Izzy Cerullo é um dos nomes mais conhecidos da seleção brasileira de rúgbi sevens feminino. Sendo uma das mais experientes do grupo, já tendo participado de duas edições de Jogos Olímpicos, a atleta avalia o ano de 2021, apesar do resultado do Brasil em Tóquio, e projeta o futuro da equipe nacional.
“2021 pro Rúgbi foi um ano que a gente teve que correr contra o tempo, porque ficamos parado muito tempo e tivemos que recuperar para voltar a ter o nível que a gente precisava para os Jogos Olímpicos. Para mim esse período antes dos jogos de Tóquio foi só de aproveitamento. Buscando fazer valer cada momento. Eu amo o rúgbi e achei que não teria essa oportunidade de viver outro Jogos Olímpicos, por conta de tudo que aconteceu depois de 2020. Por conta disso, esse ano me marcou tanto e eu tenho sentimento de gratidão por tudo”.
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Além da gratidão por ter conseguido fazer parte desse novo momento da modalidade no Brasil, Izzy Cerullo sabe que o ano marcou uma ‘troca’ de posicionamento dentro da seleção brasileira. Aos 30 anos, a atleta sabe que vive um momento de passar o que sabe e a experiência que tem para as jogadoras mais novas da equipe.
“Tenho mais de sete anos na seleção, fiz parte de dois Jogos Olímpicos e consigo trabalhar o meu processo de forma mais individual. É legal conseguir compartilhar o meu conhecimento, estar lá para ajudar o grupo e saber que, as vezes, eu preciso dar um passo atrás para que outras meninas assumam responsabilidade no processo. Está sendo bem legal trabalhar com essa conciência” .
O futuro
Apos o 11º lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a seleção brasileira seguiu competindo em 2021. Apesar de jovem, o grupo das Yaras, como a seleção é conhecida, conseguiu o sexto lugar em uma das etapas da Copa do Mundo, resultado histórico para o país até hoje. Por conta disso, Izzy Cerullo é direta ao ser perguntada sobre o que ela pensa sobre o futuro da equipe no ciclo até os Jogos de Paris, em 2024.
“Falando de seleção brasileira é mais manter o mesmo embalo e não deixar abaixar. Tóquio, para muitas meninas do grupo, não foi o auge. Para elas era muito o início de uma carreira que vai ser mais longa. Além disso, precisamos abraçar o treinador novo que chegou. A ‘estreia’ dele foi em Tóquio e o legal foi ter conseguido fazer começar o processo lá. É legal que agora temos mais competições, precisamos manter o pé no acelerador poque vai ser mais curto e quem quer precisa querer bastante porque não vai ter um momento para descansar”.
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“O grupo tem tudo para crescer muito nos próximos anos. Seja por conta da idade, experiência, maturidade, potencial, elas tem tudo para abraçar e se desenvolver em vários aspectos”.