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Rosario 2022

Mariana Hanggi faz história na escalada em Rosário

Atleta curitibana é a primeira brasileira da modalidade a participar de uma competição multiesportiva

Foto: Beto Noval/COB

A escalada esportiva passou a integrar o programa esportivo do Jogos Olímpicos em Tóquio 2020. O Brasil, porém, não teve representantes na competição. Um ano depois, Rosário é o palco da estreia da modalidade dentro de um evento multiesportivo. A curitibana de 15 anos, Mariana Hanggi foi a brasileira responsável, neste sábado, dia 30, pela primeira aparição da modalidade dentro de uma missão com delegação organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).

“Eu me sinto com uma responsabilidade muito grande de representar o Brasil na escalada pela primeira ver em uma competição multisportiva. Fico muito feliz, porque de longe o que mais gosto é de competir e poder ser a primeira pessoa a fazer isso, representando o Time Brasil é uma experiência incrível”, celebrou a jovem, que considera este um grande passo para o desenvolvimento da sua modalidade. “Como é um esporte com pouca visibilidade, estar aqui em Rosário está alavancando a escalada a outro nível”, considerou Mariana.

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Mariana Hanggi começou na escalada aos três anos como brincadeira, levada pela mãe, em uma academia de Curitiba. Lá conheceu seu treinador, Anderson Gouveia, que a acompanha até hoje. Hoje a estudante do ensino médio dedica seu tempo livre à prática da escalada. Com a inclusão da modalidade nos Jogos Olímpicos, os sonhos ficaram ainda mais altos. “A meta sempre era estar no mundial e quando surgiu a notícia dos Jogos Olímpicos, veio um novo sonho, que poder representar o Brasil nessa competição”, projetou.

A estreia na competição multiesportiva não poderia ser melhor. Sob uma temperatura na casa dos 10 graus, a brasileira se classificou para a final do Boulder com a melhor pontuação entre as adversárias. A disputa da medalha de ouro acontece neste domingo, dia 1º. “Me senti escalando bem. O frio dificulta um pouco, porque ficamos com as mãos geladas, mas nada que impedisse que eu me saísse bem”, avaliou.

O treinador Anderson também está aproveitando ao máximo deste momento histórico para a escalada esportiva. “É um sonho realizado meu também. A escalada não chegou nesse nível na minha época de atleta e eu tenho muito prazer em poder estar ajudando a nova geração. É uma imersão em um novo mundo para gente. A oportunidade de estarmos aqui vivenciando tudo isso, com todo esse clima olímpico. Isso traz um brilho nos olhos dos atletas, uma vontade de vencer. A Mariana chegou com uma mentalidade que eu nunca vi. É muito boa essa experiência para eles. Essa vivência com atletas de outros esportes é muito importante para eles como atletas de alto rendimento”, analisou Anderson, que coloca os Jogos de Los Angeles 2032 como a principal meta para a nova geração da escalada esportiva do Brasil.

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