A Itália deu uma verdadeira surra na Suécia e está classificada para a final das duplas mistas no curling dos Jogos de Inverno Pequim 2022. Stefania Constantini e Amos Mosaner fizeram 8 a 1 em Oskar Eriksson e Almida de Val, que reconheceram a derrota ainda antes dos oito ends que formam uma partida. Foi nada menos do que a décima vitória italiana em dez partidas até agora. A decisão será contra a dupla da Noruega atual vice-campeã mundial Magnus Nedregotten e Kristin Skaslien.
Os noruegueses bateram os campeões mundiais Jennifer Dodds e Bruce Mourat, competindo pela Grã-Bretanha, por 6 a 5 em uma decisão emocionante no último lançamento do duelo feito por Skaslien. As duas semifinais foram disputadas nesta segunda-feira (7) no Cubo de Gelo, na capital chinesa. A final entre Itália e Noruega será às 9h05 de terça-feira (8) pelo horário de Brasília, no mesmo local.
Ninguém segura
A Itália está longe de ser uma das nações mais tradicionais no curling, seja na variação masculina, feminina ou nas duplas mistas. Esta última é a mais recente, entrou no programa olímpico na edição anterior dos Jogos, em Pyeongchang 2018. Os italianos não competiram nem no masculino e nem no feminino em Sochi 2014 e, quatro anos depois, disputaram apenas no masculino com um modesto nono lugar entre dez participantes.
Os resultados começaram a aparecer ano passado com uma boa campanha no Mundial, já com Mosaner e Constantini. Agora em Pequim, foi o melhor time da fase de grupos vencendo todos os nove adversários, inclusive os suecos por 12 a 8 e os noruegueses por 11 a 8. A nona e última vitória foi sobre o Canadá, atual campeão olímpico, por 8 a 7. Em 2018, o país da América do Norte levou o ouro com oito vitórias e uma derrota, sendo que oito equipes disputaram a competição. Em Pequim 2022 são dez times.
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A Suécia, por outro lado, é um dos peso-pesados do curling. Foi ao pódio nos dois naipes em Sochi-2014, prata no feminino e bronze no masculino, e fez as finais no feminino e masculino quatro anos mais tarde em Pyeongchang, vencendo entre as mulheres. Nas duplas mistas, não competiu em 2018, mas no ano passado já passou a ocupar o lugar que a tradição lhe exige e chegou na medalha de bronze no Mundial. Agora tentará repetir o feito na disputa do terceiro lugar contra a Grã-Bretanha.
Bati um papo com os italianos Amos Mosaner e Stefania Constantini. O grande sonho deles é que a medalha possa mudar o status do Curling na Itália, aproveitando que a próxima Olimpíada vai ser lá mesmo!
— Brasil Zero Grau (@BrasilZeroGrau) February 7, 2022
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Rivalidade e troco
Na outra semifinal do dia, Noruega e Grã-Bretanha fizeram uma disputa de gigantes com uma boa pitada de rivalidade. Eles reeditaram a final do Mundial do ano passado, sendo que naquela ocasião Dodds e Mourat competiu sob a bandeira da Escócia – ambos são escoceses, país onde a modalidade foi criada. Lá, venceram Nedregotten e Skaslien por 9 a 7 após estarem perdendo por 7 a 5 até o sexto dos oito ends. Agora em Pequim 2022, Nedregotten e Skaslien, medalhistas de bronze na edição de 2018 dos Jogos de Inverno, já havia ganhando na fase de grupos por 6 a 2 e na semifinal fizeram os 6 a 5 marcando o sexto ponto no martelo, o último lançamento, do oitavo end, com um ataque preciso de Skaslien.