O Brasil será representado por Vitória Rosa e Lorraine Martins nos 100 m feminino dos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023.
Pódios do Brasil nos 100 m feminino em Jogos Pan-Americanos
O Brasil é a terceira maior força dos 100m feminino na história dos Jogos Pan-Americanos. Apesar de ter ganho apenas duas medalhas de ouro, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos, que somaram 11 ouros, 11 pratas e dois bronzes, e da Jamaica, que assumiu a segunda colocação com o ouro de Elaine Thompson em Lima-2019.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
A primeira conquista brasileira aconteceu em 1983 com Esmeralda de Jesus, que marcou 11s31, dois centésimos a mais do que a americana Jackie Washington, que terminou com a medalha de prata. A segunda vez que uma brasileira subiu ao lugar mais alto do pódio aconteceu 28 anos depois. Em Guadalajara 2011, Rosangela Santos ficou com a medalha de ouro com a marca de 11s22, três centésimos a frente de Bárbara Pierre, dos Estados Unidos. Nos Jogos de Lima-2019, Vitória Cristina Rosa conquistou a medalha de bronze.
Em Santiago-2023, Vitória Rosa vai tentar uma nova medalha nos 100 m feminino, enquanto Rosangela dos Santos está na equipe que vai aos Jogos Pan-Americanos, mas vai disputar apenas o revezamento 4 x 100 m.
A estrela dos 100 m feminino nos Jogos Pan-Americanos
Os Estados Unidos é a grande força dos 100m rasos feminino na história dos Jogos Pan-Americanos com 11 medalhas de ouro em 18 disputadas, mas vai tentar acabar com um tabu de 16 anos sem vitória em Santiago-2023.
Apesar da força estadunidense, a atleta que detém o título de maior vencedora da prova em Pans não é americana. Trata-se de Liliana Allen, nascida em Cuba, que ganhou duas medalhas por seu país e depois se naturalizou mexicana e subiu ao pódio também com a nova nacionalidade. Como cubana, ela ganhou o ouro em Havana 1991 e a prata em Mar del Plata 1995. Pelo México, foi bronze em Santo Domingo 2013. Além das três medalhas nos 100m rasos, Lilian Allen levou dois ouros nos 200m rasos (1991 e 1995) e três pratas no revezamento 4x100m (1987, 1991 e 1995), totalizando oito pódios em Pans. Ela participou de três edições dos Jogos Olímpicos (1992, 1996 e 2004).
Medalhistas dos 100 m feminino nos Jogos Pan-Americanos
ANO | TEMPO | TEMPO | TEMPO | |||
1951 | Julia Sánchez Peru | 12.2 | Jean Patton EUA | 12.3 | Lilián Heinz Argentina | 12.7 |
1955 | Barbara Jones EUA | 11.90 | Mae Faggs EUA | 12.07 | María L. Castelli Argentina | 12.38 |
1959 | Lucinda Williams EUA | 12.1 | Wilma Rudolph EUA | 12.3 | Carlota Gooden Panamá | 12.3 |
1963 | Edith McGuire EUA | 11.65 | Miguelina Cobián Cuba | 11.69 | Marilyn White EUA | 11.85 |
1967 | Barbara Ferrell EUA | 11.59 | Miguelina Cobián Cuba | 11.69 | Irene Piotrowski Canadá | 11.78 |
1971 | Iris Davis EUA | 11.25 | Stephanie Berto Canadá | 11.40 | Silvia Chivás Cuba | 11.47 |
1975 | Pamela Jiles EUA | 11.38 | Patty Loverock Canadá | 11.41 | Marjorie Bailey Canadá | 11.42 |
1979 | Evelyn Ashford EUA | 11.07 | Brenda Morehead EUA | 11.11 | Angella Taylor Canadá | 11.36 |
1983 | Esmeralda Garcia Brasil | 11.31 | Jackie Washington EUA | 11.33 | Luisa Ferrer Cuba | 11.38 |
1987 | Gail Devers EUA | 11.14 | Diane Williams EUA | 11.25 | Pauline Davis Bahamas | 11.47 |
1991 | Liliana Allen Cuba | 11.39 | Chryste Gaines EUA | 11.46 | Beverly McDonald Jamaica | 11.52 |
1995 | Chryste Gaines EUA | 11.05 | Liliana Allen Cuba | 11.16 | Heather Samuel Antígua e Barbuda | 11.33 |
1999 | Chandra Sturrup Bahamas | 11.10 | Angela Williams EUA | 11.16 | Peta-Gaye Gayle Jamaica | 11.20 |
2003 | Lauryn Williams EUA | 11.12 | Angela Williams EUA | 11.15 | Liliana Allen México | 11.28 |
2007 | Mikele Barber EUA | 11.02 | Mechelle Lewis EUA | 11.24 | Chandra Sturrup Bahamas | 11.29 |
2011 | Rosângela Santos Brasil | 11.22 | Barbara Pierre EUA | 11.25 | Shakera Reece Barbados | 11.26 |
2015 | Sherone Simpson Jamaica | 10.95 | Ángela Tenorio Equador | 10.99 | Barbara Pierre EUA | 11.01 |
2019 | Elaine Thompson Jamaica | 11.18 | Michelle-Lee Ahye Trinidad e Tobago | 11.27 | Vitória Cristina Rosa Brasil | 11.30 |
Quadro de Medalhas dos 100 m feminino nos Jogos Pan-Americanos
Ordem | País | Total | |||
1 | EUA | 11 | 11 | 2 | 24 |
2 | Jamaica | 2 | 0 | 3 | 5 |
3 | Brasil | 2 | 0 | 1 | 3 |
4 | Cuba | 1 | 3 | 2 | 6 |
5 | Bahamas | 1 | 0 | 3 | 4 |
6 | Peru | 1 | 0 | 0 | 1 |
7 | Canadá | 0 | 2 | 3 | 5 |
8 | Equador | 0 | 1 | 0 | 1 |
9 | Argentina | 0 | 0 | 2 | 2 |
10 | Panamá | 0 | 0 | 1 | 1 |
Antilhas Holandesas | 0 | 0 | 1 | 1 | |
México | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Barbados | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Trinidad e Tobago | 0 | 0 | 1 | 1 |
A prova
100 metros rasos é uma modalidade olímpica de corrida de velocidade no atletismo. A mais curta das distâncias disputadas em eventos ao ar livre, é também uma das mais populares modalidades do esporte.
Os atletas largam de blocos firmados no chão ao som de um sinal de partida e correm dentro de raias demarcadas na pista. As solas têm pregos de comprimento máximo fixado em 8,4 milímetros, e a espessura da sola não pode ultrapassar treze milímetros. O vencedor é determinado pelo primeiro a cruzar o torso na linha de chegada; pernas e braços são desconsiderados. Quando a avaliação do vencedor não é possível ao olho humano, é usado um sistema de photo finish para determinar o campeão.
Provas disputadas com uma velocidade de vento favorável maior que 2 m/s não são aceitáveis para a homologação de recordes. Sensores colocados no bloco de largada marcam o tempo de reação dos atletas ao sinal de largada; um tempo de reação inferior a 0.1s é considerado como largada falsa, os velocistas são chamados de volta à largada, e o responsável desclassificado. Um atleta também pode ser desclassificado caso pise fora da linha que delimita sua raia de corrida