 | Venezuela | 0 | 0 | 2 | 2 |
| 9 |  Barbados | 0 | 0 | 1 | 1 |
Nossos Pódios
O Brasil chegou ao pódio do revezamento 4 x 400 m feminino dos Jogos Pan-Americanos apenas duas vezes em toda a história. O melhor resultado foi a medalha de prata, conquistada em Guadalajara 2011 com a equipe formada por Geisa Coutinho, Joelma Sousa, Bárbara de Oliveira e Jailma Lima.
Do grupo que ficou em segundo lugar no México, Geisa Coutinho era a única remanescente da conquista anterior, em Santo Domingo 2003, quando o Brasil ficou com a medalha de bronze no revezamento 4x400m feminino. Na oportunidade, Geisa teve a companhia de Maria Almirão, Josiane Tito e Lucimar Teodoro.
Estrela dos Jogos
As americanas são as grandes estrelas dos Jogos Pan-Americanos no revezamento 4 x 400 m feminino. De 13 edições em que a prova foi disputada, os Estados Unidos levaram o ouro em oito e ainda ganharam três pratas e um bronze. Ou seja, só ficaram de fora do pódio uma vez, em Guadalajara 2011, quando Cuba foi ouro, Brasil foi prata e a Colômbia foi bronze.
Quem mais se aproxima dos Estados Unidos é Cuba, que soma quatro ouros, quatro pratas e quatro bronzes. Além de americanas e cubanas, só o Canadá ganhou a medalha de ouro no revezamento 4 x 400 m feminino dos Jogos Pan-Americanos. O feito aconteceu apenas uma vez na Cidade do México 1975.
Medalhistas
| ANO | | MARCA | | MARCA | | MARCA |
| 1971 | EUA | 3:32.45 | Cuba | 3:34.04 | Jamaica | 3:34.05 |
| 1975 | Canadá | 3:30.36 | EUA | 3:30.64 | Cuba | 3:31.65 |
| 1979 | EUA | 3:29.4 | Cuba | 3:36.3 | Canadá | 3:37.6 |
| 1983 | EUA | 3:29.97 | Canadá | 3:30.24 | Cuba | 3:30.76 |
| 1987 | EUA | 3:23.35 | Canadá | 3:29.18 | Jamaica | 3:29.50 |
| 1991 | EUA | 3:24.21 | Cuba | 3:24.91 | Jamaica | 3:28.3 |
| 1995 | Cuba | 3:27.45 | EUA | 3:31.22 | Colômbia | 3:38.54 |
| 1999 | Cuba | 3:26.70 | EUA | 3:27.50 | Barbados | 3:30.72 |
| 2003 | EUA | 3:27.76 | Cuba | 3:27.34 | Brasil | 3:28.07 |
| 2007 | Cuba | 3:27.51 | México | 3:27.75 | EUA | 3:27.84 |
| 2011 | Cuba | 3:28.09 | Brasil | 3:29.59 | Colômbia | 3:29.94 |
| 2015 | EUA | 3:25.68 | Jamaica | 3:27.27 | Canadá | 3:27.74 |
| 2019 | EUA | 3:26.46 | Canadá | 3:27.01 | Jamaica | 3:27.61 |
Quadro de medalhas
| Ordem | País | | | | Total |
| 1 | EUA | 8 | 3 | 1 | 12 |
| 2 | Cuba | 4 | 4 | 2 | 10 |
| 3 | Canadá | 1 | 3 | 2 | 6 |
| 4 | Jamaica | 0 | 1 | 4 | 5 |
| 5 | Brasil | 0 | 1 | 1 | 2 |
| 6 | México | 0 | 1 | 0 | 1 |
| 7 | Colômbia | 0 | 0 | 2 | 2 |
| 8 | Barbados | 0 | 0 | 1 | 1 |
Estreia nos Jogos Pan-Americanos
O revezamento 4 x 400 m misto vai ser disputado pela primeira vez na história dos Jogos Pan-Americanos em Santiago-2023. A comissão técnica brasileira vai escolher dois homens e duas mulheres para representar o país na prova.
A prova foi introduzida no programa do Mundial de revezamentos em 2017 e foi disputada pela primeira em Jogos Olímpicos em Tóquio-2020. Na oportunidade, o Brasil bateu o recorde sul-americano, mas acabou em 12º lugar e não conseguiu ir à final. Pedro Burmann, Tiffani Marinho, Tabata Carvalho e Anderson Henriques conseguiram a marca de 3:15.89.
Pouco antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em maio de 2021, o Brasil conquistou a medalha de prata na prova no Mundial de revezamentos. Anderson Henriques, Tiffani Marinho, Geisa Coutinho e Alison dos Santos marcaram 3:17.54 para terminar em segundo lugar. Foi o melhor resultado brasileiro na prova até hoje.
A prova
Revezamento 4 × 400 m rasos é uma modalidade olímpica de atletismo, disputada por equipes de velocistas, que correm cada um deles uma volta inteira na pista.
Quatro velocistas competem em equipe dando uma volta inteira na pista. A primeira volta é corrida dentro de raias pré-designadas, assim como a segunda, até começo da reta de chegada. A partir daí, sem mais raias demarcadas, os atletas disputam a prova juntos geralmente correndo na mesma raia, cada um deles sempre portando um bastão a ser entregue ao corredor posterior, que o recebe dentro da zona de troca, uma área de dez metros de comprimento marcada a partir da linha de chegada nas pistas de atletismo. Vence a equipe cujo último atleta cruzar a linha de chegada primeiro com o bastão nas mãos
