Vinte dias após a conquista da vaga na elite mundial da modalidade, a seleção feminina de rugby sevens disputa no sábado (27) e domingo (28) o Campeonato Sul-Americano de rugby em Assunção, no Paraguai. O foco das Yaras são o qualificatório olímpico e o Pan de Lima, além do Circuito Mundial.
As Yaras estão no grupo A do sul-americano de rugby ao lado de Costa Rica e Uuruguai. Enfrentam primeiro as costa-riquenhas e depois as uruguaias ainda na manhã de sábado (27). O grupo B tem Argentina, Paraguai e Venezuela, e o C é composto por Chile, Peru e Guatemala.
A disputa contra os adversários regionais serve de aperitivo para o Pan-Americano de Lima, onde o Brasil almeja superar o bronze conquistado em Toronto há quatro anos. “Nosso objetivo para o Pan-Americano é bater os Estados Unidos e Canadá, que são potências, e a Argentina, que está ali no nosso calcanhar. Buscar o ouro sempre, mas se não der, é estar na melhor colocação possível”, disse a capitã da seleção feminina de rugby, Raquel Kochhann.
Além do Pan-Americano, há expectativa para o Circuito Mundial de Sevens e os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. A vaga no circuito mundial veio com o título no World Rugby Women’s Sevens Series, em Hong Kong, com seis vitórias em seis jogos.
“Essa classificação é uma motivação a mais para conseguirmos a vaga em Tóquio. Para gente, é mostrar que o que estamos treinando, realmente está fazendo efeito. Agora estamos na elite do rúgbi mundial. Atingimos o primeiro degrau, mas não podemos nos acomodar. É seguir treinando para buscar os objetivos”, acrescenta Raquel.
No Rio 2016, a seleção feminina de rugby já viveu a experiência de disputar uma edição de Jogos Olímpicos. A nona colocação permitiu à seleção feminina garantir uma vaga no Circuito Mundial na temporada 16/17. Agora, serão oito jogos na elite. Antes disso, três competições servirão como teste para enfrentar as maiores potências do esporte.
“Foi uma conquista muito grande porque a gente sabe o quanto sofremos para trazer esse resultado. Foi muito choro, muito sofrimento. Em Hong Kong, nosso maior desafio era: elas são fortes, elas são rápidas, como vamos trabalhar contra elas? E a gente conseguiu, do nosso jeito, passar por todas as adversárias. É com esse pensamento que seguimos trabalhando muito duro para as próximas competições”, disse Bianca Silva, uma das artilheiras do Brasil no World Rugby Women’s Sevens Series e que foi descoberta em um projeto social em Paraisópolis, comunidade em São Paulo.
*com informações do Portal do Rugby