Giovanna Pedroso tinha 17 anos quando disputou sua primeira Olimpíada em 2016. Oito anos depois, ela busca no Mundial de Esportes Aquáticos, que acontece em Doha, no Catar, uma vaga em Paris-2024. Em oito anos, ela passou por muita coisa, virou mãe e amadureceu. É praticamente uma outra atleta que agora busca chegar aos Jogos pela segunda vez na carreira. Veja reportagem completa em vídeo!
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“Ser mãe é muito bom. É muito cansativo, mas é a melhor experiência da minha vida. Eu mudei muito. Eu aprendo muito todos os dias. Hoje tudo o que eu faço é pensando no meu filho. Eu vejo que eu tenho mais força, tenho mais garra. A minha cabeça mudou muito. Eu amadureci demais. Hoje eu vejo a diferença. Até aqui no esporte foi muito bom para mim ser mãe. Eu vejo que eu tenho muito mais vontade. Eu sei que eu tenho que lutar por alguém. Então, foi a melhor coisa que me aconteceu”, acredita a mãe do pequeno Nicolas, de apenas um ano e quatro meses.
RECOMEÇO VITORIOSO
A volta de Giovanna Pedroso aos saltos ornamentais aconteceu no começo do ano passado. Foram praticamente dois anos sem competir, mas logo em seu retorno ela colocou no peito a medalha de ouro do Troféu Brasil. “Tinha só quatro meses que eu tinha voltado a treinar depois de ser mãe e isso foi muito importante para mim. É uma coisa que eu nunca vou esquecer. Foi a competição que me classificou para o Pan”, lembra a atleta, que seis meses depois faturou a medalha de bronze na plataforma sincronizada ao lado de Ingrid Oliveira em Santiago-2023.
O pódio dos Jogos Pan-Americanos foi marcante por dois motivos. O primeiro por conta da dupla repetir o feito de Toronto-2015, quando conquistaram a prata, e o segundo pela retomada da amizade duas atletas. Elas se desentenderam e deixaram de se falar durante a Olimpíada do Rio de Janeiro e só voltaram a conversar em 2023. Mais uma vez a maturidade de mãe de Giovanna fez a diferença para o acerto de contas.
“Foi o principal, tanto da minha parte quanto da parte dela também, da gente poder sentar e conversar e repensar tudo o que aconteceu. A gente conseguiu sentar e a gente voltou nos assuntos todos que aconteceram com a gente. Entendemos quem errou, quem não errou, o quanto a gente não era madura para sentar e conversar. Então, a gente teve essa maturidade agora de sentar e colocar os pingos nos is, que era o que precisava”, relembra Giovanna Pedroso.
VAGA OLÍMPICA
Giovanna Pedroso disputa as eliminatórias da plataforma de 10m a partir das 4h02 da manhã de domingo. Na segunda-feira, acontecem as semifinais e a final. Em jogo, estarão 12 vagas olímpicas. Vale lembrar que já temos 15 classificadas, 12 pelo Mundial do ano passado, quando Ingrid Oliveira conseguiu a vaga dela, e mais três por competições continentais.
A atleta-mãe está confiante e acredita que tem tudo para carimbar o seu passaporte para Paris e sacramentar o desejo reforçado desde que Nicolas nasceu por mais que dê um trabalho danado treinar e ainda cuidar de uma criança de um ano e quatro meses.
“Estou bem confiante! Esta reta final está saindo do jeito que a gente espera. Eu estou conseguindo dar o meu melhor agora. Às vezes eu chego muito cansada, mas eu estou conseguindo dar o melhor. Quero muito estar na Olimpíada e é isso que vai me movendo. Fora que o que eu conquistar eu vou poder dar uma coisa melhor para o meu filho, né? Então, eu chego para treinar cansada e dou o meu melhor. Chego em casa cansada, mas é o meu filho. Então, é o que me dá força também para ser melhor”, finaliza.