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Tóquio 2020

Lucas Verthein, o primeiro atleta individual do Brasil a competir na Olimpíada

Único representante do remo brasileiro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Lucas Verthein será o primeiro atleta de modalidade individual do país a competir

Lucas Verthein
Divulgação/COB

Quando as atenções do mundo estiverem voltadas para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao menos um atleta do Time Brasil não vai estar no desfile. As energias vão estar reservadas para a prova do Single Skiff. Lucas Verthein, único representante do remo do país, que estreia na véspera da abertura, será o primeiro atleta individual brasileiro a competir na capital japonesa.

“A ansiedade está bem alta. Acredito que, especialmente, pela pouca idade que eu tenho (23 recém cumpridos) estar indo representar meu país como o único atleta da minha modalidade também é algo que me deixa ansioso. Mas ao mesmo tempo é um estímulo incrível. Sempre treinei para momentos assim. Estou preparado para isso”, afirmou. 

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Se o remador carioca é o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a torcida brasileira será o “time Lucas” no maior espetáculo esportivo do planeta. “Recebo muito carinho e apoio das pessoas. Agora sei que as minhas vitórias não são só minhas, são do Brasil. Isso me dá muito orgulho. Todo atleta sonha disputar os Jogos Olímpicos e tudo que eu faço é para viver momentos como este”, completou. 

Inspiração e preparação

Como todo apaixonado por esportes, Lucas Verthein também tem uma lembrança olímpica. A performance do nadador Michael Phelps em Pequim 2008 com suas oito medalhas de ouro e a quebra de um recorde de 36 anos. A inspiração nos grandes ídolos do esporte mundial se tornou um impulso para o preparo mental. 

Além das sessões de seis horas diárias de treino na água e em terra, o remador passou a fazer aulas de Yoga para aprimorar a concentração, o equilíbrio físico e psicológico, e a recuperação muscular. Agora se sente mais preparado para estes Jogos Olímpicos. 

Foto: Miriam Jeske/COB

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“Sou muito ansioso. Mas melhorei muito. Continuo sonhando alto, com metas realistas e projeções de melhorar a cada dia e entendo que a minha carreira é uma construção, os resultados são consequência de um trabalho”. 

De um adolescente sedentário, franzino, que só gostava de videogames a atleta olímpico, foram pouco mais de oito anos e 88 títulos. O remo entrou em sua sua vida sem expectativas. Foi levado por um amigo apenas para conhecer. Em pouco tempo, virou amor e dedicação. Na primeira competição internacional subiu ao pódio três vezes. Na primeira tentativa de classificação olímpica levou a vaga vencendo todas as baterias. 

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A modalidade transformou o garoto em atleta profissional e o convenceu do que é capaz. “Mudou tudo. E ainda estou mudando. Como diz meu treinador: o rio corre para o mar. O meu esporte exige o meu máximo e é isso o que eu dou a ele. Todos os dias, sete dias por semana”. As provas de Single Skiff começam na quinta-feira, dia 22 às 20:30 no horário de Brasília. 

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