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Tóquio 2020

Com grupo novo e bom entrosamento, Yaras vão confiantes para Tóquio

A um mês da estreia em Tóquio, jogadoras e técnico exaltam crescimento e confiança das Yaras para disputa

Yaras - Tóquio 2020
(Divulgação)

Daqui exatos 30 dias, as Yaras farão sua estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. É apenas a segunda vez que o rubgy sevens será disputado em uma Olimpíada, a primeira tendo sido na Rio 2016. Cinco anos depois, a seleção brasileira da modalidade chega para a competição com um grupo totalmente diferente e mais jovem, o que pode ser um diferencial segundo as próprias atletas.

“A pandemia trouxe uma oportunidade para o grupo. Depois da Rio 2016, muitas atletas se aposentaram e time precisou passar a temporada Circuito Mundial, em 2017, com um grupo bem novo, cru de nível internacional. E ao longo desses anos, de tentar se classificadar [para Tóquio], o grupo vem crescendo. E mesmo em 2020 e 2021, com a pandemia, o grupo teve esse ano a mais para ganhar experiência e se fortalecer. Então foi um ciclo muito atípico, mas muito especial para as Yaras”, explicou a atleta Izzy Cerullo em coletiva de imprensa nesta terça-feira (29).

+Confira a convocação das Yaras para Tóquio 2020

“No grupo que temos hoje, a gente vê o trabalho que foi construído antes da Rio 2016. Nomes como a Bianca, a Mari… Elas já estavam treinando com a seleção. Então a preparação delas durou oito anos e não só esse ciclo olímpico. É muito legal ver que essas sementes que foram plantadas pelo grupo que sonhou o primeiro sonho olímpico, estão sendo colhidas hoje” completou.

Juventude experiente

Apesar da média de idades ser menor neste ano, a capitã das Yaras, Raquel Kochhann, vê uma seleção mais experiente. “São grupos completamente diferentes, em todos os sentidos. Em 2016, nós tínhamos um grupo muito experiente de rugby, mas com pouca experiência internacional. Então por mais que fosse um grupo mais velho, a gente não jogava tanto campeonato internacional. Então o rugby mudou muito desde 2016, de maneira geral, e hoje ele é grupo mais novo, mas com maior experiência com jogos internacionais”.

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Além de mais experiência, as meninas mais novas trazem também um frescor para o grupo que vai a Tóquio. “Elas trazem um pouco mais de ousadia e alegria. E talvez não tenham tanta noção do impossível como a gente que já teve. Elas têm menos barreiras mentais nesse sentido e trazem mais confiança para o grupo. E aos poucos, a gente está começando a entender que é possível construir um rugby brasileiro, que é nosso, com estilo e fortalezas próprias. Esperamos mostrar mais disso em Tóquio”, completou Izzy.

Contornando a pandemia

O ciclo foi atípico, com a preparação tendo sido afetada pela pandemia, e técnico das Yaras não vê a preparação como ideal. Mas, dentro do que foi possível, as meninas chegam muito bem preparadas e prontas para enfrentar os adversários. E mais do que isso, mostrar o crescimento das Yaras.

“A coisa mais importante é chegar nos Jogos com a cabeça boa. Chegar lá livre, sem medo de errar e com a expectativa de fazer algo grande. É a chance que elas têm de deixar tudo dentro de campo, mesmo com todas as dificuldades que teve, mostrar que esse grupo está crescendo e ficando cada vez mais forte. Então minha expectativa, como staff, é conseguir que elas cheguem nos torneios ainda amando o jogo, tendo esse prazer em jogar. Lógico que vão ter questões técnicas, eu gritando, que é meio normal, mas o mais importante é que elas cheguem bem”, pontuou Will.

Yaras - Tóquio 2020
Yaras estão no grupo B dos Jogos Olímpicos (Divulgação)

Preparadas para Tóquio

Na última segunda-feira (29), as Yaras conheceram o chavemente do rugby em Tóquio 2020. Elas caíram no grupo B, ao lado de França, Canadá e Fiji. Nada que assuste Izzy Cerullo e Will Broderick, que garantem estar prontos para representar o Brasil.

“Sobre a chave, algumas pessoas já falaram que é pedreira e, realmente, são adversárias fortes, mas a gente já tem muita experiência contra elas. E quem não ganha, sempre aprende mais. Então a pressão está nelas. A gente tem essa clareza. Mas a gente não enfrenta elas há algum tempo e elas também não sabem como o Brasil treinou nesse último ano e como a gente mudou a forma de jogar. Então vai ser uma grande oportunidade”, disse Izzy.

“É levar um jogo de cada vez e atacar todo o jogo com a intenção de mostrar nossa melhor performance em campo. Vamos atacar com a expectativa de ganhar. Sabendo que quando pisar no campo, as meninas vão com certeza se entregar até o fim. E nessa última semana, que é uma semana guerreira nossa, eu não tenho nenhuma dúvida da parte física das nossas meninas. Então estamos preparados”, concluiu Will.

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