Vôlei feminino
Guia do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Tabela do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Quartas de Final | Semifinal | Final |
---|---|---|
Brasil | ||
6 de agosto de 2024 3-0 | ||
Brasil | ||
8 de agosto de 2024 2-3 | ||
República Dominicana | ||
Estados Unidos | ||
Estados Unidos | 11 de agosto de 2024 0-3 | |
6 de agosto de 2024 3-0 | ||
Estados Unidos | ||
Polônia | ||
China | ||
6 de agosto de 2024 2-3 | ||
Turquia | ||
8 de agosto de 2024 0-3 | ||
Turquia | ||
Itália | ||
Itália | ||
6 de agosto de 2024 3-0 | ||
Itália | ||
Sérvia |
Quartas de Final | Semifinal | Final | Semifinal | Quartas de Final |
---|---|---|---|---|
Brasil | China | |||
6 de agosto de 2024 3-0 | 6 de agosto de 2024 2-3 | |||
Brasil | Turquia | |||
8 de agosto de 2024 2-3 | 8 de agosto de 2024 0-3 | |||
República Dominicana | Estados Unidos | Turquia | ||
11 de agosto de 2024 0-3 | ||||
Estados Unidos | Itália | Itália | ||
6 de agosto de 2024 3-0 | 6 de agosto de 2024 3-0 | |||
Estados Unidos | Itália | |||
Polônia | Sérvia |
DISPUTA DO BRONZE
Disputa do 3º lugar | |
---|---|
Brasil | |
10 de agosto de 2024 3-1 | |
Turquia | |
Disputa do 3º lugar | ||
---|---|---|
Brasil | ||
10 de agosto de 2024 3-1 | ||
Turquia | ||
Chances do Brasil no vôlei feminino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024
A campanha do Brasil na primeira fase da Liga das Nações de vôlei feminino encheu os olhos da torcida. Com 12 vitórias em 12 jogos, pela primeira vez na história uma equipe terminava invicta na liderança. A empolgação tomou conta dos voleifãs, mas a ducha de água fria veio na fase final. Depois de vencer a Tailândia nas quartas de final, a equipe dirigida por José Roberto Guimarães caiu na semifinal diante do Japão e, na disputa do bronze, contra a Polônia, em jogos de cinco sets.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, TWITTER, INSTAGRAM, TIK TOK E FACEBOOK
A falta de consistência no saque foi o principal ponto apontado como problema para a queda de desempenho na reta decisiva. Certamente, corrigir isso será a principal tarefa até os Jogos Olímpicos para que o Brasil chegue em condições de brigar pelo título com as favoritas Itália e Sérvia e fortes candidatos ao pódio como Japão, Turquia, China, Estados Unidos e Polônia.
Favoritos do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
O equilíbrio deve marcar a disputa do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Nos últimos quatro anos, oito das 12 seleções que estarão na capital francesa conseguiram chegar ao pódio das principais competições mundiais. O Brasil, por exemplo, foi três vezes vice-campeão nesse período: em Tóquio-2020, na Liga das Nações de 2022 e no Mundial do mesmo ano. Por outro lado, quem mais venceu foi a Itália, da estrela Paola Egonu, que faturou a Liga das Nações em 2022 e 2024 e foi bronze no Mundial de 2022.
A Sérvia, da cracaça Tijana Boskovic, campeã mundial em 2022 e bronze em Tóquio-2020, também está entre as favoritas. Na Liga das Nações deste ano, jogou o campeonato com time reserva para poupar as principais estrelas para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Campeã da Liga das Nações em 2023, a Turquia, que é dona de uma das principais ligas de clubes do mundo, quer colocar seu nome na galeria de medalhistas dos Jogos Olímpicos, mas terá concorrência também dos tradicionais China e Japão, vice-campeões, respectivamente, das VNLs de 2023 e 2024, e da emergente Polônia, terceira colocada nos dois últimos anos.
Por fim, não dá para ignorar os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos. Depois do ouro em Tóquio-2020, as americanas nunca mais chegaram ao pódio das principais competições, mas não dá para descartar a força do time comandado por Kirch Kiraly.
Regulamento do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Assim como nas últimas edições olímpicas, o vôlei feminino contará com a participação de 12 seleções. No entanto, diferente dos últimos anos (quando havia dois grupos de seis equipes), haverá três grupos com quatro seleções cada. Os dois primeiros colocados de cada chave, além dos dois melhores terceiros colocados no geral, avançam ao mata-mata, que se inicia a partir das quartas de final.
Vôlei feminino do Brasil nos Jogos Olímpicos
De degrau em degrau! É assim que facilmente pode ser definida a caminhada da seleção de vôlei feminino na história olímpica. Fora das quatro primeiras edições, em uma época de poucas vagas e que o Peru dominava o cenário sul-americano, o Brasil foi pra sua primeira participação nos Jogos de Moscou 1980 após a desistência dos Estados Unidos, que boicotaram a competição em terras russas no auge da Guerra Fria.
Lá, o Brasil fez um discreto sétimo lugar, vencendo apenas a Romênia na disputa pela posição. Essa foi a primeira vitória do time de vôlei feminino em Jogos Olímpicos. Na equipe, estavam ícones do vôlei nacional como Dora Castanheira, Isabel Salgado, Vera Mossa e Jackie Silva.
Los Angeles-1984
Quatro anos mais tarde foi a vez dos Jogos de Los Angeles receberem o troco. Boicotes de União Soviética, Cuba e Alemanha Oriental, três fortíssimas seleções, deram ao Brasil um convite da FIVB e mais uma participação olímpica no vôlei feminino.
O resultado foi parecido. O time que era formado com a base da equipe de Moscou, adicionando a futura medalhista olímpica Ida, ficou em sétimo lugar, com uma vitória no cartel, dessa vez contra o Canadá.
Seul-1988
A equipe de Seul -1988 já contava com alguns nomes que na década de 90 ajudariam a mudar o Brasil de patamar no vôlei feminino. Ana Moser, Marcia Fu, Fernanda Venturini e Sandra Suruagy formaram o time que chegou à Coréia também por uma vaga realocada. Desta vez foi Cuba quem desistiu da participação.
No torneio de vôlei feminino de Seul, duas importantíssimas vitórias, sobre as donas da casa e sobre a Alemanha Oriental, além de sets vencidos contra as poderosas equipes de China e Estados Unidos, fizeram o Brasil avançar um degrau na história olímpica, terminando em sexto lugar na ocasião.
Barcelona-1992
Barcelona-92, mesmo sem medalha, já trouxe o primeiro grande resultado do vôlei feminino brasileiro. A começar pela classificação para os Jogos, que veio com vitória sobre o Peru, seleção dominante no continente nos anos 80.
A vaga veio com um título sul-americano de vôlei feminino sobre as peruanas depois de quatro vice campeonatos consecutivos. Em terras espanholas, a equipe nacional já elencava, além das remanescentes de Seul, nomes que ficariam famosos nos anos seguintes. Leila, Ana Paula, Ana Flávia e Hélia de Souza, a Fofão, ajudaram o Brasil a chegar numa inédita semifinal.
Naquele ano, vitória sobre Holanda e China na fase de grupos, Japão nas quartas de final e derrotas para Equipe Olímpica Unificada (formada por atletas da já extinta União Soviética) na semi e para os Estados Unidos na disputa do bronze. O ouro foi para Cuba, o primeiro de uma dinastia das caribenhas nos anos noventa.
Atlanta-1996
O Brasil chegou em Atlanta 96 em outro patamar em relação ao vôlei feminino mundial. Com a base do time de Barcelona, contando também com Virna, Ericlea e como técnico o grande Bernardinho, o time era o então vice campeão mundial. Além disso, era atual bicampeão do Grand Prix. Todas essas finais disputadas contra Cuba, onde começou uma das maiores rivalidades da história do vôlei mundial.
Qualquer fã de vôlei feminino lembra daquela semifinal olímpica de Atlanta-1996, onde um mix de jogo e uma briga generalizada entre as atletas marcaram a partida. Um literalmente nervoso 3 a 2 deu as cubanas de Regla Torres, Regla Bell , Mireya Luis e Lilia Isquierdo mais uma final olímpica – e posteriormente o ouro – em um jogo marcado por um bom voleibol e provocações.O Brasil conquistou sua primeira medalha olímpica no vôlei feminino, o bronze, ao vencer a Rússia por 3 a 2.
Sydney-2000
Em Sydney, quatro anos depois e com uma rivalidade muito mais acirrada, o resultado foi quase idêntico a Atlanta. Derrota para Cuba, que conquistaria seu terceiro ouro, por três sets a dois. A diferença agora foi a vitória do bronze, desta vez com um tranquilo três a zero sobre os Estados Unidos.
Atenas-2004
Uma das mais doloridas derrotas da história do vôlei feminino brasileiro. É assim que pode ser definida a semifinal olímpica de Atenas 2004. Com uma equipe treinada por José Roberto Guimarães, o time contava com Fernanda Venturini e Virna em suas últimas edições olímpicas, Fofão, e duas jovens atletas que brilhariam nos anos seguintes, Mari e Fabiana.
Invicto, o Brasil chegou muito perto da vaga na final ao fazer 24 a 19 contra a Rússia nas semi , faltando um ponto para vencer a partida. Um apagão nacional e as russas viraram o set para 26 a 28, ganharam o tie break e jogaram o Brasil em mais uma disputa do terceiro lugar. A briga pelo bronze foi contra Cuba, com nova derrota para as caribenhas que conquistaram ali a última medalha olímpica da geração de ouro cubana.
Os dois ouros olímpicos do vôlei feminino do Brasil, que vieram para coroar anos de bons trabalhos de desenvolvimento da modalidade, foram conquistados de formas totalmente opostas.
Pequim-2008
Em Pequim o Brasil chegou favorito, mas com a sombra das derrotas das edições olímpicas anteriores. O time contava com Fofão, Mari, Paula Pequeno, Walewska, Sheila, Jaqueline, Thaísa, Fabiana, Fabizinha, Sassá, Valesquinha e Carol Albuquerque e arrasou todos os adversários na fase de grupo, sem perder sets.
Nas quartas, contra o Japão, mais uma vez uma vitória tranquila. A semi, que poderia ter sido nervosa por lembranças passadas e por ser disputada contra as donas da casa e atuais campeãs olímpicas foi também “fácil”. Três a zero na China, com direito a uma parcial de 25 x 14 no último set.
A final foi contra as americanas, onde aconteceu o primeiro set perdido. Nada que abalasse! Ouro com propriedade e para muitos um enterro oficial das derrotas passadas em momentos decisivos.
Londres-2012
Já em Londres, o caminho do Brasil mostra claramente como o esporte pode ser magnifico e nem sempre tudo está perdido. Primeiro, uma quase eliminação, onde em uma fase de grupos conturbada o Brasil viu o fim da participação olímpica de perto, com duas derrotas, para Estados Unidos e Coréia do Sul, e jogos apertados contra a Turquia e a China, que fizeram a equipe verde e amarela avançar em quarto lugar, graças a uma combinação de resultados, para a fase seguinte.
Nas quartas, veio a embalada e invicta Rússia, da temida Ekaterina Gamova, que chegava em quadra praticamente vitoriosa para muitos dos especialistas que acompanhavam o torneio naquela edição olímpica. Com uma partida impecável de Sheila, o time nacional manteve o sonho do bi olímpico ao bater as europeias por 3 a 2, com direito a 21 a 19 no quinto set. Na semi, contra o Japão, foi o primeiro jogo “tranquilo” do vôlei feminino brasileiro em quadras britânicas. Três sets a zero sobre o japonesas, com classificação para a final e uma medalha quase impensável já garantida.
A final do vôlei feminino novamente contra os Estados Unidos. As americanas, da então melhor jogadora do mundo Destinee Hocker, eram amplas favoritas ao ouro. Primeiro set uma surra americana por 25 a 11. O que muitos não sabiam era que começaria mais uma histórica virada brasileira. Para o segundo set, era outro time em quadra, Brasil confiante e dominante, venceu com 25 a 17 e assim fez nas duas parciais seguintes para levar o ouro, com 25 a 20 no terceiro e 25 a 17 no quarto.
Rio-2016
Em 2016, chegaram os Jogos do Rio, e o sonho do tri era muito presente na torcida brasileira. Como são coisas do esporte, os Jogos disputados em casa ofereceram ao torcedor brasileiro o inverso do que foi Londres. Primeira fase, invicta e dominante. Sem perder sets, o Brasil enfrentou uma desacreditada China que vinha de três derrotas no torneio.
Com uma partida irretocável de Ting Zhu, as asiáticas calaram o ginásio do Maracanãzinho eliminando o Brasil, que pela primeira vez desde 1992 ficava fora das semifinais no vôlei feminino. As chinesas se tornaram as campeãs olímpicas dias depois. Para Tóquio, o time de Zé Roberto busca se reerguer e voltar ao pódio olímpico. Muitas aposentadorias e caras novas marcam o time, que busca voltar ao topo do pódio olímpico em uma nova fase do vôlei mundial com a força sérvia, chinesa e a derrocada definitiva de Cuba. O Brasil estreia em Tóquio no dia 26 de julho, contra a Coréia do Sul.
Tóquio-2020
A seleção brasileira de vôlei feminino conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães foi derrotado na final pelos Estados Unidos por 3 sets a 0, com parciais de 25/21, 25/20 e 25/14.
O Brasil terminou a fase de grupos na primeira colocação, invicta, e encarou o Comitê Olímpico Russo nas quartas de final. Na semifinal, derrotou a Coreia do Sul e se credenciou para a decisão.
Medalhistas do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos
Olimpíada | Ouro | Prata | Bronze | 4º lugar |
Tóquio-1964 | Japão | União Soviética | Polônia | Romênia |
Cidade do México-1968 | União Soviética | Japão | Polônia | Peru |
Munique-1972 | União Soviética | Japão | Coréia do Norte | Coreia do Sul |
Montreal-1976 | Japão | União Soviética | Coreia do Sul | Hungria |
Moscou-1980 | União Soviética | Alemanha Oriental | Bulgária | Hungria |
Los Angeles-1984 | China | Estados Unidos | Japão | Peru |
Seul-1988 | União Soviética | Peru | China | Japão |
Barcelona-1992 | Cuba | Equipe Unificada | Estados Unidos | Brasil |
Atlanta-1996 | Cuba | China | Brasil | Rússia |
Sydney-2000 | Cuba | Rússia | Brasil | Estados Unidos |
Atenas-2004 | China | Rússia | Cuba | Brasil |
Pequim-2008 | Brasil | Estados Unidos | China | Cuba |
Londres-2012 | Brasil | Estados Unidos | Japão | Coreia do Sul |
Rio-2016 | China | Sérvia | Estados Unidos | Holanda |
Tóquio-2020 | Estados Unidos | Brasil | Sérvia | Coreia do Sul |
Quadro de medalhas do vôlei feminino nos Jogos Olímpicos
Clas | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
---|---|---|---|---|---|
1 | União Soviética (URS) | 4 | 2 | 0 | 6 |
2 | China (CHN) | 3 | 1 | 2 | 6 |
3 | Cuba (CUB) | 3 | 0 | 1 | 4 |
4 | Japão (JPN) | 2 | 2 | 2 | 6 |
5 | Brasil (BRA) | 2 | 1 | 2 | 5 |
6 | Estados Unidos (EUA) | 1 | 3 | 2 | 6 |
7 | Rússia (RUS) | 0 | 2 | 0 | 2 |
8 | Sérvia (SRB) | 0 | 1 | 1 | 2 |
9 | Alemanha Oriental (RDA) | 0 | 1 | 0 | 1 |
Peru (PER) | 0 | 1 | 0 | 1 | |
Equipe Unificada (EUN) | 0 | 1 | 0 | 1 | |
12 | Polônia (POL) | 0 | 0 | 2 | 2 |
13 | Bulgária (BUL) | 0 | 0 | 1 | 1 |
Coreia do Norte (PRK) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Coreia do Sul (KOR) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
Totais | 15 | 15 | 15 | 45 |