Durou apenas algumas horas a euforia pela volta da lenda Teddy Riner aos tatames, no Grand Prix de Marraquexe. Pouco depois do anúncio, ele voltou atrás. O francês está invicto há nada menos do que 144 lutas e já caminha para nove anos sem derrota.
Teddy Riner é bicampeão olímpico (2012 e 2016) e tem um bronze em 2008. Já levou o Mundial dez vezes, sendo uma quando ainda júnior. Além disso, venceu três Masteres, cinco Grand Slams, quatro europeus, cinco Grand Prix, dentre outros.
A última vem que Riner perdeu foi no dia 13 de setembro de 2010 para o japonês Daiki Kamikawa pelo torneio absoluto do Mundial do Japão. Foi na bandeira, e por 2 a 1 (veja abaixo).
[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=xDOub5NDff4[/embedyt]Levou um grande susto na semifinal do mundial de 2017. Tomou um de-ashi-barai do georgiano Guram Tushishvili e caiu de lado logo no golden score (abaixo a partir do 6min07s). Foi “salvo” pelo árbitro de vídeo, que viu o francês colocar o cotovelo a tempo no chão e evitar o waza-ari que acabaria com seu reinado.
[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=ym-dOUQSmJI[/embedyt]As férias de Teddy Riner
Sua última competição foi justamente o mundial de 2017. Nesse período de ausência, apesar de se manter treinando forte, aproveitou para assistir in loco à final da Copa da Rússia. Inclusive posou com a delegação campeã segurando a taça.
Em agosto de 2018, enquanto os principais judocas faziam os últimos preparativos para o Mundial de Baku, disputado em outubro, Teddy Riner estava em sua cidade natal na Guiana Francesa. Passeou de jet sky com golfinhos, pescou lagosta e foi homenageado pelos conterrâneos.
Além disso, dias depois aproveitou para saborear um jantar preparado pelo badalado chef turco Nusret Gökçe, o Salt Bae.
GP de Marraquexe é caminho para Paris 2024?
Teddy Riner nunca chegou a disputar mais do que quatro torneios em um ano. O Grand Prix de Marraquexe será apenas seu sexto GP, torneios de menor expressão, da carreira.
Em entrevista para o Estado de S. Paulo afirmou não sentir necessidade de participar de tudo. “É importante estar bem para competir nos grandes torneios, por isso tenho muitos títulos mundiais e dois ouros olímpicos”, afirmou para o repórter Paulo Favero. “Meu alvo maior é a Olimpíada de 2020”, acrescentou.
Porém sua ausência quase que total dos torneios veio após a confirmação, em setembro de 2017, de Paris como sede dos Jogos de 2024. De lá para cá, apenas duas competições. Foi virar para 2018, e nada mais. Por fim, em 2024 ele terá 35 anos e seria uma chance de encerrar a carreira lutando pelo ouro em casa. A ver.