O Brasil Open de Polo Aquático 2019 vai começar nesta quarta-feira (12), no Parque Aquático Julio Delamare, no Rio de Janeiro e as equipes do Sesi-SP já se encontram em solo carioca. E diferente de todos os outros times, que se reforçaram com atletas estrangeiros, o grupo da capital paulista aposta no seu trabalho de formação, nas pratas da casa para um dos principais torneios do calendário nacional.
A competição, organizada pela Liga Brasileira de Polo Aquático – PAB, tem como principal característica o reforço dos clubes por brasileiros temporariamente repatriados e estrangeiros. Com a participação de oito equipes entre feminino e masculino, os times da indústria seguem para o Brasil Open 2019 com 90% do grupo composto por atletas oriundos da base, por meio dos programas Atleta do Futuro, que trabalha a formação e desenvolvimento da cultura esportiva, e o Treinamento Esportivo, elo entre a iniciação e o rendimento, foca na detecção e retenção de talentos.
“Os atletas, mesmo os mais jovens, já vem trabalhando com a metodologia que usamos na equipe adulta desde a base, então todos tem contato com a mesma filosofia de defesa, de ataque e isso já é uma grande vantagem. O Sesi-SP é conhecido por sua disciplina tática e isso nos fortalece, já que esse é um campeonato em que todas as equipes terão condições de chegar nas finais”, comentou o técnico da equipe masculina, André Avallone.
Além dos mais jovens e frutos da casa, as equipes contam ainda com a mescla de experiência com nomes como Rudá Franco, que retorna ao Sesi-SP após 5 meses defendendo o N.O. Chios da Grécia, Gustavo Coutinho, Bernardo Reis, Mirella Coutinho, Mariane Cosmo e Yasmin Ferraz, que hoje representam não só o grupo da capital paulista como a seleção brasileira.
“O nosso time, mesmo sendo bem jovem é unido e estamos treinando muito bem há um bom tempo, nos conhecemos bem. Então acredito que se aproveitarmos essa união como uma das nossas armas vamos conseguir chegar no nosso objetivo. A gente com certeza quer ir até uma final, temos capacidade e acredito que alcançaremos bons resultados neste campeonato”, explicou Yasmin Ferraz, capitão da equipe feminina.
Para o capitão do grupo masculino, Rudá Franco, a disputa de um torneio em tiro curto, disputado em cinco dias é um dos fatores de mais atenção.
“O mais difícil para gente no primeiro momento é suportar o número de jogos em um período reduzido, terão dias que faremos dois jogos. Então o desafio inicial é manter o nível de concentração em todos os jogos, tanto na fase classificatória, quanto na final, principalmente contra times que estão fortalecidos com jogadores estrangeiros. Somos o único 100% brasileiro, será um desafio bem interessante”, falou.
Criada em 2012, a equipe feminina do Sesi-SP desde o início do trabalho sempre figurou entre as primeiras colocações das categorias disputadas. Em 2016 evoluiu e passou a competir na categoria adulta, chegando ao título inédito do Campeonato Paulista em 2018.
“A nossa base vem muito forte. É um grupo que desde jovem vem tendo contato com a filosofia adotada no adulto e com isso estão crescendo. Estamos com um time coeso e que vem jogando junto tem muito tempo, temos apenas duas jogadoras novas, que vieram de fora. Já temos um trabalho de estruturação muito forte e isso é uma boa arma para chegar bem nas brigas pelas finais”, explicou Thiago Ferreira, técnico da equipe.
O Brasil Open reunirá oito times masculinos divididos em dois grupos com quatro equipes. No A jogam, Botafogo, Flamengo, Sesi-SP e Paineiras. No B, Fluminense, Paulistano, Pinheiros e ABDA. Nas quartas de final haverá cruzamento de primeiros contra quartos colocados e de segundos contra terceiros.
O torneio feminino contará com cinco equipes: Pinheiros, Paulistano, Flamengo, Sesi-SP e ABDA. Todos jogam contra todos na primeira fase e os quatro primeiros seguem para o cruzamento na semifinal.