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Rúgbi

Amadorismo e questão geográfica atrapalham rúgbi no Norte

Questão geográfica e falta de patrocínio dificultam o crescimento do rúgbi no Amazonas e nos demais estados da região

Rúgbi Amazonas Dificuldades Norte Brasil
O Grua se mantém com o dinheiro das mensalidades dos atletas, que é revertido para pagar as inscrições em competições ou na compra de materiais. (Divulgação)

O rúgbi é um esporte popular e bastante difundido em diversos países. Na última edição da Copa do Mundo, a África do Sul foi a campeã entre os homens e a Nova Zelândia ganhou entre as mulheres. No Brasil a realidade ainda está bem distante em comparação com as nações vitoriosas na modalidade. As dificuldades são ainda maiores na região Norte e o Grua Rugby, do Amazonas, sofre com obstáculos para manter o esporte vivo entre seus praticantes e demais membros da comunidade.

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“O Amazonas está fora do eixo sul e sudeste, onde o esporte se desenvolve fortemente e a movimentação em torno dessa aplicação esportiva acontece de fato. Enfrentamos muitas dificuldades e uma delas é a questão da região geográfica, pois estamos distante de tudo e tudo está distante de nós. Sendo assim, fica difícil sair do Amazonas para ter visibilidade e fica difícil as pessoas virem de fora por causa da localização”, afirmou Patrícia Barroso, técnica, atleta e responsável pela comunicação do clube.  

Apesar das dificuldades, o Grua está entre os principais times do Amazonas. A equipe de Manaus é heptacampeã de Rúgbi na modalidade Union, também conhecida como XV, com 15 jogadores no time. O clube da região Norte do Brasil também é pentacampeão do masculino e tricampeão feminino na modalidade Sevens, com sete atletas em campo.

Falta de patrocínio e baixa adesão

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Grua foi vice-campeão de um torneio virtual de Rúgbi (Divulgação)

Patrícia, que está com 25 anos e é formada em Educação Física, apontou mais algumas dificuldades para desenvolver o rúgbi na região. “No Amazonas, o esporte profissional beira ao amadorismo. Temos aqui o que fora daqui pode ser considerado esporte amador” relatou.

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“O time se mantém com o dinheiro das mensalidades dos atletas e ele é revertido para pagar as inscrições em competições ou na compra de materiais. As passagens são tiradas do bolso de cada atleta e é assim que vamos caminhando”, completou a técnica do time de Rúgbi de Manaus.

Patrícia também apontou a baixa adesão como um dos fatores que complicam a massificação da modalidade. “Tem também a falta de patrocínio e, além disso, no Amazonas e no Norte o Rúgbi não é muito difundido quando comparado ao sudeste, onde a prática é em massa”, disse.

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“Aqui a procura é baixa e quem pratica são sempre as mesmas pessoas. E quando conseguimos agregar um grupo são poucos os que permanecem. O esporte profissional no Amazonas não é de grande relevância e esse é um problema sócio cultural que atinja os atletas e os clubes”, concluiu Patrícia.

Charrua é o campeão do torneio virtual

Neste domingo (10), o Grua disputou a final da Copa Portal do Rugby 2020 contra o Charrua Rugby Clube, do Rio Grande do Sul. Até chegarem na decisão, os clubes do Norte e do Sul do Brasil superaram outras 95 equipes e o campeão foi definido em votação aberta nos stories do instagram do Portal do Rugby, organizador do evento.

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A busca pelo título movimentou as redes sociais e o vitorioso foi decidido com pouco mais de 13 mil votos. O Charrua se sagrou campeão do torneio virtual com 6.521 votos contra 6.483 do Grua, uma disputa acirrada e que foi definida com uma diferença de somente 38 votos.  

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