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Jade se emociona após medalha: ‘escola brasileira é referência’

Ao lado de Lorrane Oliveira, medalhista olímpica explicou a sensação de fazer história, detalhou o processo e apontou passos para o futuro da modalidade

Jade Barbosa e Lorrane Oliveira, ginastas brasileiras medalhistas de bronze nos Jogos de Paris-2024 (Foto: Pedro Suaide)
Jade Barbosa e Lorrane Oliveira, ginastas brasileiras medalhistas de bronze nos Jogos de Paris-2024 (Foto: Pedro Suaide)

PARIS – A manhã de quinta-feira foi de muita emoção na Casa Brasil, na capital francesa. Jade Barbosa e Lorrane Oliveira, medalhistas de bronze na ginástica artística por equipes, deram longa entrevista coletiva à imprensa e nos levaram a uma viagem no tempo.

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“Eu lembro de eu chegando no Flamengo, encontrando com a Jade, e minha mãe ficava: “Tira foto com a Jade, tira foto com a Jade”. Meu sonho era ser igual a ela e hoje estou aqui, sabe? E hoje a gente conquistou essa medalha juntas”, disse Lorrane.

A dupla de atletas foi parte responsável por colocar o Brasil em um patamar nunca antes alcançado com esse pódio. E elas não escondem a alegria que é poder finalmente ver a equipe brasileira com uma medalha, que certifica a modalidade como uma potência mais do que nunca.

“Hoje a gente adquiriu um respeito na ginástica que as pessoas entendem que a gente tem uma escola brasileira de ginástica, elas perguntam como a gente treina, se mantém fisicamente, nosso número de repetições, o que é saudável, como mantemos ginastas experientes com excelência… É claro que é legal chegar no ginásio e ver que faz parte daquele mundo pela opinião dos outros, mas você ter certeza do quanto trabalhou e que faz um duplo twist carpado melhor do que ninguém, e que inventou elementos, tem seu nome no código, tem medalhas individuais e por equipe… Isso é consolidar uma modalidade”, analisou Jade.

Início de tudo

A ginasta de 33 anos relembrou suas primeiras competições com a Seleção, quando chegou a levar chamadas da colega Daiane dos Santos por estar “deslumbrada” com as adversárias que também eram algumas de suas maiores inspirações. Em contrapartida, contou que ontem estava cercada de campeãs olímpicas por quem ela possui idolatria e todas falavam: “Vocês mereceram tanto. Já estava na hora”.

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“É claro que a gente fica feliz quando chega aqui e a Simone Biles olha pro nosso collant e fala: “Caraca, que maravilhoso!”. Aí a Rebeca faz um salto e ela fala “Que Cheng é esse?!”. A gente alcançou, nós somos referência, e isso é incrível. A gente conseguiu ser referência em inúmeros fatores dentro do esporte”, completou.

Ainda sobre os paralelos de um passado não tão distante e um presente muito diferente, Jade Barbosa conta como a mudança de postura e calma pode fazer diferença. E admitiu usar o skate como referência para essa nova mentalidade.

“A gente chega no ginásio e as pessoas gostam de como nos divertimos fazendo o esporte. Não era uma equipe assim. Eu vejo os meus vídeos de 2007 e eu não aproveitava como aproveito hoje. Eu vejo o skate competindo e eu falo: “Eu quero isso pra ginástica, quero isso pra nova geração.” As pessoas perguntam se eu estou feliz… Eu estou realizada, estou em paz.”

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