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Tóquio 2020

Yaras vão a Tóquio para mostrar a nova identidade do rubgy brasileiro

Classificadas para Tóquio 2020, Yaras querem mostrar a nova identidade do rugby sevens brasileiro dentro e fora dos campos

Yaras - Brasil - Rugby Sevens - Tóquio
(Divulgação)

A menos de um mês da estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, as Yaras estão na reta final de preparação para representar o Brasil pela segunda vez na história das Olimpíadas. E mais do que prontas para entrar em campo em busca de bons desempenhos, elas estão prontas para apresentar ao mundo sua nova identidade.

Essa identidade de reflete dentro e fora de campo. Recentemente, as Yaras lançaram um manifesto, no qual apresentaram a nova identidade visual da equipe, com a introdução da figura da guerreira indígina no uniforme, no lugar do símbolo dos Tupis, a seleção masculina. Em Tóquio, o uniforme ainda não será modificado, mas para o grupo, foi um processo de extrema importância.

+Com grupo novo e bom entrosamento, Yaras vão confiantes para Tóquio

“Foi um reconhecimento de uma luta nossa, como grupo, para firmar essa identidade própria. Então veio dessa jornada de se entender como Yaras, de ter essa identidade afirmada pela Confederação… E de entender que não é Tupis contra Yaras, mas que estamos brigando pela mesma coisa. Então a seleção feminina finalmente consegue se expressar dessa maneira e se mostrar para o mundo. Todo mundo vai conhecer a gente como Yaras”, destacou a atleta Izzy Cerulo em coletiva de imprensa.

“É sobre ter reconhecimento. Saber que dentro da mesma tribo temos os Tupis e Yaras, homens e mulheres que lutam. A gente luta pelo mesmo próposito, juntos, cada uma com a sua identidade e seu valor. De realmente ver que tem as mulheres que lutam, que trabalham todos os dias, tão duro quanto, e merecem ter esse valor de represetanção a nível de mídia e mundo”, completou a capitã Raquel Kochhann.

Rugby com cara de Brasil

Yaras
(Divulgação)

Além de uma identidade fora do campo, o técnico Will Broderick quer dar a cara do Brasil ao rugby nacional, com um estilo próprio pela primeira vez. Ex-jogador da seleção masculina, o inglês assumiu o comando das Yaras no final de 2020, mas já conhece bastante da cultura brasileira.

“Para mim, é conseguiur transferir um pouco da cultura brasileira. Aquela energia e alegria que o grupo tem e levar isso para o campo. Essa é uma das primeiras coisas. Qualquer coisa que a gente vai construir no campo é um reflexo do que as meninas são na vida real. Por exemplo, não somos um time muito grande e parar de ver isso como algo negativo e desenvolver armas para usar isso a nosso favor. Então a gente treina, pega os pontos fortes e desenvolve, juntos, estratégias de mostrar isso no campo. Claro, estou há pouco tempo com elas, mas eu tive o prazer de jogar pelo Brasil masculino. Então meu entendimento da cultura já começou há algum tempo”, explicou.

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E o primeiro passo pode ser dado já em Tóquio 2020, quando as Yaras entram em ação pela segunda vez na história dos Jogos Olímpicos. E mais que uma medalha, a meta é deixar um legado. “As metas são muito mais deixar um legado e orgulho no campo. E mostrando essa nova cara do rugby brasileiro, que não vai ser nada igual a outro país do mundo. A gente vai criar uma coisa nossa”, concluiu Will.

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