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Judô

Cadê Riner? Francês sumiu das competições neste ano

Maior nome do judô atual, francês deve encerrar o ano sem disputar uma competição e lá atrás no ranking. Fora dos tatames, vida está animada

Foto: Facebook

Se algum desavisado der uma olhada no ranking mundial de judô na categoria acima dos 100 quilos será difícil convencê-lo de que um dos maiores judocas de todos os tempos ocupa apenas a 30ª colocação. Seria necessário mostrar a lista de resultados para comprovar que o francês Teddy Riner não tem adversários, e não é de hoje.

São nada menos do que 144 vitórias seguidas, já há mais de oito anos sem derrota. A última foi no dia 13 de setembro de 2010 para o japonês Daiki Kamikawa pelo torneio absoluto do Mundial do Japão. É bicampeão olímpico (2012 e 2016) e tem um bronze em 2008. Já levou o Mundial dez vezes, sendo uma quando ainda júnior, e venceu mais três Masteres, cinco Grand Slams, quatro europeus, cinco Grand Prix, dentre outros títulos. É um fenômeno do esporte em qualquer modalidade.

Porém Riner ainda não disputou nenhuma competição esse ano, nem o Mundial de Baku realizado no final de setembro, o primeiro que ficou de fora desde que começou a competir. Semanas antes, em julho, aproveitou para assistir in loco à final da Copa do Mundo na Rússia de futebol – sua segunda paixão -, chegando até a posar com a delegação campeã segurando a taça (foto abaixo).

Em agosto passou férias Guadalupe, departamento da Guiana Francesa onde se localiza Les Abymes, sua cidade natal. Passeou de jet sky com golfinhos, pescou lagosta e foi homenageado pelos seus conterrâneos (foto abaixo) com um espaço que leva seu nome e uma estátua em tamanho real, ou seja, 2m04. Dias depois aproveitou para saborear um jantar preparado pelo badalado chef turco Nusret Gökçe, também conhecido como Salt Bae.

Vale ressaltar que ele não deixou de treinar, mas claramente sem o foco que a aproximação de grandes competições exigem.

Riner nunca chegou a disputar mais do que quatro torneios em um ano. Em recente entrevista para o Estado de S. Paulo afirmou não sentir necessidade de participar de tudo. “É importante estar bem para competir nos grandes torneios, por isso tenho muitos títulos mundiais e dois ouros olímpicos”, afirmou para o repórter Paulo Favero. “Meu alvo maior é a Olimpíada de 2020”, acrescentou.

Porém sua ausência quase que total dos torneios veio após a confirmação, em setembro de 2017, de Paris como sede dos Jogos de 2024. De lá para cá, apenas duas competições que já deviam estar em seu cronograma. Foi virar para 2018, e nada mais de Riner nos tatames. Em 2024 ele terá 35 anos. Seria uma chance de encerrar a carreira lutando pelo ouro em casa. A ver.

 

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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