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Pequim 2022

Quarteto do Bobsled quer fechar ‘Era Bindilatti’ com chave de ouro

Piloto brasileiro vai se aposentar após Pequim 2022 e expectativa é conseguir o inédito Top 20 na disputa do Bobsled 4-men

Quarteto do Bobsled brasileiro Pequim 2022
Equipe brasileira de bobsled durante largada em um dos treinos oficiais em Pequim 2022 (Alexandre Castello Branco/COB)

A trajetória de Edson Bindilatti se mistura com a do quarteto do bobsled do Brasil. A ponto de seu nome ser quase um sinônimo da equipe. Mas após duas décadas de dedicação, o piloto brasileiro vai se aposentar após Pequim 2022. E o objetivo da equipe é fechar em grande estilo essa história.

O trenó brasileiro participa das primeiras duas descidas no 4-men dos Jogos Olímpicos de Pequim 2022 na noite dessa sexta, 18 de fevereiro, a partir das 22h30 (9h30 do dia 19 na China). A meta dos atletas é a mesma de quatro anos: conquistar o Top 20 e participar das quatro descidas na última competição de Bindilatti.

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“Queremos estar na mesma pegada, com o mesmo objetivo e fazer um bom trabalho na hora de empurrar o trenó para fechar com chave de ouro”, disse Edson Martins, apontando para o piloto do nosso quarteto do bobsled.

Não vai ser fácil. Diferentemente de PyeongChang, o conjunto teve dificuldades na preparação. Primeiro por não competir na temporada 2020/2021 em razão da pandemia de covid-19. Depois, pela necessidade de adaptação ao trenó, alugado especificamente para Pequim 2022.

“Estamos preparados e o equipamento é competitivo. Agora é aguardar e ver o que vai acontecer”, confirmou Edson Bindilatti.

Edson Bindilatti tem duas décadas de história

O experiente atleta de 42 anos era um novato de 22 na primeira participação do bobsled brasileiro em Jogos Olímpicos, na edição de Salt Lake City, em 2002. Desde então, ele se tornou no principal líder da modalidade no país e, atualmente, compete em sua quinta Olimpíada de Inverno.

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Após não se classificar com o quarteto do bobsled para os Jogos de 2010, ele foi o responsável por levantar as denúncias que levaram à troca de comando da CBDG. Com a crise administrativa resolvida, conseguiu a vaga aos Jogos Olímpicos em 2014 e, desde então, se posiciona em grande evolução tanto em estrutura quanto em resultados.

“É uma sensação de um trabalho bem feito ao longo dos anos. Foi difícil, mas a gente vem crescendo, vem evoluindo e está construindo nosso CT em São Caetano. Estou feliz, aproveitando cada segundo, cada pilotagem e cada push. Agora é só fazer um grande trabalho e sair com o top-20 no 4-men”, comenta.

Nos treinos, quarteto do bobsled demonstra evolução

A equipe brasileira não participou do evento-teste realizado na pista de Pequim em outubro de 2021. Assim, ao chegar nos Jogos Olímpicos, o objetivo era realizar o maior número de descidas possível para conhecer o traçado e, principalmente, fazer os ajustes necessários no trenó – alugado especificamente para a disputa.

Nos treinos oficiais, pelo menos, o quarteto do bobsled demonstra que está se adaptando à difícil pista chinesa. Foram cinco descidas realizadas e o trenó brasileiro conseguiu melhorar suas posições em praticamente todas.

Da penúltima posição na primeira, saltou para a 18ª colocação na última etapa. Aliás, foi justamente na quinta descida que alcançou sua melhor tomada de tempo: 1min00seg09. Desempenho que mostra, pelo menos, uma maior confiança dos atletas na pista.

Edson Bindilatti piloto quarteto do bobsled brasileiro
Edson Bindilatti durante reconhecimento de pista em Pequim 2022: última Olimpíada (Alexandre Castello Branco/COB)

Objetivo é obter melhor resultado da história

Apesar das dificuldades enfrentadas no ciclo para os Jogos Olímpicos de Pequim 2022, a expectativa da equipe brasileira é alcançar o melhor resultado da história do país na modalidade. Até o momento, essa marca pertence a 23ª posição obtida há quatro anos, nos Jogos Olímpicos de PyeongChang.

Entretanto, essa posição não foi tão comemorada pelo quarteto do bobsled na época. Naquela ocasião, o objetivo era atingir o Top 20, ainda mais depois de alcançar a 17ª posição no ranking internacional e dos treinos oficiais realizados antes da prova. Em todas o conjunto brasileiro esteve entre os 20 primeiros.

Entretanto, uma mudança brusca no clima de um dia para outro elevou a temperatura da pista. Assim, os atletas brasileiros não se adaptaram às novas condições e não tiveram o desempenho esperado no primeiro dia.  Agora, a ideia é não se despedir dos Jogos novamente com um gosto amargo na boca.

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