O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou os porta-bandeiras na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Dentre os dois anunciados nesta segunda-feira (22), Raquel Kochhann talvez seja o nome menos conhecido do grande público se comparado ao do campeão olímpico Isaquias Queiroz. Entretanto, a capitã da seleção feminina de rugby sevens é dona de uma linda história de superação, cujo feito é tão grande quanto qualquer medalha.
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Natural de Saudades, Interior de Santa Catarina, Raquel Kochhann sonhava em marcar gols no futebol. Contudo, acabou se encontrando com a bola oval. Ela lidera as Yaras, como são conhecidas as jogadoras da seleção feminina, desde que o rugby sevens entrou para o programa olímpico, na Rio 2016.
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“Ser atleta olímpico é difícil. Essa sensação de estar na frente, levando a bandeira para o mundo inteiro ver numa Cerimônia de Abertura é algo que não consigo explicar em palavras. A minha ficha ainda não caiu, acho que só quando eu estiver lá para saber o que vou sentir”, declarou Raquel Kochhann em entrevista ao COB.
Vencendo o câncer
Um pouco antes de Tóquio-2020, descobriu um caroço que se revelaria um câncer de mama. Encarou mastectomia, quimio e radioterapia de cabeça erguida. Voltou a jogar pela seleção no início deste ano, durante uma etapa do Circuito Mundial de Rugby Sevens.
“Eu sempre quis ser atleta e o ambiente e a energia do nosso grupo me fazem bem, o que foi essencial para manter a força mental para seguir em frente”, havia dito Raquel após a convocação para a etapa em Perth, na Austrália. “É uma grande conquista estar de volta ao time principal e a uma etapa do Circuito Mundial. Eu quero jogar novamente uma Olimpíada e estou muito feliz”, finalizou na ocasião
Crescimento do rugby
Bastante popular na França, o rugby ainda engatinha em termos de popularidade no Brasil. Contudo, o esporte ainda tem potencial para crescimento. As Yaras sevens são a principal seleção brasileira da modalidade em resultados. Além das participações olímpicas, a equipe possui medalhas internacionais como em Jogos Pan-Americanos e também está na elite do Circuito Mundial.
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“No Brasil a gente trabalha muito para que o rugby cresça e ganhe seu espaço. A gente sabe que a realidade do nosso esporte não é ter uma medalha de ouro numa Olimpíada por enquanto, apesar de termos esse sonho. Mas sempre vi que quem carrega essa bandeira tem uma história incrível, com medalhas de ouro, e representa uma grande conquista. Muito obrigada de verdade por essa honra. Vou dormir com essa bandeira do meu lado”, confessou Raquel em entrevista ao COB.
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