Ela é uma das maiores, senão a maior, esperança de medalha brasileira no judô dos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano que vem. Seguia regularmente entre as melhores do mundo e se preparava para voltar ao circuito mundial pós paralisação por conta da pandemia. Mas veio a lesão. E grave. Mayra Aguiar precisou passar por uma cirurgia no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e para por seis meses.
Um dia após o assunto vir a público, a judoca mostrou força para se recuperar a tempo de brigar pelo tão sonhado ouro olímpico na, possivelmente, penúltima chance que terá.
“Sofri, em setembro, uma lesão no joelho e me submeti a uma cirurgia. O processo de recuperação começou em seguida. Neste momento, caminha muito bem. Me sinto fortalecida e motivada. A evolução é visível dia a dia. A resiliência faz parte da minha vida e sempre tive muita tranquilidade em me adaptar e fazer o melhor com aquilo que eu tenho em cada momento”, disse Mayra Aguiar, em pronunciamento feito para a Sogipa, clube que defende no Rio Grande do Sul.
“A recuperação está indo muito bem. Os médicos, os fisioterapeutas e os preparadores físicos estão satisfeitos com o progresso. Já estou suando bastante e fortalecendo a parte física. Em janeiro, volto a colocar o quimono e, em março ou abril, já devo competir”, acrescentou.
Obstáculos rumo ao penúltimo ato
Lesões não são novidades na carreira da judoca bicampeã mundial e duas vezes medalhista olímpica na categoria até 78 quilos. “Já enfrentei sete cirurgias e várias lesões, além de dificuldades normais que todas as pessoas passam, e jamais deixei de perseguir os meus objetivos”, disse. “Nunca fui de me entregar. Nunca desisti. E não vai ser agora que isso vai acontecer”, garantiu, sobre o joelho esquerdo
Aliás, recentemente, em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia, Mayra lembrou que os dois títulos mundiais que conquistou foram voltando de lesão. Disse mais, que os Jogos de Tóquio devem ser os penúltimos que participa. “Minha ideia é fazer dois ciclos (olímpicos). Esse e mais o próximo, que seria Paris”, revelou.
Na mesma o ocasião, ainda no primeiro semestre, Mayra Aguiar contou também que passou por maus bocados diante da quartentena imposta pela pandemia do novo coronavírus. “Não conseguia treinar direito. Por mais que eles (Sogipa) passassem (o treino) eu não conseguia, e tava agoniada. Daí a minha cabeça pirou, eu fiquei bem mal no começo”.
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Ou seja, o problema é sério, deixa toda a torcida brasileira ressabiada, mas o histórico de “cair e levantar” da judoca mostra que não dá pra duvidar de Mayra. Afinal, como ela mesma definiu, “mudou o meu caminho, mas o destino segue o mesmo. É Tóquio.”