O que estas garotas da ginástica artística do Brasil fizeram neste domingo em Pequim merece ser exaltado por todo o país. Um esporte sem qualquer tradição por estas bandas, onde impera a monocultura esportiva do futebol, chegar a uma final olímpica por equipes, além de outras quatro finais individuais, defintivamente não é para qualquer um.
Se o amigo internauta acha que estou exagerando, basta lembrar que há 20 anos, em Seul, foi muito festejado o 34º lugar de Luiza Parente, que pela primeira vez colocou uma ginasta brasileira entre as 36 finalistas. Até então, a ginástica artística do Brasil era apenas um mero figurante em Jogos Olímpicos.
O feito de Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Daniele Hypólito, Laís Souza, Ana Cláudia Silva e Ethiene Franco é resultado de um trabalho sério, no qual o dinheiro obtido através de verbas federais (lei Piva) foi aplicado de forma correta, aliado ao talento das atletas.
Isso sem falar no desempenho espetacular de Diego Hypólito, que tem tudo para faturar uma medalha de ouro no solo.
Mesmo que estas garotas não conquistem qualquer medalha na próxima terça-feira, elas já cumpriram seu papel com muita competência.
Foto: Alaor Filho/Divulgação COB