Medalha de prata nos Jogos Pan-Americano de Lima-2019, Altobeli da Silva vai tentar repetir o feito de Hudson de Souza, campeão em Santo Domingo-2023 nos 5000 m rasos masculino, em Santiago-2023. No feminino, não haverá representantes brasileiras.
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Nossos pódios
O maior momento do Brasil na história da prova dos 5000 m rasos nos Jogos Pan-Americanos aconteceu em Santo Domingo 2003. Dois brasileiros subiram no pódio: Hudson de Souza com a medalha de ouro e Marilson Gomes da Silva com o bronze. A conquista impediu que o México chegasse pela sexta vez seguida ao lugar mais alto do pódio na prova.
Para ficar com o ouro, Hudson completou a prova em 13min50s71, pouco mais de dois segundos à frente do mexicano José David Galván.
Antes da dobradinha histórica, o Brasil já tinha subido ao pódio com as pratas de Adauto Domingues em Indianápolis 1987, Wander Moura em Mar Del Plata 1995 e Elenilson da Silva em Winnipeg 1999. No Rio de Janeiro 2007, Marilson Gomes da Silva voltou ao pódio para ser bronze, mesma medalha conquistada por Joilson da Silva em Guadalajara 2011.
Nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, Altobeli da Silva voltou a levar o Brasil ao pódio ao conquistar a medalha de prata. Numa prova muito disputada, o brasileiro ficou apenas um centésimo a frente do chileno Carlos Díaz para ficar em segundo lugar. O vencedor foi o mexicano Fernando Martínez Estrada, que ficou apenas 55 centésimos na frente de Altobeli.
A estrela dos Jogos
O argentino Osvaldo Suárez e o mexicano Juan Luís Barrios (foto) são os maiores vencedores da história dos 5000 m rasos nos Jogos Pan-Americanos com duas medalhas de ouro e uma de prata cada um.
Oswaldo Suarez ganhou ouro pela primeira vez em 1955. Quatro anos depois, foi derrotado por Bill Dellinger, dos Estados Unidos. Em 1963, em São Paulo, voltou a ser campeão com sua melhor marca em Pans: 14min25s81.
Já o mexicano José Luís Barrios foi ouro em Guadalajara 2011 e em Toronto 2015. A primeira medalha dele, no entanto, foi prata no Rio de Janeiro 2007.
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1951 | Ricardo Bralo Argentina | 14:57.2 | John Twomey EUA | 14:57.5 | Gustavo Rojas Chile | 15:06.4 |
1955 | Osvaldo Suárez Argentina | 15:30.6 | Horace Ashenfelter EUA | 15:31.4 | Jaime Correa Chile | 15:39.2 |
1959 | Bill Dellinger EUA | 14:28.4 | Osvaldo Suárez Argentina | 14:28.6 | Doug Kyle Canadá | 14:33.0 |
1963 | Osvaldo Suárez Argentina | 14:25.81 | Charley Clark EUA | 14:27.16 | Bob Schul EUA | 14:29.21 |
1967 | Van Nelson EUA | 13:47.4 | Lou Scott EUA | 13:54.0 | Juan Martínez México | 13:54.0 |
1971 | Steve Prefontaine EUA | 13:52.53 | Steve Stageberg EUA | 14:00.76 | Mario Pérez México | 14:03.98 |
1975 | Domingo Tibaduiza Colômbia | 14:02.00 | Theodore Castaneda EUA | 14:03.20 | Rodolfo Gómez México | 14:05.25 |
1979 | Matt Centrowitz EUA | 14:01.0 | Herb Lindsay EUA | 14:04.1 | Rodolfo Gómez México | 14:05.0 |
1983 | Eduardo Castro México | 13:54.11 | Gerardo Alcalá México | 13:54.37 | Domingo Tibaduiza Colômbia | 13:59.68 |
1987 | Arturo Barrios México | 13:31.40 | Adauto Domingues Brasil | 13:46.41 | Omar Aguilar Chile | 13:47.86 |
1991 | Arturo Barrios México | 13:34.67 | Ignacio Fragoso México | 13:35.83 | Antonio Silio Argentina | 13:45.15 |
1995 | Armando Quintanilla México | 13:30.35 | Wander Moura Brasil | 13:45.53 | Silvio Guerra Equador | 13:52.29 |
1999 | David Galván México | 13:42.04 | Elenilson da Silva Brasil | 13:43.13 | Jeff Schiebler Canadá | 13:43.66 |
2003 | Hudson de Souza Brasil | 13:50.71 | José David Galván México | 13:52.92 | Marílson Gomes dos Santos Brasil | 13:56.90 |
2007 | Ed Moran EUA | 13:25.60 | Juan Luis Barrios México | 13:29.87 | Marílson Gomes dos Santos Brasil | 13:30.87 |
2011 | Juan Luis Barrios México | 14:13.77 | Byron Piedra Equador | 14:15.74 | Joílson da Silva Brasil | 14:16.11 |
2015 | Juan Luis Barrios México | 13:46.47 | David Torrence EUA | 13:46.60 | Víctor Aravena Chile | 13:46.94 |
2019 | Fernando Martinez Estrada México | 13:53.87 | Altobeli da Silva Brasil | 13:54.42 | Carlos Díaz Chile | 13:54.43 |
Quadro de medalhas
Nossos pódios
O Brasil contou com representantes no pódio dos 5000 m rasos feminino nas duas últimas edições dos Jogos Pan-Americanos. Cruz Nonata foi a primeira ao ganhar a medalha de prata em Guadalajara 2015, dias depois de ter subido ao segundo lugar do pódio na prova dos 10000 m. Mas a grande conquista veio com Juliana Santos em Toronto 2015. A ganhadora do ouro nos 1500 m do Rio de Janeiro 2007 repetiu feito nos 5000m oito anos depois e subiu ao lugar mais alto do pódio depois de uma arrancada fulminante na última volta, deixando para trás a mexicana Brenda Flores e a americana Kellyn Taylor.
A estrela dos Jogos
A prova dos 5000 m rasos feminino demorou para começar a ser disputada nos Jogos Pan-Americanos. A estreia dela só aconteceu em Mar Del Plata 1995. Foi exatamente lá que começou o domínio da mexicana Adriana Fernández. Ela ganhou o ouro na Argentina e repetiu o feito mais duas vezes: em Winnipeg 1999 e Santo Domingo 2003. As três conquistas a tornaram a maior vencedora dos 5000m feminino na história dos Jogos Pan-Americanos. Especialista em provas de fundo, ela foi também a primeira mexicana a vencer a Maratona de Nova Iork
Medalhistas
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1995 | Adriana Fernández México | 15:46.32 | María del Carmen Díaz México | 15:46.43 | Carol Montgomery Canadá | 15:46.80 |
1999 | Adriana Fernández México | 15:56.57 | Bertha Sánchez México | 15:59.04 | Blake Phillips EUA | 15:59.77 |
2003 | Adriana Fernández México | 15:30.65 | Nora Rocha México | 15:40.98 | Nicole Jefferson EUA | 15:42.40 |
2007 | Megan Metcalfe Canadá | 15:35.78 | Catherine Ferrell EUA | 15:42.01 | Leticia Rocha de la Cruz México | 15:43.80 |
2011 | Marisol Romero México | 16:24.08 | Cruz da Silva Brasil | 16:29.75 | Santa Inés Melchior Peru | 16:41.50 |
2015 | Juliana dos Santos Brasil | 15:45.97 | Brenda Flores México | 15:47.19 | Kellyn Taylor EUA | 15:52.78 |
2019 | Laura Galván México | 15:35:47 | Jessica O’Connell Canadá | 15:36:08 | Kimberley Conley EUA | 15:36:95 |
Quadro de medalhas
A prova
5000 metros é uma modalidade olímpica de atletismo é uma das corridas de fundo disputadas em pista, com um total de 12½ voltas em torno da pista padrão de 400 metros do estádio.
Os antigos gregos já organizavam corridas de resistência semelhantes às corridas de longa distância atuais. Durante o século XIX, corridas em distâncias semelhantes eram realizadas como apostas nos Estados Unidos e na Inglaterra.[1] A prova entrou no programa olímpico em Estocolmo 1912, com a vitória do finlandês Hannes Kolehmainen.
Introduzida no programa olímpico para mulheres em Atlanta 1996, em substituição aos 3000 metros e equiparando as mulheres aos homens, a primeira campeã olímpica foi a chinesa Wang Junxia.