Vôlei
Guia do vôlei nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Tabelas completas
Agenda do vôlei brasileiro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil no vôlei em Paris-2024
O vôlei brasileiro se acostumou a dar alegrias para o torcedor em Jogos Olímpicos. Poucas vezes, entretanto, nossas seleções chegaram aos Jogos Olímpicos com tantas dúvidas e incertezas como em Paris-2024. O maior problema é a equipe masculina, que resgatou Bernardinho para tentar reencontrar o caminho das vitórias. Depois do frustrante quarto lugar de Tóquio-2020, a equipe só ganhou uma medalha nas competições do ciclo: o bronze do Mundial de 2022. Na Liga das Nações, porém, parou nas quartas de final em 2022, 2023 e 2024. Na edição deste ano, perdeu todos os últimos quatro jogos que disputou e é com essa sequência negativa que vai chegar na capital francesa.
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O vôlei feminino, por outro lado, fez uma primeira fase espetacular na Liga das Nações. Com ótimas atuações, venceu todos os jogos da primeira fase e passou também pela Tailândia nas quartas. Depois de 13 vitórias seguidas, entretanto, sucumbiu diante do Japão na semifinal e da Polônia na disputa pelo terceiro lugar, dois adversários da primeira fase dos Jogos Olímpicos.
A tarefa não será fácil, mas o Brasil tem a seu favor a impressionante tradição olímpica. Se não pode ser considerado favorito ao título em nenhum dos dois naipes, certamente é candidato à medalha em ambos. As chances, entretanto, são maiores no feminino do que no masculino.
Arena Paris Sul
- Esportes: Handebol, levantamento de peso, tênis de mesa, vôlei, bocha, goalball e tênis de mesa paralímpico
A Arena Paris Sul faz parte do Paris Expo, um centro de exposições e convenções que é um dos mais ativos da Europa e o mais visitado na França. Ao longo de 35 hectares, 228.000 m2 de salas de exposições e oito pavilhões, Paris Expo recebe 7,5 milhões de visitantes todos os anos, especialmente durante a Feira Internacional de Agricultura. Com os pavilhões 1, 4 e 6 reservados para a logística dos Jogos, o Paris Expo vai ser um importante centro para os Jogos de Paris 2024.
Grandes nomes da história olímpica
Assim como futebol ou basquete, que produzem grandes e diferenciados ídolos mundo afora, ao longo da história olímpica, o vôlei apresentou grandes e vitoriosos atletas. Esportistas diferenciados, que foram de grande importância para as glórias olímpicas e mundiais de seus países. Há quem diga que o maior deles é Karch Kiraly. O americano é o único jogador da história do vôlei, entre homens e mulheres, que conquistou medalhas de ouro tanto na quadra quando na praia, a outra modalidade regida pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).
Kiraly foi de extrema importância para as conquistas dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 84 – vencendo o Brasil na final – e Seul 1988. Em 1996, na estreia olímpica do vôlei de praia, foi campeão olímpico junto com Kent Steffes de forma dominante. Seguiu os passos de Bernardinho e Zé Roberto, e assim como eles se tornou um dos melhores técnicos do mundo, dirigindo atualmente a poderosa seleção americana feminina, onde conquistou as medalhas de prata em Londres 2012 e bronze nos Jogos do Rio em 2016. Em Tóquio-2020, conquistou o inédito ouro olímpico.
Heroína chinesa
Quem também teve muito sucesso nas quadras e foi pelo mesmo caminho que os citados técnicos brasileiros foi a chinesa Lang Ping. Campeã Olímpica e melhor jogadora do torneio de vôlei dos Jogos Olímpicos Los Angeles-1984, ela é reverenciada na China, onde muitos a consideram como uma das maiores atletas da história do esporte chinês. Como técnica, foi medalha de prata em Pequim 2008 com a equipe dos Estados Unidos, perdendo para o Brasil, e campeã olímpica com a China nos Jogos do Rio-2016.
Força peruana
Para os brasileiros, pensar em anos 80 no vôlei feminino é ter pesadelos com a equipe peruana. Duas das responsáveis pelo sucesso do país sul-americano, prata em Seul 88, foram Rosa Garcia e Cecília Tait, atletas até hoje reverenciadíssimas no país vizinho. Foram grandes responsáveis para a única medalha peruana em esportes coletivos até os dias atuais.
Gigante holandês
Da Holanda, vem Bars Van de Goor, ponteiro que é um dos grandes responsáveis pelo sucesso do pequeno país europeu em meados dos anos 90. O campeão de Atlanta 1996 é o único atleta da história olímpica a possuir dois títulos de melhor jogador do torneio, conquistados além de Atlanta, também nos Jogos de Sydney 2000.
Brasil x Cuba
Os anos noventa também marcaram aquela que para muitos é a maior rivalidade da história do vôlei feminino. Mesmo quem não acompanhava o esporte naquela época se lembra dos embates de Brasil e Cuba. As cubanas eram um grande exemplo de jogo coletivo com algumas das maiores estrelas que esses esporte já viu. Regla Bell, Mireya Luis e Regla Torres foram algumas das grandes atletas que levaram o país caribenho ao tricampeonato olímpico, tudo isso mais valorizado ainda pelo excelente time feminino do Brasil, com Ana Moser, Marcia Fu, Leila, Virna, Fofão e Fernanda Venturini.
Recorde de MVPs
Por falar em Brasil, o país é o que mais possui MVPs (prêmio concedido ao melhor jogador do torneio) da história olímpica. São cinco prêmios no total. O primeiro a recebê-lo foi Marcelo Negrão em sua campanha campeã em Barcelona 92. Giba, líder da era Bernardinho e considerado o melhor jogador de vôlei do início dos anos 2000 também recebeu o merecido prêmio em Atenas 2004. Murilo Endres, duas vezes prata olímpica e Serginho, o melhor líbero do mundo para a maioria esmagadora dos fãs de vôlei foram agraciados respectivamente em Londres 2012 e Rio 2016.
Bicampeonato do Brasil
Paula Pequeno é a única mulher brasileira com o prêmio. Ganhou ao fazer parte da imbatível equipe brasileira de Pequim 2008 que sem dar chances aos adversários faturou o ouro perdendo apenas um set. Os torneios de vôlei feminino vencidos pelo Brasil em 2008 e 2012 merecem ser ainda mais valorizados pelas grandes atletas que estavam nas quadras buscando a vitória. Fora a equipe nacional, que tinha nomes como Fabi – também considerada a melhor líbero de todos os tempos -, Mari, Sheila, Fabiana, Thaísa e cia, as quadras chinesas e inglesas receberam nomes de peso e reverenciados no esporte como Ekaterina Gamova, da Rússia, Yoshie Takeshita do Japão e Destinee Hooker dos Estados Unidos.
Novos campeões
O torneio olímpico de Tóquio-2020 produziu dois campeões inéditos. Os Estados Unidos, dirigidos por Kirch Kiraly, conquistaram a primeira medalha de ouro da história do país no vôlei feminino. Já no masculino, o título ficou com a França, do craque Earvin N’Gapeth.
Quadro geral de medalhas do vôlei nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
União Soviética | 7 | 4 | 1 | 12 |
Brasil | 5 | 4 | 2 | 11 |
Estados Unidos | 4 | 3 | 4 | 11 |
Japão | 3 | 3 | 3 | 9 |
China | 3 | 1 | 2 | 6 |
Cuba | 3 | 0 | 2 | 5 |
Rússia | 1 | 4 | 2 | 7 |
Holanda | 1 | 1 | 0 | 2 |
Sérvia | 1 | 1 | 0 | 2 |
Polônia | 1 | 0 | 2 | 3 |
Sérvia e Montenegro | 1 | 0 | 1 | 2 |
França | 1 | 0 | 0 | 1 |
Itália | 0 | 3 | 3 | 6 |
Alemanha Oriental | 0 | 2 | 0 | 2 |
Bulgária | 0 | 1 | 1 | 2 |
Tchecoslováquia | 0 | 1 | 1 | 2 |
Peru | 0 | 1 | 0 | 1 |
Equipe Unificada | 0 | 1 | 0 | 1 |
Argentina | 0 | 0 | 2 | 2 |
Coreia do Norte | 0 | 0 | 1 | 1 |
Coreia do Sul | 0 | 0 | 1 | 1 |
Romênia | 0 | 0 | 1 | 1 |