Atletas brasileiros conquistaram medalhas no Grand Prix de Porto Rico e no Grand Prix da Itália, mas passaram longe do pódio no Mundial. Veja como foi o ano dos saltos ornamentais para o Brasil!
No início de 2017, três saltadoras brasileiras confirmaram presença no Grand Prix de Porto Rico, ao se classificarem na Seletiva Nacional de Saltos Ornamentais. São elas: Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso na plataforma, e Luana Lira no trampolim. A competição nacional também garantiu a vaga de atletas brasileiros no Sul-Americano Juvenil e Junior de Esportes Aquáticos, que aconteceu em Cali, na Colômbia, em abril.
Ao todo, a delegação do Brasil no Sul-Americano contou com 147 representantes oficiais, divididos entre atletas e comissão técnica. Em uma das melhores campanhas do país, os brasileiros conquistaram o vice-campeonato Sul-Americano Juvenil de Saltos Ornamentais, trazendo para casa 24 medalhas, sendo oito de ouro, sete de prata e nove de bronze.
Já no Grand Prix de Porto Rico, no início de maio, Ingrid Oliveira foi a única brasileira a subir no pódio. A atleta conquistou a medalha de bronze na plataforma de 10m, ficando atrás apenas da chinesa Xin Liu e da francesa Laura Marino.
No mesmo mês, foi disputado o Troféu Brasil de Saltos Ornamentais 2017, no parque aquático Maria Lenk, com eliminatórias de duas provas olímpicas – plataforma feminina e trampolim de 3 metros masculino – e a definição de outras três. Ao final da competição, o Fluminense sagrou-se decacampeão, somando 307 pontos no total. Após esta etapa, também foi definido o sexteto que foi ao Campeonato Mundial FINA de Budapeste: Giovanna Pedro, Ian Matos, Ingrid Oliveira, Isaac Souza, Luana Lira, Tammy Galera.
Antes de voltarem as atenções para o Mundial, no entanto, os atletas brasileiros participaram do Grand Prix da Itália e fizeram bonito. A dupla formada por Luana Lira e Tammy Galera conquistou bronze no trampolim de 3 metros sincronizado. Ingrid Oliveira conquistou a prata na plataforma de 10m. E no último dia de competições, Isaac Souza conquistou a medalha de ouro na plataforma, com 394 pontos cravados. Tammy Galera ainda subiu ao pódio mais duas vezes: na prova individual do trampolim de 3 metros com o bronze e ao lado de Ian Matos, com a prata no trampolim de 3 metros sincronizado misto.
O Brasil apostou na nova geração dos saltos ornamentais para o Mundial, em julho, mas a escolha não rendeu bons frutos. Nenhum atleta brasileiro conquistou medalha nas disputas.
Voltando ao cenário nacional, a Taça Brasil de Saltos Ornamentais também aconteceu no Maria Lenk, em novembro, servindo como seletiva para o Fina Grand Prix 2018. Ao todo, 40 atletas participaram da competição, divididos em suas respectivas provas, representando nove clubes e seis estados do Brasil. Ingrid Oliveira e Ian Matos, ambos do Fluminense, venceram no feminino e masculino a Taça.
Isaac Souza foi o grande destaque do segundo dia de competições da 17ª Taça Brasil de Saltos Ornamentais. O atleta conquistou o índice A do Fina Grand Prix 2018, na plataforma. No feminino, Tammy Galera ganhou no trampolim de 3m e o Fluminense venceu na prova de equipes.
Ano conturbado para a CBDA
De um modo geral, o ano da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) foi inquieto, marcado pela prisão de Coaracy Nunes, então presidente da entidade. O cartola foi acusado de desvio de recursos públicos da Confederação pela Polícia Federal em uma das etapas da operação Águas Claras. O calendário das modalidades, entretanto, não sofreu alterações.
Com o imbróglio, Miguel Cagnoni – ex-presidente da Federação Aquática Paulista – foi eleito como novo líder da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Apesar da Fina (Federação Internacional de Natação) não ter reconhecido o resultado da eleição, o comandante tomou posse do cargo na entidade. A Fina, por sua vez, fez exigências para o reconhecimento da mudança.