49er FX
49er FX – Vela – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Martine Grael e Kahena Kunze serão as representantes do Brasil na classe 49er FX da Vela nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Desde que o evento entrou no programa olímpico, na Rio-2016, a dupla carrega a embarcação com a bandeira do país. Muito mais do que isso, elas são as atuais bicampeãs.
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Martine e Kahena garantiram vaga em Paris-2024 durante a campanha medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. No entanto, diferentemente das edições anteriores, as brasileiras não chegam tão fortes na lista de candidatas ao lugar mais alto do pódio.
Neste ciclo olímpico, ocorreram três edições do Campeonato Mundial de Vela. Martine e Kahena não subiram ao pódio em nenhum deles. Em 2022, ficaram com a sétima posição. No ano seguinte, em 2023, acabaram em 12º lugar. Porém, conseguiram seu melhor resultado na última edição, em 2024, ficando bem pertinho do pódio com a quarta posição.
Somando isso às medalhas conquistadas em torneios tradicionais como o Troféu Princesa Sofia, na Espanha, e na Semana Olímpica Hyeres, Martine e Kahena não devem ser descartadas da disputa. Levando em consideração o histórico delas, vão brigar por um lugar no pódio e não surpreenderiam se conquistassem o tricampeonato.
As favoritas
Como dito anteriormente, ocorreram três Campeonatos Mundiais de Vela neste ciclo. Tal competição reúne as principais equipes do mundo e é o termômetro ideal para definir o enredo da disputa nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Levando em consideração os resultados deste torneio, podemos dizer que a disputa da medalha de ouro da classe 49er FX deve ficar entre as embarcações da Holanda e Suécia. Tais barcos disputaram o título dos últimos três mundiais. As holandesas Odile Van Aanholt e Anne Duetz levaram a melhor nas edições de 2022 e 2024, além da prata em 2023. Vale destacar também que Duetz conquistou o bronze em Tóquio-2020 ao lado de Annemiek Bekkering. Já as suecas Vilma Bobeck e Rebecca Netzler foram campeãs no ano passado vice-campeãs nos outros dois mundiais.
Na teórica disputa pelo bronze, além de Martine e Kahena, aparecem as espanholas Támara Echegoyen e Paula Barceló, bronze no Mundial de 2022. Terceiro lugar no ano passado, as australianas Olivia Price e Evie Haseldine também estão na disputa. Jana Germani e Giorgia Bertuzzi, da Itália, bronze deste ano fecham a lista.
Brasil na classe 49er FX
O Brasil tem amplo domínio na classe 49er FX nos Jogos Olímpicos. Martine Grael e Kahena Kunze representaram o país desde que o evento entrou no programa olímpico, na edição da Rio-2016.Logo na edição de estreia, a dupla brasileira confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro da Olimpíada realizada em casa. Em Tóquio, além do título olímpico no Brasil, Martine e Kahena já tinham um ouro e quatro pratas em mundiais no currículo. Novamente fortes candidatas, as brasileiras conquistaram o bicampeonato na capital japonesa.
Histórico
A 49er FX estreou em Jogos Olímpicos na do Rio-2016, indo para sua segunda edição em Tóquio-2020. E o resultado não poderia ter sido melhor para o Brasil nas duas ocasiões: bicampeonato para Martine Grael e Kahena Kunze.
A dupla brasileira chegou ao Rio como uma das principais esperanças de medalha do país sede. Elas haviam vencido o mundial de 2014 e sido vice campeãs tanto em 2013 quanto em 2015, mostrando extrema regularidade.
Ao final das 10 regatas classificatórias, quatro duplas chegaram à regata da medalha rigorosamente empatadas. Além das brasileiras, as neozelandesas Alex Maloney e Molly Meech, as dinamarquesas Jena Mai Hansen e Katja Salskov-Iversen e as espanholas Támara Echegoyen e Berta Betanzos.
A conta era bem simples, quem terminasse na frente na regata final levava o ouro, a segunda colocada a prata e assim sucessivamente. Logo na largada, as espanholas se atrapalharam e ficaram para trás, o que virtualmente garantia pelo menos o bronze para as brasileiras, que largaram muito bem e lideravam junto com as neozelandesas.
As adversárias conseguiram abrir um pouco após a última bóia, o que forçou Martine e Kahena, que conheciam a Baía de Guanabara com a palma de suas mãos, a tomar o caminho contrário para buscar um vento mais rápido. Deu certo, com uma rajada de vento as brasileiras ultrapassaram as neozelandesas por fora e chegaram em primeiro lugar por cerca de seis segundos, conquistando o primeiro ouro. A torcida invadiu o mar e carregou o barco com os atletas, produzindo uma das imagens mais bonitas dos Jogos do Rio.
Bicampeonato em Tóquio
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Martine e Kahena faturaram o bicampeonato ao fechar em terceiro lugar na regata da medalha e somar 76 pontos. As alemãs Tina Lutz e Susann Beucke terminaram com a medalha de prata, somando 83 pontos. Annemiek Bekkering e Annette Duetz, da Holanda, fizeram 88 pontos e completaram o pódio com o bronze.
Todos os medalhistas
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Rio-2016 | Brasil | Nova Zelândia | Dinamarca |
Tóquio-2020 | Brasil | Alemanha | Holanda |
Quadro de medalhas
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Brasil | 2 | 0 | 0 | 2 |
Nova Zelândia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha | 0 | 1 | 0 | 1 |
Dinamarca | 0 | 0 | 1 | 1 |
Holanda | 0 | 0 | 1 | 1 |