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Tupis não resistem aos Barbarians e saem derrotados do Morumbi

Depois de um primeiro tempo equilibrado, cansaço domina e seleção perde para melhores do mundo do rugby em amistoso no Morumbi

Brasil Rugby x Barbarian - Foto: Caio Poltronieri/OTD
Foto: Caio Poltronieri/OTD

Nem mesmo a força da torcida foi suficiente para dar a vitória à seleção brasileira de rugby masculino. Em amistoso acirrado no estádio do Morumbi na noite dessa quarta (20), os Tupis não foram páreos para a equipe dos Barbarians, seleção dos melhores jogadores de rugby do mundo, e acabaram derrotados por 22 a 47.

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O Jogo

O primeiro tempo começou movimentado e com o Brasil com bastante posse de bola e buscando as ações em campo. Depois dos minutos iniciais, os Barbarians equilibraram a partida e ambas as equipes buscaram o território.

A velocidade e experiência da seleção do mundo parecia assustar, mas foi a seleção nacional que abriu o placar. Depois de linda jogada de Maranhão pela esquerda, o Brasil conseguiu o primeiro try. Com a conversão do camisa 10 Josh Reeves, o placar já marcava 7 a 0 para os Tupis.

Os Barbarians tentavam responder na movimentação rápida, mas sem sucesso. A defesa do Brasil impedia bem as ações do adversário e controlava o jogo.

O time estrangeiro, no entanto, conseguiu aumentar a posse de bola e, na base da velocidade, chegaram ao try com o camisa 1 Campese Maafu. Depois da conversão, o placar ficou empatado em 7 a 7.

Aos 25 min, os Tupis tentaram abrir espaço pelo meio mas os Barbarians pararam a jogada com falta. O juiz marcou a penalidade e Josh Reeves converteu. Brasil de novo na frente, 10 a 7.

A comemoração brasileira não durou muito. Aos 29 minutos, Bautista Ezcurra recebeu a bola completamente sozinho e não teve trabalho para correr e marcar o segundo try da seleção do mundo. Depois da conversão de 2 pontos, o placar passou a ser 10 a 14.

Foto: Caio Poltronieri/OTD

 A equipe estrangeira conseguiu manter a posse de bola e ampliou o marcador com David Havili, 10 a 19.

No finalzinho do primeiro tempo, depois de muita disputa, os Tupis conseguiram um try suado com Monstro e diminuíram o placar. Josh Reeves errou a conversão e as equipes foram para o intervalo com 15 a 19 no placar.

Segundo Tempo

O segundo tempo começou truncado, com as duas equipes equilibradas na busca pelo território. Aos 6 minutos, no entanto, Cottrell fez boa corrida e marcou mais um try para os Barbarians e acrescentou – com a conversão – mais 7 pontos no placar: 15 a 26.

O cansaço parecia ter dominado a equipe brasileira. Poucos minutos depois, os Barbarians conseguiram escapar pelo meio e Vermaak marcou mais um try para a seleção do mundo. Havili converteu e colocou 15 a 33 no placar.

O Brasil tentava a recuperação mas não era efetivo. Enquanto isso, os Barbarians passaram a dominar a partida e chegaram a mais um try aos 25 minutos, com Cottrell . Havili converteu mais uma e aumentou o marcador para 15 a 40.

Aos 32 o Brasil voltou a reagir. Felipe Cunha fugiu da marcação, fez ótima jogada e marcou o try. Com a conversão, o Brasil diminuiu o marcador para 22 a 40.

Mas do outro lado estava a seleção dos melhores jogadores do mundo. Antes do apito final, o neozelandês Havili marcou outro try e os Barbarians sacramentaram a vitória pelo placar de 22 a 47.

Foto: Caio Poltronieri/OTD

Aprendizado

O Barbarians é o time de rugby mais famoso do mundo e reúne os grandes jogadores de seleções e clubes desde1890. Essa foi a primeira vez que a equipe esteve na América do Sul. Por isso, apesar da derrota, o desafio trouxe ensinamentos e foi comemorado pelos Tupis.

“É um jogo histórico para nós. É um nível que nós ainda não estamos, mas é aonde queremos chegar. É um grande desafio, um grande aprendizado. O rugby é assim, a gente quer jogar contra os melhores pra aprender e seguir em frente.”, comentou o capitão Felipe Sancery.

“O placar hoje é o que menos importa pra gente. A festa e a grandiosidade desse jogo saem como uma vitória. Esportivamente falando é claro que sempre buscamos a vitória, a gente fez um jogo parelho, mas são caras de outro patamar, que jogam outro nível. “, explicou Lucas “Tanque” Duque. “Jogo de rugby é definido nos detalhes e quando a gente jogo num time desse nível, qualquer erro pode custar pontos. É aprendizagem. É aprender com esses jogos e saber que nós estamos num nível abaixo ainda, temos que ser realistas e trabalhar muito para chegar ali.”, completou o experiente jogador, que, no final do jogo, anunciou a aposentadoria da seleção de rugby XV.

Além de servir para fechar o ano de 2019 de maneira forte, o amistoso internacional também é essencial para dar visibilidade ao rugby do Brasil, que cresce cada dia mais.

“Esse tipo de partida é boa para mostrar que o Brasil está crescendo, a gente está evoluindo, um jogo desse nível é pra mostrar nossa evolução pro mundo inteiro, e cada ano a gente consegue fazer um jogo interessante assim, acho muito bom.”, finalizou Daniel Sancery, lembrando de outro jogo histórico para a seleção, o amistoso contra os All Blacks, seleção da Nova Zelândia, em novembro do ano passado.

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