O surfe já era um dos eventos mais polêmicos dos Jogos Olímpicos de Paris e agora é alvo de mais uma discussão. As provas da modalidade acontecerão no Taiti, a mais de 15 mil quilômetros da capital francesa, e a organização da Olimpíada está sendo acusada de causar danos ambientais nesse lugar que é paradisíaco e considerado um templo do surfe mundial.
- Egonu cresce e Praia Clube encerra Mundial sem medalha
- Osasco se recupera de susto e vira vice-líder da Superliga
- Larissa Silva marca seis vezes e Gran Canaria vence no Espanhol
- Com atropelo após intervalo, União Corinthians vence Corinthians
- Sesi Franca derrota Vasco e segue na briga pelo G4 do NBB
A sede da prova é a ilha de Teahupo’o, que faz parte de um arquipélago que compõe a Polinésia Francesa. Esse paraíso já recebe todos os anos uma etapa da WSL, o Circuito Mundial de Surfe. Nesta competição, os jurados ficam sobre uma estrutura de madeira, onde também se geram algumas das imagens das provas.
Só que esta torre foi considerada insegura pelos organizadores da Olimpíada. Isso porque o número de pessoas previsto para acompanhar a prova nesta estrutura era muito maior do que ocorre na WSL. A organização decidiu, então, construir uma torre maior e à base de alumínio. Durante os testes da nova torre, houve danos da região, o que revoltou os moradores do Taiti, além de organizações em defesa do meio ambiente.
Antes mesmo do acidente ambiental, alguns dos mais renomados atletas do circuito já haviam se manifestado contra o projeto. Foi o caso de Filipe Toledo, atual bicampeão mundial, e Kelly Slater, dono de 11 títulos da WSL. O norte-americano disse que não vale a pena construir uma torre gigante para um evento que vai durar apenas 2 dias.
Alternativas
Depois de muita discussão, a organização dos Jogos entrou em acordo com federações e o governo local para construir uma torre de menor porte, mas com mais segurança em relação à estrutura de madeira usada na WSL.
Pouco depois do início das obras, que começaram na semana passada, a Federação Internacional de Surfe propôs ao governo da Polinésia que a prova tivesse análise remota por parte dos juízes, através de imagens geradas por drones e por câmeras posicionadas na faixa de areia da praia, além em barcos próximos aos surfistas. Isso eliminaria a necessidade da construção de uma nova torre, de acordo com a entidade.
O Comitê Organizador dos Jogos rechaçou a proposta. Em comunicado oficial, o órgão reforçou que esta possibilidade já havia sido estudada e descartada. Segundo o Comitê, as imagens não teriam qualidade o suficiente para o julgamento dos juízes. Além disso, as condições da praia de Teahupo’o não oferecem segurança o suficiente para os câmeras posicionados nos barcos.
Desta forma, as obras para a execução da torre funcional continuam de pé e têm prazo de serem entregues em maio de 2024, ou seja, pouco antes da etapa da WSL no Taiti.