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Quadro de medalhas

Brasil faz a melhor campanha paralímpica da história em Paris

Com 23 ouros, 25 pratas e 38 bronzes em Paris-2024, o Brasil faz a melhor campanha da história dos Jogos Paralímpicos

Rayane Soares quebra o recorde mundial dos 400 m rasos T13 nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, quadro de medalhas, brasil
06.09.24 - Zileide Cassiano - Jogos Paralímpicos Paris 2024 - Prova de Atletismo no Stade de France, em Paris. Foto: Alessandra Cabral/CPB

Um dia para entrar na história do esporte brasileiro! Neste sábado, 7 de setembro, o Brasil alcançou a melhor campanha em Jogos Paralímpicos de todos os tempos. Os 16 pódios deste sábado (novo recorde em um único dia) fizeram com que o país chegasse em 23 ouros, 25 pratas e 38 bronzes em Paris-2024, superando a marca de Tóquio-2020. No Japão, foram 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes.

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Ao todo, o Brasil soma 86 medalhas na capital francesa e também bate o recorde de pódios em uma única edição, que pertencia a Rio-2016 e Tóquio-2020, que tiveram 72. Para ficar melhor, o país retornou ao Top-5 do quadro de medalhas. O Brasil ainda conquistou mais uma posição no quadro de medalhas e fechou o dia na 6ª colocação geral. Assim, o país está atrás somente de China, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Holanda e Itália. Os chineses continuam disparados na liderança, com 215 medalhas, sendo 93 de ouro, 73 de prata e 49 bronzes.

+Confira o quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024

Judô tem dia histórico

Não poderiamos começar o nosso resumão deste sábado sem falar do dia histórico do judô brasileiro. Terceiro esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil, o judô brilhou com cinco pódios neste 7 de setembro. Foram três ouros, uma prata e um bronze que fizeram a modalidade chegar em 33 pódio na história dos Jogos Paralímpicos.

Em sua terceira participação em Jogos Paralímpicos, Arthur Silva conquistou sua primeira medalha paralímpica. O judoca brasileiro fez uma campanha perfeita na categoria até 90kg J1. Na decisão, ele imobilizou o britânico Daniel Powell e faturou o título inédito.

Outro campeão do dia, o paraibano Wilians Araújo, conquistou o seu segundo pódio paralímpico com o ouro na categoria acima de 90kg, da classe J1. Na final, ele derrotou Ion Basoc, da Moldávia com um duplo waza-ari. Na Rio-2016, ele havia terminado em segundo lugar, ficando com a prata.

Por fim, Rebeca Silva fechou o sábado com o título na categoria acima de 70kg para atletas J2. Na decisão, ela venceu a cubana Sheyla Hernandez por imobilização. Assim, ela se tornou a segunda mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro, se juntando a Alana Maldonado.

Pouco antes, o judô brasileiro subiu ao pódio outras duas vezes com Érika Cheres (prata) e Marcelo Casanova (bronze). A judoca sul-mato-grossense acabou superada pela ucraniana Anastasiia Harnyk na final da categoria acima de 70kg da classe J1. Enquanto, Marcelo ganhou o bronze ao derrotar o italiano Simone Cannizzaro na até 90kg J2.

Atletismo volta a brilhar

Após passar três dias sem conquistar medalhas de ouro, o atletismo brasileiro voltou com tudo neste sábado. Ao todo, o país faturou seis medalhas, sendo dois ouros, uma prata e três bronzes. A primeira dourada veio com Rayane Soares, nos 400m T13. Na final, a atleta maranhense, de 27 anos, disparou na frente logo na largada e foi se distanciando das adversárias de forma incrível para concluir a prova com o o novo recorde mundial da distância: 53s55. Assim, ela se tornou a primeira mulher da classe a correr abaixo dos 54 segundos.

O segundo ouro do dia veio pelos pés de Jerusa Geber. Aos 42 anos de idade e em sua quinta participação paralímpica na carreira, a acreana conquistou o seu segundo ouro em Paris-2024. Ao lado do atleta-guia Gabriel Garcia, ela igualou o recorde paralímpico (24s51) para vencer os 200m T11 e alcançar a sua sexta medalha em Jogos Paralímpicos.

Mais cedo, o atletismo do Brasil colocou dois atletas no pódio na final dos 200m da classe T37. Ricardo Mendonça fez a sua melhor marca da temporada (22s71) e levou a prata, enquanto Christian Gabriel fez o melhor tempo da vida (22s74) para ficar com o bronze.

No salto em distância T13 Paulo Henrique dos Reis alcançou o feito mais expressivo de sua carreira até o momento. Com 26 anos, o atleta do Mato Grosso do Sul, estreou em Jogos Paralímpicos com o bronze. Além do pódio, ele fez sua melhor marca pessoal da carreira atingindo a distância de 7,20m.

Por fim, Thomaz Ruan conquistou o bronze nos 400 metros rasos T47 com o tempo de 47s97. Medalhista de prata em Tóquio-2020, o brasileiro anotou a sua melhor marca da temporada para garantir o seu segundo pódio na carreira.

Halterofilismo com bicampeã paralímpica

Mariana D’Andrea fez história nos Jogos Paralímpicos de Paris. Defendendo seu título no halterofilismo conquistado em Tóquio, ela travou uma disputa épica pelo bi e, após o recorde paralímpico ser quebrado cinco vezes em menos de uma hora, confirmou seu favoritismo na categoria até 73 kg, levantando incríveis 148 kg e conquistando o lugar mais alto no pódio.

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Canoagem com duas medalhas

Luis Carlos Cardoso conquistou a primeira medalha da paracanoagem brasileira nos Jogos de Paris-2024. Ele levou a prata na prova do KL1 200m, com o tempo de 46s42. É a sua segunda medalha paralímpica, depois de também ter sido vice-campeão em Tóquio-2020. Por sua vez, Miquéias Rodrigues levou o bronze na raça nos 200m KL3 masculino. O brasileiro terminou com tempo de 40s75 enquanto o espanhol terminou na quarta posição com 40s76, apenas um centésimo atrás de Miquéias.

Natação fecha a participação em Paris com medalha

No último dia de competições da natação em Paris-2024, o Brasil se despediu com um pódio. Lídia Cruz conquistou a medalha de bronze nos 50m costas S4, com o tempo de 52 segundos. Ela ficou atrás apenas da grega Alexandra Stamatopoulou, que levou a medalha de ouro com o tempo de 50s12, e da alemã Gina Boettcher, que completou o percurso em 51s40 e levou a prata.

Assim, Lídia Cruz fecha a edição dos Jogos Paralímpicos com três medalhas, uma vez que conquistou o bronze nos 150m meddley SM4 e ajudou o Brasil a ficar em terceiro no revezamento 4x50m medley – 20 pontos.

Futebol de cegos garante o bronze

Pela primeira vez, a seleção de futebol de cegos do Brasil disputou uma partida valendo medalha paralímpica que não a de ouro. Teve êxito ao superar a Colômbia por 1 a 0, e conquistou o bronze no Estádio Torre Eiffel. O gol do triunfo foi marcado por Jefinho, que fez grande jogada, se livrou de toda a marcação e acertou um chutaço no canto direito. Por fim, quadro de medalhas. Porém, quadro de medalhas.Assim, levou o bronze. Então, ficou com o bronze. Assim, venceu.

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Paulista de 25 anos. Graduando em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais. Apaixonado por esportes.

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