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As pequenas guerreiras da ginástica americana deram uma lição de coragem

O depoimento de Ali Raisman no julgamento de Larry Nassar mostrou que a coragem das ginastas americanas deve ser um exemplo nos casos de abuso sexual

A ginasta Ali Raisamn exibe sua medalha de ouro por equipe na Olimpíada Rio-2016 (Crédito: AFP)

A ex-ginasta americana Aly Raisaman, de 23 anos, apesar de pequenina, possui um currículo enorme. Com seu 1,57 m de altura e 54 kg, tem nada menos do que seis medalhas olímpicas na ginástica artística. Três delas de ouro, sendo duas por equipe – uma na Rio-2016 e outra em Londres-2012. Na capital britânica, ela foi ouro no solo e quatro anos depois, ficou com a prata no Rio.

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Nenhuma destas medalhas, contudo, teve a importância de suas palavras no julgamento que abalou o esporte dos Estados Unidos. O ex-médico da seleção americana de ginástica artística, Larry Nassar, foi condenado esta semana a até 175 anos de prisão por abuso sexual a mais de 100 mulheres, boa parte delas atletas da seleção americana de ginástica artística.

O depoimento de Raisaman, diante do monstro Lassar, foi destruidor e vale ser visto. “Larry, você agora está percebendo que nós, esse grupo de mulheres de quem você abusou por tanto tempo, temos a força, e você não é mais nada. Você é patético ao acreditar que alguém possa sentir empatia por você”.

Confira no vídeo:

 

Não foi apenas Aly Raisman. A fantástica Simone Biles, a grande estrela da ginástica na Rio-2016, deixou o medo de lado e admitiu ter sido abusada por Nassar. Após a divulgação da sentença, ela elogiou a juíza Rosemaria Aquilina por sua conta no Twitter. “Para a juíza Aquilina: OBRIGADO, VOCÊ É MINHA HEROÍNA! Embora não haja um caminho com script para a cura. Eu sei que isso me faz sentir aliviada dele não poder machucar mais almas belas”.

https://twitter.com/Simone_Biles/status/956258439302451200

Outras ginastas encararam Larry Nassar de frente e fizeram depoimentos tocantes e aterrorizantes. A repercussão foi além do tribunal, provocando a renúncia da presidente da Universidade de Michigan (onde o ex-médico trabalhava e cometeu vários dos abusos), além da queda da cúpula da ginástica artística dos Estados Unidos.

O exemplo das bravas guerreiras americanas precisa servir de inspiração para que em outras modalidades, abusadores sejam denunciados e punidos. Sem piedade. Não há mais espaço para o silêncio diante de casos assim. Seja nos Estados Unidos ou em qualquer lugar.

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