Faltando menos de um mês para os Jogos Pan-Americanos de Lima, os atletas brasileiros começam a se preparar para a competição continental. E não seria diferente para Heitor Carrulo. Um dos mais experientes e destaque do Flamengo, o atleta de 30 anos vive a expectativa para participar de seu primeiro Pan.
Heitor compõe, hoje, o grupo de 20 atletas convocados pela Seleção Brasileira de polo aquático. Até os Jogos de Lima, porém, nove nomes serão cortados e o rubro-negro briga para defender o país na principal competição do ano.
“Pela Seleção, estou no grupo de 13 atletas que vão para o Mundial. Lá ainda vai ter mais um corte para o Pan, porque pela nova regra, tanto nas Olimpíadas quanto no Pan-Americano, serão apenas 11 atletas. Briguei para ficar entre os 13 e depois vou brigar para ficar entre os 11. Estas são as minhas metas para esse ano, além da Liga Nacional em dezembro”, contou ao site do Flamengo.
E para alcançar as metas, Heitor relatou algumas mudanças em sua preparação física. “Mudei muito a minha preparação pessoal, porque treino muito mais. Desde o ano passado, tento fazer o máximo de treinamento, aperfeiçoar minha natação e meu preparo físico, já que jogo internacional é muito mais difícil. Aqui no Brasil você tem poucas partidas e normalmente só começa a ganhar o ritmo no meio do campeonato. Quando vê, já está acabando. Contratei um preparador físico especial para mim para a parte de natação, que eu faço a mais. Sou o produto do meu trabalho, tenho que fazer isso, senão eu vou perder em qualquer coisa que eu faça”.
E ainda falou sobre as chances do Brasil no polo aquático no Pan. Que para Heitor, são boas. “Ganhamos dos Estados Unidos no início do ano na Copa UANA, vencemos os dois principais adversários do Pan, que foram o Canadá na semifinal e os EUA na final. A esperança de ser campeão pan-americano é muito grande por conta disso. Vimos que dá para ganhar e estamos trabalhando para isso. Todo mundo com certeza está se empenhando muito mais nos treinos depois dessa vitória, a Seleção está investindo”, completou.
Heitor também contou sobre o retorno ao Flamengo, clube pelo qual iniciou sua carreira, depois de defender o Paulistano. Eu já ia voltar para o Rio, pois tive um contrato com o Paulistano de três anos e já estava acabando. Os caras queriam que eu ficasse mais e deixei as portas abertas lá porque é um grupo muito bom, sempre tento dar o meu melhor e nunca fechar as portas, dar o meu máximo de qualquer forma. Mas o Flamengo é a minha casa. Foi onde ganhei a maioria dos meus títulos, onde formei meu caráter com os meus técnicos. Tudo que tenho hoje, que me considero como homem e como pessoa eu devo a eles”, concluiu.