O Brasil chega aos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 como o atual campeão do revezamento 4 x 100 m rasos tanto no masculino quanto no feminino. Entre os homens, o país conquistou o título em cinco das últimas seis edições. No feminino, ganhou os dois dos três últimos ouros.
Para manter a hegemonia conquistada, o Brasil vai contar com Erik Cardoso, Felipe Bardi, Jorge Henrique Vides, Paulo André, Rodrigo Nascimento e Renan Gallina no masculino e Rosângela Santos, Vitória Rosa, Ana Carolina Azevedo, Lorraine Martins e Gabriela Mourão no feminino. São seis homens e cinco mulheres, mas apenas quatro serão escolhidos pelas comissão técnica para representar o país em cada etapa da competição.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
Nossos Pódios
O Brasil é o segundo maior vencedor da história do revezamento 4 x 100 m masculino nos Jogos Pan-Americanos, atrás apenas dos Estados Unidos, com cinco medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze. Depois de passar em branco nas sete primeiras edições, os brasileiros chegaram ao pódio pela primeira vez em San Jan 1979. A equipe ficou em terceiro lugar com Milton de Castro, Rui da Silva, Nelson dos Santos e Altevir de Araújo.
Quatro anos depois, em Caracas, o Brasil alcançou de novo a medalha de bronze com Gerson de Souza, João Batista de Silva, Nelson dos Santos, único remanescente dos Jogos anteriores, e o então jovem Robson Caetano.
Cinco ouros nas últimas seis edições
Mas a primeira vitória no revezamento 4 x 100 m masculino teve que esperar 16 anos e só saiu nos Jogos Pan-Americanos Winnipeg 1999. Com Claudinei Quirino, André Domingos, Edson Ribeiro e Vicente Lenílson, o Brasil faturou a medalha de ouro. Feito que foi repetido nas três edições seguintes dos Jogos Pan-Americanos. Em Santo Domingo 2003, a mesma equipe de quatro anos antes subiu ao lugar mais alto do pódio. No Rio de Janeiro 2007, Vicente Lenílson levou sua terceira medalha de ouro no revezamento 4x100m masculino, mas com a companhia de Rafael Ribeiro, Basílio Morais e Sandro Viana.
Em Guadalajara 2011, Sandro Viana repetiu a dose ao lado de Ailson Feitosa, Nilson André e Bruno de Barros. Em Toronto 2015, o Brasil teve sua sequência de conquistas quebrada, mas ficou com a medalha de prata com Gustavo dos Santos, Vitor Hugo dos Santos, Bruno de Barros e Aldemir Júnior.
O Brasil recuperou a hegemonia em Lima-2019 do revezamento 4 x 100 m masculino ao conquistar a quinta medalha de ouro com Paulo André, Rodrigo Nascimento, Jorge Henrique Vides e Derick Silva. Os três primeiros fazem parte da convocação para os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.
Estrela dos Jogos
Apesar de só ter levado uma medalha de ouro nas últimas oito edições dos Jogos Pan-Americanos, os Estados Unidos seguem sendo os maiores vencedores do revezamento 4 x 100 m masculino. Entre Buenos Aires 1951 e Indianápolis 1987, o domínio foi praticamente completo. Em dez edições, foram nove medalhas de ouro e uma de bronze. O único país que conseguiu quebrar a hegemonia foi a Jamaica em Cáli 1971.
Na última dessa sequência de conquistas, os Estados Unidos contou com a presença de Carl Lewis (foto), um dos maiores velocistas de todos os tempos. De lá para cá, no entanto, os americanos optaram por levar equipes jovens e “só” levaram duas pratas e um bronze em seis edições. O fim do jejum aconteceu em Toronto 2015, mas a vitória só aconteceu porque a equipe canadense, que tinha vencido a prova, acabou desclassificada.
Medalhistas
Quadro de Medalhas
Nossos Pódios
Nas últimas três edições de Jogos Pan-Americanos, o Brasil conquistou duas medalhas de ouro no revezamento 4 x 100 m feminino. Com os resultados, o país passou a ser o terceiro maior vencedor da história atrás apenas dos Estados Unidos e da Jamaica. Rosângela Santos é a única velocista presente nas duas conquistas.
A primeira conquista do revezamento 4 x 100 m feminino foi nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011. Para subir no lugar mais alto do pódio, a equipe brasileira contou com Ana Cláudia Lemos, Franciela Krasucki, Rosângela Santos e Vanda Gomes.
O feito se repetiu em Lima-2019 com Rosângela Santos, Vitória Cristina Rosa, Lorraine Martins e Andressa Fidélis. Antes dos dois ouros, o Brasil foi bronze em 1963 e em 1987.
Estrela dos Jogos
Os Estados Unidos são o grande bicho papão do revezamento 4 x 100 m feminino da história dos Jogos Pan-Americanos. Em 18 edições da prova, as americanas levaram 17 medalhas, 12 delas de ouro, acompanhadas de mais três pratas e dois bronzes. Os únicos países capazes de furar a hegemonia do Tio Sam foram Jamaica, três vezes, Brasil, duas, e Cuba, uma.
Medalhistas
Quadro de medalhas
A prova
O revezamento 4x100m rasos é uma modalidade olímpica de atletismo, disputada por equipes de velocistas. A prova é constituída por quatro percursos iguais de 100 metros, percorridos por quatro atletas alternadamente e em sequência, na mesma raia, completando uma volta inteira na pista padrão de 400 metros, carregando um bastão que deve ser passado entre eles.
Apesar do conceito da corrida em revezamento poder ser traçado desde a Grécia Antiga, onde bastões com mensagens em seu interior eram entregues através de uma série de correios, os estafetas, daí o seu nome no português europeu, o revezamento moderno descende das corridas de caridade organizadas pelos bombeiros de Nova York nos anos 1880, em que bandeirolas vermelhas eram entregues a cada 300 jardas.
Regras
Quatro velocistas, na mesma raia designada e marcada no chão da pista, correm 100 m cada um para completar uma volta no estádio. Durante suas corridas individuais eles devem carregar um bastão que deve ser passado ao próximo corredor dentro de uma faixa de troca de 20 metros marcada no chão, 10 metros antes e 10 metros depois da linha de partida de cada “perna” subsequente. O corredor à frente geralmente começa a correr em velocidade total com um braço esticado para trás para receber o bastão do corredor anterior. A entrega dele fora da área designada resulta em desclassificação da equipe. Caso ocorra a queda do bastão, o atleta que recebeu deve voltar e buscar. Tecnicamente, é uma prova onde a sincronia perfeita na troca de bastões pode compensar uma inferioridade na velocidade dos corredores