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Surfe feminino

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Tatiana Weston-Webb é o principal nome do Brasil no surfe feminino em Paris 2024

Chances do Brasil

O Brasil chega com força máxima no surfe feminino dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O país conquistou todas as vagas possíveis, Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel como representantes brasileiras.

A disputa do surfe vai acontecer no Taiti, ilha da Polinésia Francesa, na Oceania, a 15.600 km de Paris. Além disso, Teahupo’o, é conhecida por ter uma das ondas mais famosas do mundo, com tubos espetaculares que oferecem um desafio incrível para os surfistas.

No feminino, Luana Silva e Tainá Hinckel entram como azaronas, mas Tatiana Weston-Webb vai brigar por medalhas. Ela não chega como principal favorita, mas tem capacidade e potencial para surpreender. Seu melhor resultado nos Mundiais de surfe foi o vice-campeonato em 2021. Durante o ciclo olímpico, Tatiana disputou quatro etapas da WSL em Teahupo’o, mas não conseguiu alcançar a final nenhuma vez.

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Os favoritos

As estadunidenses e australianas são as grandes favoritas do surfe feminino em Paris 2024. Para se ter ideia, a WSL feminina organizou oito campeonatos mundiais na história – em todos eles, as campeãs foram destes dois países. Se levarmos em conta mais os outros 44 mundiais realizados antes da era WSL, apenas duas vezes uma campeã saiu de outro país.

Além disso, a atual campeão olímpica é Carissa Moore. Fenômeno do surfe feminino, Carissa ainda conta com cinco títulos mundiais. Durante o ciclo olímpico para Paris 2024, ela foi campeã da etapa de Teahupo’o da WSL uma vez e vice-campeã em duas oportunidades. Assim, Carissa Moore desponta como a principal favorita para o ouro nestes Jogos Olímpicos.

Outra norte-amerciana que chega bem em Paris 2024 é Caroline Marks, atual campeã mundial da WSL. Com apenas 22 anos de idade, a surfista vai para a sua segunda Olimpíada. Em Tóquio 2020, parou na semifinal diante da sul-africana Bianca Buitendag e, em seguida, perdeu a disputa pelo bronze contra a japonesa Amuro Tsuzuki.

Carissa Moore é a atual campeã olímpica e cinco vezes campeã mundial da WSL (Divulgação)

Pelo lado australiano, Tyler Wright é o melhor nome para disputar o pódio em Paris 2024. Bicampeã mundial da WSL em 2016 e 2017, a australiana vai para a sua primeira Olimpíada. Além disso, ela venceu a etapa de Teahupo’o da WSL de 2021, sede das disputas dos Jogos Olímpicos. Por fim, a francesa Vahiné Fierro (nascida na Polinésia Francesa) é um bom nome para tirar os Estados Unidos e Austrália do pódio. Isso porque, apesar de nunca ter sido campeã mundial, ela é a atual vencedora da etapa de Teahupo’o da WSL e conhece muito bem as ondas do local.

Brasil no surfe masculino dos Jogos Olímpicos

Luana Silva avançou para a terceira fase, enquanto Tatiana Weston-Webb foi para a repescagem em Bells Beach
Luana Silva foi quem chegou mais longe no surfe feminino nos Jogos Olímpicos de Tóquio (@WSL / Aaron Hughes)

O Brasil foi para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 com boas expectativas de pódio, e levou duas surfistas para a capital japonesa. O grande nome do país, Tatiana Weston-Webb, começou bem nas disputas no Japão, terminando a primeira fase no primeiro lugar. No entanto, caiu nas oitavas de final diante da japonesa Amuro Tsuzuki, que foi medalhista de bronze na edição.

Por sua vez, Silvana Lima se classificou em segundo lugar de sua chave, atrás da lenda do surfe feminino Stephanie Gilmore. Nas oitavas, marcou 12.17 e passou fácil pela portuguesa Teresa Bonvalot, que fez 7.50. Porém, nas quartas de final, parou diante da campeã Carissa Moore, que fez 14.26 pontos contra somente 8.30 da brasileira.

Histórico do surfe feminino nos Jogos Olímpicos

A edição de Tóquio 2020 marcou a estreia do surfe no programa olímpico. O esporte entrou com a sua modalidade “mais tradicional”, o shortboard, disputado com pranchas que têm um tamanho médio de cinco pés e onze polegadas, sendo a modalidade mais popular do surfe.

No torneio inaugural do surfe na história das Olimpíadas, vinte atletas competiram entre si em busca da glória olímpica. Elas foram divididas em cinco baterias de quatro competidores no primeiro round, com o primeiro e segundo colocados avançando direto para o Round 3, enquanto as terceiras e quartas colocadas tiveram uma segunda chance no Round 2. Na fase de repescagem, foram mais duas baterias de cinco atletas, com as três primeiras avançando para o Round 3. Na última fase de grupos, foram quatro baterias com quatro atletas, com as duas melhores de cada chave avançando para a fase de quartas de final, onde a partir dali a disputa foi atleta x atleta para definir os medalhistas.

A estadunidense Carissa Moore dominou as disputas em Tóquio do começo ao fim, ela fechou a primeira fase em primeiro lugar. Em seguida, passou da peruana Sofía Mulánovich e da brasileira Silvana Lima para avançar às semifinais, onde enfrentou a japonesa Amuro Tsuzuki. Com uma disputa acirrada, a americana venceu com a nota de 8.33, enquanto a japonesa fez 7.43. Por fim, na grande decisão, Carissa Moore alcançou a sua maior nota na competição (14.93) e garantiu o ouro vencendo a sul-africana Bianca Buitendag, que fez 8.46.

Todos os medalhistas do surfe feminino

OlimpíadaOuroPrataBronze
Tóquio 2020Carissa Moore (USA)Bianca Buitendag (RSA)Amuro Tsuzuki (JPN)

Quadro de medalhas

PaísOuroPrataBronzeTotal
Estados Unidos1001
África do Sul0101
Japão0011