Cabelo estiloso, sorriso no rosto e uma fome enorme de vencer. Cristian Ribera chega para os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim-2022 como um candidato à medalha no paraesqui cross country. “Estou um pouco mais controlado na loucura, mas sem perder minha essência.”
Aos 19 anos, Cristian Ribera já vai para a sua segunda edição de Jogos de Inverno e contou um pouco sobre seu estilo, expectativas e evolução dentro do esporte. Fora que ele terá a honra de entrar com a bandeira do Brasil durante a Cerimônia de Abertura de Pequim-2022.
“Estou super feliz porque é quando os Jogos realmente começam. Vou estar junto com a Aline, vamos fazer a festa.” O bate-papo com o atleta rolou em live do Olimpíada Todo Dia! Confira!
Louco das neves
“Eu sou do estilo doidão, meio kamikazi, mas estou um pouco mais controlado. A experiência nas provas me fez entender, cada vez mais, como aproveitar esse meu jeito”. Em PyeongChang-2018, o atleta conta que não tinha toda essa precaução em dosar sua energia e botava para fora tudo de uma vez.
Quatro anos depois, Cristian Ribera já sabe como tirar proveito de sua ousadia e mira bem alto. “Eu fico muito honrado com essa expectativa e por ser um dos cotados à medalha. Mas a medalha é consequência de todo o nosso esforço. E eu tenho condições de brigar com os melhores.”
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Russos fora
Após uma reunião de urgência, o Conselho de Administração do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) decidiu proibir a participação de atletas da Rússia e de Belarus na Paralimpíada de Inverno de Pequim-2022.
Obviamente, isso trás um impacto bem grande, principalmente na disputa de Cristian Ribera por uma medalha. “Foi meio turbulento, a gente tentou não pensar muito. É uma tristeza, não tem muito o que fazer. Fico triste por eles. Pensando em resultado é bom para gente. Tiram vários favoritos que poderiam estar no pódio.”
Segundo o próprio, suas principais chances serão na prova sprint do paraesqui cross country. Mas nada está descartado. “Eu também achava que preferia distâncias menores. Só que meu corpo ainda está crescendo, estou ganhando potência. Vou focar mais no sprint, mas vou tentar dar o melhor em todas as provas.”
+ Suspensão paraesqui cross-country do Brasil
Evolução
De sua primeira experiência na neve em dezembro de 2016 para PyeongChang-2018, Cristian Ribera aprendeu muito. Mas nos último quatro anos, seu desempenho na neve alcançou outro patamar.
“Depois do meu sexto lugar em 2018, passei a levar tudo para um nível mais profissional, passei a viver do esporte. Ah, minha barba cresceu também”, completa rindo.
Fato que os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim-2022 terão uma versão poderosa do atleta. “Tive muita experiência nesse tempo, participei de muitas competições, muitos tipos diferentes de neve. Tudo para aprender e ter uma sensibilidade maior. Detalhes na neve fazem toda a diferença.”
