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Pequim 2022

Atleta do bobsled do Brasil testa positivo para Covid-19

Erick Vianna, do bobsled, se encontra assintomático e isolado em um quarto de hotel, cumprindo os protocolos estabelecidos pelo Comitê Organizador

Jogos de Inverno brasileiros Pequim 2022
(Divulgação/IBSF)

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) informa que o atleta Erick Vianna, da equipe de bobsled, apresentou resultado positivo para Covid-19 em exame realizado neste sábado, 29 de janeiro, no aeroporto de Pequim. O teste foi repetido neste domingo, 30, confirmando o resultado. Erick se encontra assintomático e isolado em um quarto de hotel, cumprindo os protocolos estabelecidos pelo Comitê Organizador Pequim 2022, e está sob supervisão direta do departamento médico do COB e das autoridades de saúde locais. Assim permanecerá até apresentar dois testes negativos consecutivos, num espaço de 24h.

Vale destacar que o atleta havia testado positivo no Brasil no começo de janeiro e depois realizou diversos testes tanto no país quanto na Europa, incluindo os dois PCRs exigidos pelo Comitê Organizador de Pequim 2022 com 96h e 72h antes do embarque, todos negativos. 

+Bruna Moura sofre acidente de carro e está fora da Olimpíada

Os demais integrantes da equipe estão liberados para treinar e competir. O bobsled, com o trenó de duas pessoas, terá a primeira competição no dia 14, enquanto o quarteto faz a primeira descida oficial no dia 19. 

DELEGAÇÃO QUASE COMPLETA

Dos 11 brasileiros classificados para os Jogos Olímpicos de inverno de Pequim-2022, dez já estão na China. A equipe de bobsled composta por Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Rafael Souza e Jefferson Sabino, além de Jaqueline Mourão, Eduarda Ribera e Manex Silva, do esqui cross-country, e Nicole Silveira, do skeleton, se juntaram à Sabrina Cass, do esqui estilo livre moguls, nas Vilas Olímpicas. Agora, o único atleta brasileiro classificado para os Jogos que não está na China ainda é Michel Macedo, do esqui alpino, que chega ao país no próximo dia 07.

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Ainda não caiu a ficha que estou nos Jogos Olímpicos. Estava andando pela Vila e o pessoal começou a pedir os pins pra trocar. Acho que esse foi o mais próximo de sentir clima de jogos até agora. Não tive muito tempo ainda de explorar e ver como é tudo. A Vila ainda está meio vazia porque os times estão pra chegar”, disse Nicole, primeira atleta brasileira a entrar na Vila Olímpica da Yanqing. Ela chegou no começo da tarde ao local, foi para o seu quarto, onde cumpriu isolamento até a liberação através de resultado negativo de PCR feito no Aeroporto de Pequim. Depois de uma viagem de quase 40h entre sair de sua casa no Canadá e chegar ao quarto na Vila, a atleta reviveu uma boa lembrança.

“Foi felicidade muito grande por chegar aqui (na Vila). O primeiro pensamento foi em comer, mas também foi legal de ver a pista do outro lado. Quando estive aqui em outubro, só imaginava estar lá embaixo para os Jogos Olímpicos. E, hoje, aqui estou”, completou a estreante em Jogos, citando o Centro Nacional de Esportes de Pista, onde disputou o evento-teste e terminou na 8ª colocação, que fica bem ao lado da Vila de Yanqing. Um pouco mais tarde, a equipe de bobsled que saiu da Europa, se juntou à Nicole no local.

Manex Silva, Jaqueline Mourão e Eduarda Ribera na Vila de Zhangjiakou (Alexandre Castello Branco/COB)

Já a equipe de esqui cross-country foi para a Vila Olímpica de Zhangjiakou e se juntou à Sabrina Cass no local. Última a ser integrada à delegação, Eduarda Ribera, que também é a mais jovem da equipe, com apenas 17 anos, disse que a sua participação também será a de Bruna Moura, a quem substituiu depois de a colega sofrer um acidente de carro às vésperas de Pequim 2022.

“Na hora, foi muito difícil saber o que aconteceu. Eu fiquei bem nervosa, bem triste com a situação, mas, ao mesmo tempo, fiquei aliviada de a Bruna estar bem. Espero que ela se recupere totalmente logo para gente poder voltar a competir de novo. Vou trabalhar por nós duas aqui”, disse a caçula da delegação brasileira, que, por apenas 17 dias, não será a mais nova da história do Brasil nos Jogos de Inverno.

“Quero aproveitar ao máximo todas as oportunidades que estão chegando pra mim mesmo sendo tão nova. Estar ao lado das melhores do mundo vai me deixar um pouco nervosa, mas vou dar o meu melhor por todo mundo e curtir todos os momentos aqui”, completou Duda.

Manex, o mais novo entre os homens, com 19 anos, também falou sobre a dificuldade dos Jogos na Ásia. “Foi uma viagem longa, bem cansativa. Dormi muito pouco, mas foi bom, deu tudo certo. Ainda é difícil acreditar que estou prestes a disputar os Jogos Olímpicos. Eu estava no ônibus (do aeroporto para a Vila) pensando: estou na China! É um país muito longe, tudo muito diferente e vou precisar de uns dias para acostumar. Mas estou feliz de ter chegado até aqui”.

Manex é o primeiro brasileiro a competir no esqui cross-country, na prova de esquiatlo no dia 06/02. Dois dias depois é a vez de Jaqueline e Eduarda largarem para a prova classificatória de Sprint. A competição de skeleton vai de 10 a 12 de fevereiro. O bobsled, com o trenó de duas pessoas, faz a estreia no dia 14, enquanto o quarteto faz a primeira descida oficial no dia 19. 

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