ILCA 7 (Laser)
ILCA 7 (Laser) – Vela – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Bruno Fontes será o representante do Brasil na classe ILCA 7 (Laser) da Vela nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Aos 44 anos, Fontes vai disputar sua terceira olimpíada da carreira. Ele já participou dos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012. Sua classificação para a capital francesa se deu por conta de uma realocação de vagas.
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Baseando-se nos resultados de Bruno Fontes nos três campeonatos mundiais da classe neste ciclo, é possível dizer que ele tem poucas chances de medalha. Sua melhor performance aconteceu na edição de 2022, quando terminou com a 36ª posição. Nas duas seguintes, fechou em 72º lugar (2023) e 74º lugar(2024).
Os favoritos
Atual campeão olímpico, o australiano Matthew Wearn é o principal favorito para conquistar a medalha de ouro outra vez na ILCA 7 (Laser) em Paris-2024. Também conhecido como Matt, o velejador de 28 anos é o bicampeão mundial da classe, vencendo os campeonatos de 2023 e 2024. Ele acabou não medalhando na edição de 2022 porque não teve condições de competir.
Justamente na edição em que Matt não competiu, o título mundial ficou nas mãos do francês Jean-Baptiste Bernaz, que tem a vantagem de competir em casa e também deve lutar por um lugar no pódio. Apesar disso, nas duas edições seguintes do Mundial, Bernaz até brigou por medalha, mas teve uma 4ª posição como melhor resultado.
Vice mundial em 2023, o britânico Michael Beckett também é candidato ao pódio, assim como o neozelandês Tom Saunders. Medalhistas em Tóquio-2020, o norueguês Hermann Tomasgaard e o croata Tonči Stipanović são outros nomes para ficar de olho.
Brasil na ILCA 7 (Laser)
Dono de cinco medalhas olímpicas, Robert Scheidt se despediu dos Jogos Olímpicos na edição de Tóquio-2020. O veterano ainda seguiu em ótimo nível e terminou com a 8ª posição. Além de Scheidt, o outro brasileiro a representar o Brasil nos Jogos na antiga classe Laser, agora ILCA 7, foi Bruno Fontes, que terminou em 27º em Pequim-2008 e 13º em Londres-2012.
Histórico
A classe Laser está nos Jogos Olímpicos desde Atlanta-1996. É uma classe mundialmente popular por ter um baixo custo de manutenção e ser muito leve. É formada por um barco de 57 kg e uma vela com grande área de 7,06m². Em geral, é indicada para homens com cerca de 80kg. A edição de Tóquio-2020 marcou a última Olimpíada da classe com essa nomenclantura. Para Paris-2024, a World Sailing (Federação Internacional da Vela) mudou a empresa fornecedora e a categoria agora se chama ILCA 7.
É nesta classe que Robert Scheidt, brasileiro com o maior número de medalhas olímpicas, iniciou o seu sucesso. O atleta venceu o ouro em Atlanta-96 e Atenas-2004, além da prata em Sydney-2000 ficando atrás de outra lenda do esporte, o britânico Ben Ainslie. Robert conquistou em sua carreira nada menos que nove títulos mundiais na Laser, o último deles em 2013. Após uma passagem de sucesso pela classe Star, que foi excluída dos Jogos após Londres-2012, Robert retornou a classe laser com o quarto lugar na Rio-2016, apenas quatro pontos atrás da medalha de bronze de Sam Meech da Nova Zelândia.
Apenas três países venceram o torneio da Laser masculina nos Jogos. Robert Scheidt do Brasil é o único bicampeão, mas a Grã-Bretanha também venceu duas vezes, sendo a segunda com Paul Goodison em Pequim-2008. Os últimos três títulos foram da Austrália. Tom Slingsby venceu em Londres-2012 e Tom Burton nos Jogos do Rio. Em Tóquio-2020, foi a vez de Matthew Wearn levar a medalha de ouro.
Todos os medalhistas
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Barcelona-1992 | José María van der Ploeg (ESP) | Brian Ledbetter (EUA) | Craig Monk (NZL) |
Atlanta-1996 | Mateusz Kusznierewicz (POL) | Sébastien Godefroid (BEL) | Roy Heiner (HOL) |
Sydney-2000 | Iain Percy (GBR) | Luca Devoti (ITA) | Fredrik Lööf (SUE) |
Atenas-2004 | Ben Ainslie (GBR) | Rafael Trujillo (ESP) | Mateusz Kusznierewicz (POL) |
Pequim-2008 | Paul Goodison (GBR) | Vasilij Žbogar (ESL) | Diego Romero (ITA) |
Londres-2012 | Tom Slingsby (AUS) | Pavlos Kontides (CYP) | Rasmus Myrgren (SUE) |
Rio-2016 | Tom Burton (AUS) | Tonči Stipanović (CRO) | Sam Meech (NZL) |
Tóquio-2020 | Matthew Wearn (AUS) | Tonči Stipanović (CRO) | Hermann Tomasgaard (NOR) |
Quadro de medalhas
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Grã-Bretanha | 3 | 0 | 0 | 3 |
Austrália | 3 | 0 | 0 | 3 |
Espanha | 1 | 1 | 0 | 2 |
Polônia | 1 | 0 | 1 | 2 |
Croácia | 0 | 2 | 0 | 2 |
Itália | 0 | 1 | 1 | 2 |
Bélgica | 0 | 1 | 0 | 1 |
Chipre | 0 | 1 | 0 | 1 |
Eslovênia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Estados Unidos | 0 | 1 | 0 | 1 |
Nova Zelândia | 0 | 0 | 2 | 2 |
Suécia | 0 | 0 | 2 | 2 |
Holanda | 0 | 0 | 1 | 1 |
Noruega | 0 | 0 | 1 | 1 |