O boxe olímpico mundial tomou nesta segunda-feira (20) uma importante decisão rumo à modernização e moralização da modalidade. O taiuanês Ching-Kuo Wu, que nos últimos 11 anos comandou a Aiba (Associação Internacional de Boxe Amador) anunciou sua renúncia. Na prática, o ato põe fim a uma era marcada pela suspeita de atos de corrupção e má gestão na entidade.
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Wu já estava afastado do cargo desde o mês de outubro, sucumbindo após uma gestão desastrosa, que acumula dívidas que chegam a quase R$ 50 milhões. Ele teria inclusive escondido um relatório que detalhava a má gestão financeira da entidade. O dirigente de Taiwan também é acusado de usar seu poder para remover os integrantes do comitê executivo da Aiba, que se mostravam contrários à sua gestão.
“Abro mão do meu cargo no melhor interesse da Aiba e do boxe, mas continuo empenhado em garantir uma passagem harmoniosa para a nova liderança. Tomei essa decisão pelo esporte que amo e pelo qual dediquei minha vida”, declarou Wu. Por enquanto, a Aiba seguirá sendo presidida interinamente pelo italiano Franci Falcinelli. Em janeiro, a Aiba deverá organizar um congresso extraordinário para definir as novas normas de gestão e quem será o novo presidente.
Ching-Kuo Wu, de 71 anos, é membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) e foi integrante da comissão de avaliação da Rio-2016. Ele foi também um dos candidatos à presidência do COI em 2013, no pleito que elegeu o alemão Thomas Bach.
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