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Pan Júnior - Cáli 2021

Matheus Nobre acredita em pódio no Pan da Juventude em Cáli

Aos 20 anos, Matheus Nobre vai para os Jogos Pan-Americanos de Cali sabendo que pode brigar por um lugar no pódio no penatlo moderno

Matheus Nobre pentatlo moderno Mundial Júnior de Pentatlo Moderno
Instagram/theuus_nobre

Irmão do meio de três filhos, Matheus Nobre começou no esporte por um único motivo: crescer de tamanho. Alguns anos depois, o atleta é um dos nomes mais fortes da nova geração do pentatlo, subiu ao pódio no mundial militar sênior e estará nos Jogos Pan-Americanos de Cali. “Fiquei entre os seis na classificatória para a competição e sei que na Colômbia eu posso chegar no pódio”. 

O ano de 2021 tem sido diferente para Matheus Nobre. Mesmo com toda a questão da pandemia da Covid-19 e a retomada das competições ao redor do mundo, o pentatleta não esconde que vive um bom momento. “Estou no meu melhor momento hoje. Sei que tenho muita coisa para melhorar, mas estou muito bem e espero conseguir me manter assim até os Jogos de Cali”, comentou Matheus que ficou com a medalha de bronze na disputa por equipes no Mundial Militar deste ano, a primeira competição do atleta na categoria sênior. 

De esporte desconhecido ao dia a dia da família 

O pentatlo moderno não é uma modalidade popular. Por alguns fatores, é difícil a prática e encontrar locais que forneçam o mínimo para que se desenvolva um atleta. Por conta disso, Matheus Nobre e sua família tiveram um pouco mais de dificuldade para entender do que se tratava. 

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“Não tinha nenhuma pessoa na minha família com uma relação próxima com o esporte de alto rendimento. O meu começo foi para conseguir crescer e, para os meus pais, era ‘apenas’ a minha rotina ir para os lugares treinar e competir. Depois de um tempo, quando eu passei a ter uma rotina maior dentro do esporte, eles entenderam mais e hoje torcem muito, acompanham e me apoiam cada vez mais”. 

Matheus Nobre
Matheus Nobre competindo pelo Brasil no pentatlo moderno (Divulgação)

Com a ida para os Jogos Pan-Americanos de Cali confirmada, Matheus comunicou aos pais e abriu um sorriso ao dizer o que cada um deles comentou. “Meu pai ficou muito feliz. Entendeu o tamanho da competição, quis saber se poderia ajudar com algo mais. Minha mãe ficou mais emocionada e lembrou do começo de tudo, que só aconteceu para que eu conseguisse crescer”. 

“Eu era o irmão mais baixo”

Alguns praticam esporte por influência familiar, indicação de algum professor ou apenas por gosto. No caso de Matheus Nobre, o motivo era bem diferente e ele sempre disse sem problemas. “Eu sou o irmão do meio e era o mais baixo, aliás sou até hoje. Por conta disso, conversando com os meus pais, eu comecei na natação. Comecei na Vila Militar, aqui no Rio de Janeiro, e só depois eu descobri que estava fazendo pentatlo moderno”. 

Apesar de “estar praticando” o pentatlo moderno, Matheus não começou fazendo as cinco modalidades, natação, corrida, esgrima, hipismo, e tiro. O início da trajetória foi somente com os dois primeiros e, por conta disso, o entendimento de Nobre sobre o que fazia foi um pouco mais tardio. 

Matheus Nobre
Divulgação

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“Eu demorei para entender que estava fazendo pentatlo. Para mim era uma natação que pediam para que eu fizesse corrida para fortalecer um pouco mais. Lembro que quando eu fui chamado para a primeira competição fora do país, em 2016, eu entendi que existiam as outras modalidades. Depois dessa competição na Argentina eu passei a treinar com o pessoal de alto rendimento e passei a fazer todas as cinco modalidades”. 

O esporte além da competição 

A ida para os Jogos Pan-Americanos de Cali tem um motivo dobrado na alegria para Matheus Nobre. Além de todo o ineditismo da competição, que estreia em 2021, o pentatleta estará na Colômbia com sua namorada, Marcela Mello, também atleta do pentatlo moderno. 

“Ela é meio maluca e uma guerreira incrível. Ela é sensacional. Está finalizando um processo de recuperação de um problema físico e estará em Cali. Estamos juntos em mais essa e espero que ela consiga fazer o melhor dela nos Jogos Pan-Americanos de Cali. Independente de tudo, espero conseguir voltar da Colômbia com a certeza que eu e ela conseguimos fazer o nosso melhor”, finalizou.

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