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Judô

Brasileiros chegam perto, mas ficam fora do pódio do Masters

Rafaela Silva, Daniel Cargnin e Eric Takabatake lutaram pelo bronze, mas acabaram em quinto lugar no torneio na China, que tem peso grande na corrida para Tóquio 2020 porque é o segundo que dá mais pontos no ano. Tem mais neste domingo e o Planeta Ippon disponibiliza transmissão ao vivo

Foto: Marina Mayorova / IJF

Rafaela Silva, Eric Takabatake e Daniel Cargnin chegaram bem perto, mas o pódio do primeiro dia do Masters de judô da China, neste sábado 15, acabou sem brasileiros. Os três fizeram a disputa pelo bronze nas suas categorias, portanto somaram 648 pontos cada no ranking mundial, um dos critérios para Tóquio 2020. O Masters da China é o segundo torneio que mais dá pontos este ano, atrás somente do Mundial de Baku.

Rafaela (57kg), atual campeã olímpica, passou pela alemã Theresa Stoll na estreia, entretanto perdeu a segunda, para a britânica Nekoda Smythe-Davis. Voltou na repescagem após bater a chinesa Tongjuan Lu, se credenciando para a disputa do bronze. Acabou derrotada por Jessica Klimkait, desclassificada por excesso de punições. A canadense já havia vencido a brasileira na estreia do Mundial neste ano.

Takabatake (60kg) foi o primeiro a lutar pela medalha. Fez uma luta bem equilibrada contra o mongol Amartuvshin Dashdavaa, perdendo faltando menos de dez segundos para o fim. Nas classificatórias bateu o britânico Ashley Mckenzie, bronze do Europeu deste ano, mas caiu na segunda luta para o vice-campeão mundial Robert Mshvidobadze, que acabou vencendo o torneio. Na repescagem, superou o uzbeque Sharafuddin Lutfillaev.

Cargnin (66kg) foi mais longe nas classificatórias, alcançando a semifinal. Ele venceu na primeia luta Tal Flicker, israelense segundo cabeça-de-chave, dando o troco pela derrota no Mundial de Baku. Depois passou pelo mongol Altansukh Dovdon, porém e na disputa pela final acabou derrotado pelo também israelense Baruch Shmailov. Na luta pelo bronze fez um combate equilibrado, contra o georgiano Vazha Margvelashvili, segundo do ranking mundial e cabeça-de-chave número um do torneio. Saiu perdendo, conseguiu empatar e só caiu no Golden Score.

Phelipe Pelim (60kg) e Charles Chibana (66kg) também lutaram. Pelim teve uma parada difícil contra o atual campeão europeu Islam Yashuev, da Rússia. Chibana parou no atual campeão do torneio, o mongol Kherlen Ganbold.

Dia 2

Além dos cinco que disputaram no primeiro dia, outros seis brasileiros lutam no segundo. Maria Portela (70kg), Eduardo Yudy (81kg), Maria Suelen Altheman (+78kg), Beatriz Souza (+78kg), David Moura (+100kg) e Rafael Silva (+100kg). Assista ao vivo as lutas do bloco final pelo Planeta Ippon a partir das 7h deste domingo 16.

Nossa mais bem ranqueada Maria Portela estreia contra Elvismar Rodriguez (Venezuela). A brasileira é terceira do mundo e é destaque também porque é a atual campeã do torneio.

Na Pesados, Maria Suellen luta contra a turca Kayra Sayit, que ganhou o bronze no Mundial justamente batendo a brasileira. Tem ainda no caminho da final a cubana Idalys Ortiz, um tormento. Além dela, Beatriz Souza estreia contra a ucraniana Galyna Tarasova.

81kg e +100kg

Outros três brasileiros lutam no Masters de judô. Yudi encara pedreira, porque o holandês Frank de Wit já venceu o brasileiro duas vezes, ambas em 2017. A primeira na semifinal de Paris e a outra na disputa pelo bronze do Masters de São Petersburgo.

Por fim, nos Pesados masculino, a Holanda também está no caminho. O compromisso de Rafael Silva parece pior, porque é contra o atual campeão de Osaka, Henk Grol, também algoz na semifinal do Grand Slam de Ekaterinburg, em março. Além disso, Grol é medalhista olímpico e três vezes finalista de Mundial.

David Moura enfrenta Roy Meyer, adversário que venceu em todas as quatro disputas que fizeram. Entretanto, o último foi há cerca de três anos e os combates sempre foram apertados.

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Mayra Aguiar e Erica Miranda também teriam ranking para participar, pois estão entre as 16 melhores. Mas Mayra está lesionada e Erica anunciou aposentadoria, portanto não vão às disputas.

Rota para Tóquio 2020

Para chegar nas Olimpíadas são dois caminhos. Ou estar entre os 18 melhores do mundo, ou elegível pelas cotas continentais. Se mais de dois atletas estiverem entre os 18, a decisão de quem fica com a vaga é da comissão técnica. Isso porque no judô cada país tem apenas uma vaga por categoria.

O Masters da China dá 1.800 pontos para o campeão, além de 1.260 para o vice e 900 para os terceiros. Tem também 648 para os quintos colocados e outros 468 para os sétimos. A participação vale 200 no ranking internacional de judô. Mais ponto que isso esse ano, portanto, só no Mundial.

Além disso, dá também US$ 9 mil para o campeão, outros US$ 6 mil para a prata e mais US$ 3 mil aos bronzes. O técnico fica com 20%.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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