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Nacra 17

João Siemsen e Marina Arndt na Nacra 17 da Vela nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
João Siemsen e Marina Arndt serão os representantes do Brasil na classe Nacra 17 de Paris-2024 (Foto: Sailing Energy/Princesa Sofía Mallorca)

Chances do Brasil

João Siemsen e Marina Arndt serão os representantes do Brasil na classe Nacra 17 da vela nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. A vaga olímpica do barco brasileiro veio durante os Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, com o bronze Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino. No entanto, a classificação da modalidade pertence à Confederação Nacional, no caso a CBVela, que optou por convocar Siemsen e Arndt.

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A missão de João Siemsen e Marina Arndt em Paris é manter a embarcação brasileira no top-10 da classe. Nas duas primeiras edições da Nacra 17 em Jogos Olímpicos, o Brasil fechou com o 10º lugar da classificação geral. Siemsen e Arndt chegam em bom momento após conquistarem justamente a 10ª posição no Campeonato Mundial deste ano. Por outro lado, nas edições anteriores deste torneio, eles acabaram longe dos 10 melhores barcos. 

Os favoritos

Os italianos Ruggero Tita e Caterina Banti chegam como favoritos à medalha de ouro da classe Nacra 17 nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Atuais campeões olímpicos, a dupla vem dominando a classe desde a Olimpíada de Tóquio. Nos três campeonatos mundiais deste ciclo, Tita e Banti terminaram no lugar mais alto do pódio em todos eles. 

Ruggero Tita e Caterina Banti na Nacra 17 da Vela nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Atuais campeões olímpicos, os italianos Ruggero Tita e Caterina Banti são favoritos ao bicampeonato em Paris-2024 (Foto: Jesus Renedo / Sailing Energy / World Sailing)

Com exceção da edição de 2022, os britânicos John Gimson e Anna Burnet só ficaram atrás da dupla italiana em campeonatos mundiais. Além disso, eles também foram  vice-campeões em Tóquio e devem ser os principais rivais na briga pelo ouro.os suecos Emil Järudd e Cecilia Jonsson, os argentinos Mateo Majdalani e Eugenia Bosco, além dos alemães Paul Kohlhoff e Alica Stuhlemmer também são nomes para ficar de olho. 

Brasil na Nacra 17

A dupla brasileira na Nacra 17 foi formada por Samuel Albrecht e Isabel Swan. Eles fizeram um excelente papel nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro ao conquistarem o décimo lugar no geral. Na Olimpíada de Tóquio, Samuel Albercht e Gabriela Nicolino representaram o Brasil na classe e repetiram a posição no top-10.

Histórico

A Nacra 17 é um catamarã criado em 2011 a pedido da ISF (Federação Internacional de Vela) para que um barco deste tipo fosse incluído nos Jogos a partir de 2016. A classe é disputada em duplas mistas, sendo considerada a mais rápida e mais radical das classes olímpicas da vela. 

Primeiro ouro

A primeira medalha de ouro foi extremamente especial. O título ficou com a dupla argentina Santiago Lange e Cecilia Carranza Saroli, vencendo australianos e austríacos. Lange, um dos maiores nomes do esporte argentino, foi, aos 55 anos de idade, o atleta mais velho dos Jogos Olímpicos do Rio. 

Além disso, se classificou depois de superar um câncer que o fez perder um dos pulmões e teve a honra e felicidade de compartilhar o momento olímpico com seus filhos Klaus e Yago, dupla sétima colocada na 49er. 

Lange buscava com insistência um ouro que havia escapado em duas oportunidades quando ficou com o bronze pela classe Tornado tanto em Atenas-2004 quanto em Pequim-2008. Na regata final, a dupla argentina precisava chegar pelo menos em quinto lugar, contanto que a dupla australiana não vencesse a disputa final.

Os argentinos tiveram uma largada ruim, ficando em último, mas se recuperando o suficiente para chegar justamente em quinto lugar. Na água, comemoraram a medalha olímpica, mas não pareciam tão eufóricos ou satisfeitos. Quando chegaram na areia foram perguntados por um repórter argentino sobre a emoção do ouro olímpico, pegando a dupla de surpresa. A explicação que deram foi uma confusão pois acharam no momento final que a Austrália tinha vencido a regata quando na verdade os campeões foram os neozelandeses.

Tóquio

Em Tóquio-2020, o título olímpico ficou com os italianos Ruggero Tita e Caterina Banti, campeões mundiais em 2018. A dupla não estava entre os principais favoritos, mas superaram os principais rivais para levar a medalha de ouro. 

Todos as medalhistas

JogosOuroPrataBronze
Rio-2016ArgentinaAustráliaÁustria
Tóquio-2020ItáliaGrã-BretanhaAlemanha

Quadro de medalhas

PaísOuroPrataBronzeTotal
Argentina1001
Itália1001
Austrália0101
Grã-Bretanha0101
Austria0011
Alemanha0011