Taekwondo
Guia do taekwondo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Provas
| Peso pena feminino 57 kg | Peso médio feminino 67 kg |
| Peso pena masculino 68 kg | Peso médio masculino 80 kg |
CALENDÁRIO
Chances do Brasil no taekwondo em Paris-2024
Os atletas brasileiros classificados para representar o país nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 chegam à competição com chances de surpreender e conseguir um lugar no pódio. Dos quatro representantes, três deles conseguiram medalha em Mundiais durante o ciclo. Edival Pontes foi prata na categoria 68 kg em 2022, enquanto Caroline Santos foi vice-campeã na 62 kg e bronze com Maria Clara Pacheco na 57 kg em 2023.
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O quarto representante é Henrique Marques, atleta que superou um problema no coração durante o ciclo, mas conseguiu chegar a Paris-2024. Em 2023, aos 19 anos, foi cortado dos Jogos Pan-Americanos quando descobriu uma arritmia. Podia ser o fim da carreira dele, mas uma cirurgia bem-sucedida em dezembro o trouxe de volta para as competições no começo do ano. Os bons resultados obtidos desde então fizeram a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) apostar nele ao invés de nomes consagrados como Maicon Andrade e Ícaro Miguel para a disputa do Pré-Olímpico. A decisão se mostrou acertada e o atleta não só conseguiu a vaga como chega a Paris com o coração em perfeitas condições para aguentar as emoções dos Jogos Olímpicos.
Local da competição
Grand Palais
- Capacidade: 8.000 espectadores
- Esportes: Esgrima, Taekwondo, esgrima em cadeira de rodas, taekwondo paralímpico
O Grand Palais, uma das mais belas construções de Paris, vai se transformar para abrigar as competições de esgrima e taekwondo, combinando esporte e cultura em um ambiente histórico.
O Brasil no taekwondo dos Jogos Olímpicos
O Brasil participa do taekwondo nos Jogos Olímpicos desde a sua entrada no cronograma dos Jogos em Sidney-2000. Na ocasião o país foi representado por Carmen Silva, na categoria até 57 kg. A londrinense acabou sendo derrotada logo na primeira luta pela italiana Cristiana Corsi por 5 a 2.
Dois quartos lugares em Atenas
Quatro anos depois foi a vez de dois taekwondistas passarem muito perto de conquistarem a primeira medalha olímpica para o país. Considerados por muitos como os dois melhores atletas do Brasil no esporte, Natália Falavigna e Diogo Silva terminaram em quarto lugar em suas respectivas categorias, +67 kg feminina e -68 kg masculina.
Natália venceu duas lutas até chegar na semifinal, quando caiu diante da chinesa Chen Zhong, que viria a ser a campeã olímpica. Na disputa do bronze, a brasileira perdeu para a venezuelana Adriana Carmona por 7 a 4, se despedindo sem a medalha na quarta colocação.
Já Diogo venceu sua primeira luta, mas caiu na segunda para o iraniano Hadi Saei, que também viria a ser campeão olímpico daquela edição. Na repescagem o atleta venceu suas duas primeiras lutas e se credenciou para a disputa do bronze, mas acabou sendo derrotado pelo sul-coreano Song Seob. Naquela edição o taekwondo não distribuía duas medalhas de bronze como acontece hoje.
Primeira medalha
A primeira medalha no taekwondo veio justamente através de Natália Falavigna na edição de Pequim-2008. A londrinense desembarcou na capital chinesa disposta a mudar a história de Atenas quatro anos antes, quando passou muito perto da medalha. Durante o ciclo, a brasileira conquistou vários títulos, incluindo uma medalha de ouro mundial na categoria abaixo. Com isso, chegou em Pequim como uma das grandes favoritas ao pódio.
Natália começou derrotando duas adversárias até encontrar a norueguesa Nina Solhein na semifinal. Após uma luta muito equilibrada e que terminou empatada no tempo normal e no round extra, a arbitragem acabou decidindo pela vitória da norueguesa. Na disputa do bronze a vitória contra a Karolina Kedzierska, da Suécia, por 5 a 2 assegurou a primeira medalha do Brasil no taekwondo em Olimpíadas.
Bronze de Maicon Andrade
Depois de mais um quarto lugar de Diogo Silva na edição de Londres-2012, a primeira medalha masculina veio na edição seguinte, no Rio de Janeiro em 2016. O mineiro Maicon Siqueira Andrade foi uma das maiores surpresas da delegação brasileira e conquistou a medalha de bronze na categoria mais pesada da modalidade.
Após cair nas quartas de final para Abdoul Issoufou, do Níger, o brasileiro se recuperou, venceu sua luta na repescagem e se credenciou para a disputa do bronze. Para subir no pódio, ele venceu o britânico Mahama Cho, de virada por 5 a 4.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Edival Pontes (68 kg) e Ícaro Miguel (80 kg) foram eliminados na primeira luta, nas oitavas de final. Quem chegou perto da medalha foi Milena Titoneli (67 kg). Depois de vencer a estreia, a brasileira caiu nas quartas de final para a croata Matea Jelic, que sagraria-se campeã olímpica. Na respescagem, ela venceu a haitiana Lauren Lee e foi para a disputa do bronze contra Ruth Gbagbi, da Costa do Marfim, mas acabou perdendo a medalha por 12 a 8.
Quadro de medalhas do taekwondo nos Jogos Olímpicos
| Clas | Nação | Ouro | Prata | Bronze | Total |
|---|---|---|---|---|---|
| 1 |  Coreia do Sul (KOR) | 12 | 3 | 7 | 22 |
| 2 |  China (CHN) | 7 | 1 | 3 | 11 |
| 3 |  Estados Unidos (EUA) | 3 | 2 | 5 | 10 |
| 4 |  Grã-Bretanha (GBR) | 2 | 3 | 4 | 9 |
| 5 |  México (MEX) | 2 | 2 | 3 | 7 |
| 6 |  Taipé Chinês (TPE) | 2 | 1 | 6 | 9 |
| 7 |  Irã (IRI) | 2 | 1 | 3 | 6 |
| 8 |  Itália (ITA) | 2 | 1 | 1 | 4 |
 República da China | 2 | 1 | 1 | 4 | |
 Sérvia (SRB) | 2 | 1 | 1 | 4 | |
| 11 |  Espanha (ESP) | 1 | 5 | 1 | 7 |
| 12 |  Turquia (TUR) | 1 | 3 | 5 | 9 |
| 13 |  Grécia (GRE) | 1 | 3 | 0 | 4 |
| 14 |  Cuba (CUB) | 1 | 2 | 3 | 6 |
 Tailândia (THA) | 1 | 2 | 3 | 6 | |
| 16 |  Austrália (AUS) | 1 | 1 | 0 | 2 |
 Jordânia (JOR) | 1 | 1 | 0 | 2 | |
| 18 |  Croácia (CRO) | 1 | 0 | 4 | 5 |
| 19 |  Azerbaijão (AZE) | 1 | 0 | 2 | 3 |
 Costa do Marfim (CIV) | 1 | 0 | 2 | 3 | |
| 21 |  Argentina (ARG) | 1 | 0 | 0 | 1 |
 Uzbequistão (UZB) | 1 | 0 | 0 | 1 | |
| 23 |  França (FRA) | 0 | 3 | 5 | 8 |
| 24 |  Rússia (RUS) | 0 | 2 | 2 | 4 |
| 25 |  Noruega (NOR) | 0 | 2 | 0 | 2 |
| 26 |  Canadá (CAN) | 0 | 1 | 1 | 2 |
 República Dominicana (DOM) | 0 | 1 | 1 | 2 | |
 Alemanha (GER) | 0 | 1 | 1 | 2 | |
 Tunísia (TUN) | 0 | 1 | 1 | 2 | |
| 30 |  Gabão (GAB) | 0 | 1 | 0 | 1 |
 Níger (NIG) | 0 | 1 | 0 | 1 | |
 Macedônia do Norte (MKD) | 0 | 1 | 0 | 1 | |
 Vietname (VIE) | 0 | 1 | 0 | 1 | |
| 34 |  Egito (EGY) | 0 | 0 | 4 | 4 |
| 35 |  Afeganistão (AFG) | 0 | 0 | 2 | 2 |
 Brasil (BRA) | 0 | 0 | 2 | 2 | |
 Venezuela (VEN) | 0 | 0 | 2 | 2 | |
| 38 |  Colômbia (COL) | 0 | 0 | 1 | 1 |
 Israel (ISR) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
 Japão (JPN) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
 Cazaquistão (KAZ) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
 Nigéria (NGR) | 0 | 0 | 1 | 1 | |
| Totais | 48 | 48 | 80 | 176 | |
