Carabina 3 posições feminino
Carabina 3 posições feminino – Tiro esportivo – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Geovana Meyer é a representante brasileira na disputa da carabina 3 posições 50m feminino do tiro esportivo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. A catarinense de 22 anos garantiu classificação para sua estreia olímpica depois que conquistou a medalha de prata no Campeonato das Américas de Carabina e Pistola, que aconteceu em abril de 2024, na Argentina.
Geovana vem se destacando em competições continentais nos últimos anos. Disputando a carabina 3 posições 50m, ela foi medalhista de ouro dos Jogos Sul-Americanos Assunção-2022 e ficou em quinto lugar nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, além de ter obtido a prata no Campeonato Pan-Americano deste ano.
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A brasileira foi 56ª colocada nesta prova no último Mundial de tiro esportivo, no ano passado. A princípio, há 32 atletas inscritas em Paris-2024. Somente oito avançam para a final. Geovana Meyer não está entre as favoritas e chega sem pressão na capital francesa, mas pode surpreender, uma vez que a modalidade dá margem para surpresas.
As favoritas
O tiro esportivo é uma modalidade que exige muita precisão e, na grande maioria das vezes, é definida nos detalhes. Por isso, é muito difícil haver um favoritismo claro em competições de altíssimo nível como é o caso dos Jogos Olímpicos. No entanto, no caso da carabina 3 posições 50m feminina, é possível apontar algumas postulantes à medalha de ouro em Paris-2024.
As principais atletas da prova são as chinesas, que venceram os dois Mundiais disputados no ciclo. Miao Wanru venceu em 2022, enquanto Zhang Qiongyue levou melhor em 2023, em uma dobradinha com Han Jiayu. Apesar de ter sido campeã mundial há dois anos, Miao foi preterida na convocação para Paris-2024. Zhang e Han foram as escolhidas e saem na frente na luta por uma medalha.
A estadunidense Sagen Maddalena, medalhista de bronze no último Mundial e finalista em Tóquio-2020, também é um bom nome para a prova. Quem não pode ser descartada é a suíça Nina Christen, atual campeã olímpica e que foi quarta colocada no último Mundial. Por fim, destaque para as norueguesas Jenny Stene e Jeanette Hegg Duestad, que fizeram dobradinha no Mundial de 2022.
Brasil na carabina 3 posições feminino dos Jogos Olímpicos
A única participação brasileira na história da carabina três posições 50m feminina foi nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, com Rosane Ewald, que terminou na 37ª posição na qualificação entre 37 atletas somando 550 pontos.
Histórico
A carabina de três posições 50 m femininoaestreou no programa olímpico com a entrada das provas femininas em Los Angeles-1984. A chinesa Wu Xiaoxuan foi a primeira campeã olímpica desta prova. Wu se tornou a primeira mulher chinesa campeã olímpica da histórica. Dois dias antes, ela havia ficado com o bronze na carabina de ar 10 m e tornou-se a 1ª chinesa com duas medalhas olímpicas.
Em Seul-1988, as provas passaram a ter finais e a campeã foi a alemã ocidental Silvia Sperber com 685,6 pontos. A favorita era a búlgara Vesela Letcheva, que havia sido campeã mundial dois anos antes.
A americana Launi Meili venceu em Barcelona-1992 com 684,3 pontos na decisão. Seu ouro veio principalmente por conta dos 200 pontos na qualificação na parte deitada.
Em Atlanta-1996, a polonesa Renata Mauer fechou com a melhor pontuação na quali com 589, mas foi muito mal na final, com apenas 90,8 pontos, e acabou com o bronze, ao somar 679,8. O ouro ficou com a sérvia Aleksandra Ivosev com 686,1, sendo 99,1 na final. Dois dias antes, Mauer havia vencido a carabina de ar 10 m.
A polonesa se recuperou em Sydney-2000 e ficou com o ouro. Após um empate triplo na quali com 585 pontos, Mauer fez uma grande final com 99,6 e levou o ouro.
Já no Rio-2016, em novo formato, a prova foi vencida pela alemã Barbara Engleder. Na final, agora com 45 tiros, sendo 15 em cada posição, Engeleder e a chinesa Zhang Binbin chegaram ao final após as eliminações das outras seis finalistas. A alemã foi pro último tiro com 1,6 de vantagem, mas quase perdeu a vitória. Engleder fez um 9,0 contra um 10,4 da chinesa, mas não foi o suficiente e o ouro ficou com a europeia.
Em Tóquio-2020, a suíça Nina Christen levou a melhor ao marcar 463.9 pontos na final, deixando as russas Yulia Zykova e Yulia Zarimova com a prata e o bronze, respectivamente, com 461.9 e 450.3.
Todas as medalhistas
Jogos | Ouro | Prata | Bronze | |||
Los Angeles-1984 | Wu Xiaoxuan | CHN | Ulrike Holmer | FRG | Wanda Jewell | USA |
Seul-1988 | Silvia Sperber | FRG | Vesela Lecheva | BUL | Valentina Cherkasova | URS |
Barcelona-1992 | Launi Meili | USA | Nonka Matova | BUL | Małgorzata Książkiewicz | POL |
Sydney-2000 | Renata Mauer-Różańska | POL | Tatyana Goldobina | RUS | Mariya Feklistova | RUS |
Atenas-2004 | Lyubov Galkina | RUS | Valentina Turisini | ITA | Wang Chengyi | CHN |
Pequim-2008 | Du Li | CHN | Kateřina Emmons | CZE | Eglys Yahima de la Cruz | CUB |
Londres-2012 | Jamie Beyerle-Gray | USA | Ivana Maksimović | SRB | Adéla Sýkorová | CZE |
Rio-2016 | Barbara Engleder | GER | Zhang Binbin | CHN | Du Li | CHN |
Tóquio-2020 | Nina Christen | SUI | Yulia Zykova | ROC | Yulia Zarimova | ROC |
Quadro de medalhas
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
China | 2 | 1 | 2 | 5 |
Estados Unidos | 2 | 0 | 1 | 3 |
Rússia | 1 | 2 | 1 | 4 |
Alemanha Ocidental | 1 | 1 | 0 | 2 |
Polônia | 1 | 0 | 2 | 3 |
Alemanha | 1 | 0 | 0 | 1 |
Suíça | 1 | 0 | 0 | 1 |
Sérvia e Montenegro | 1 | 0 | 0 | 1 |
Bulgária | 0 | 2 | 0 | 2 |
República Tcheca | 0 | 1 | 1 | 2 |
Comitê Olímpico Russo | 0 | 1 | 1 | 2 |
Itália | 0 | 1 | 0 | 1 |
Sérvia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Cuba | 0 | 0 | 1 | 1 |
União Soviética | 0 | 0 | 1 | 1 |