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Como a inteligência artificial será usada na Olimpíada

Governo francês planeja utilizar câmeras e drones na segunda dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris

O uso de sistemas de vigilância é um dos principais pontos do projeto de lei relativo aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024. O texto recebeu aprovação do parlamento francês por ampla maioria. Ele prevê a utilização de câmeras e drones que alimentem algoritmos capazes de identificar rapidamente o início de um tumulto ou o abandono de bagagens e materiais suspeitos.
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As imagens dos incidentes ficarão a cargo de equipes de segurança, podendo ficar armazenadas por até 12 meses. Segundo o ministro do interior, Gérald Darmanin, o sistema não terá a utilização de reconhecimento facial e terá funcionamento limitado até março de 2025. Mesmo assim, a medida não recebe apoio de algumas associações como o Conselho Nacional de Advogados e a Anistia Internacional.

As entidades acreditam que os Jogos podem ser usados como vitrine para que o Estado implemente sistemas de inteligência artificial para vigiar a população de maneira generalizada. A organização teme que esta seja uma forma de limitar o direito à manifestações, de restringir a privacidade dos cidadãos e usada contra imigrantes.

Resposta

Programa de voluntariado com voluntários para Paris 2024 tem inscrições abertas
Voluntários poderão ficar espalhados por toda Paris (Foto: Benoit Tessier/REUTERS)

Em resposta à nossa reportagem, o Comitê Organizador dos Jogos Paris 2024 reforça a confiança no Estado em relação à segurança de grandes eventos. A organização ratifica que as medidas de vigilância são proporcionais às necessidades de operação das forças de segurança.

A entidade destaca ainda que o projeto de lei tem outros pontos técnicos que são importantes para a realização dos jogos como a instalação de um centro de saúda na Vila dos Atletas, além da intensificação de testes genéticos antidoping.

O debate sobre a segurança em eventos esportivos na França ganhou força após os incidentes ocorridos durante a final da Champions League de 2022. A partida realizada no Stade France teve grandes filas e bloqueio de torcedores com ingresso. Além disso, diversos invasores colocaram em xeque a capacidade de segurança francesa.

Existe a expectativa de que haja testes com sistemas de segurança por meio de inteligência artificial durante a Copa do Mundo de Rugby, um dos eventos esportivos de maior audiência no mundo, que acontecerá entre setembro e outubro de 2023 e que também terá como sede da final o Stade France.

Apresentador do canal Kenjiria, dedicado ao esporte olímpico.

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