Plataforma de 10 m feminino
Plataforma de 10 m feminino – saltos ornamentais – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Ingrid Oliveira alcançou em 2022 o melhor resultado da história do Brasil nos saltos ornamentais ao ficar em quarto lugar na plataforma de 10 m do Mundial. Naquela oportunidade, a brasileira fez 340,10 na fase preliminar, alcançando seu maior somatório e se classificando para a semifinal em terceiro lugar. Se repetir essa pontuação numa final olímpica, por exemplo, pode brigar por um bronze. As medalhas de ouro e prata devem ficar com a China.
Além disso, nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, Ingrid ficou muito próxima de conquistar uma medalha. Ela terminou em quarto lugar com um total de 326.40 pontos. Ela já participou de dois Jogos Olímpicos, o primeiro no Rio-2016 e o segundo em Tóquio-2020.
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As favoritas
As principais favoritas ao ouro e prata na plataforma de 10 metros são as chinesas Quan Hongchan e Chen Yuxi. Quan Hongchan foi campeã olímpica nos Jogos de Tóquio-2020 aos 14 anos, campeã mundial em 2024 e vice-campeã nos mundiais de 2022 e 2023. Chen Yuxi, por sua vez, é vice-campeã olímpica e mundial, além de ter conquistado as medalhas de ouro nos Mundiais de 2022 e 2023.
Também está na briga a canadense Caeli McKay, que ganhou o bronze no Mundial de 2023 e nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Outro grande nome é a mexicana Gabriela Agúndez, quarta colocada no Mundial de 2023 e atual campeã dos Jogos Pan-Americanos. Na mesma situação está a britânica Andrea Spendolini-Sirieix, terceira colocada no Mundial de 2024. Com o resultado, ela tornou-se a primeira mulher da Grã-Bretanha a conquistar uma medalha em um Mundial em prova individual olímpica.
Brasil na plataforma de 10 m feminino nos Jogos Olímpicos
A primeira brasileira a competir em uma edição dos Jogos Olímpicos foi Ângela Mendonça Ribeiro. Ela participou nos Jogos Olímpicos de 1984, realizados em Los Angeles, nos Estados Unidos, e nos Jogos Olímpicos de 1988, realizados em Seul, na Coreia do Sul. Em 1984, Ângela obteve a 13ª posição na plataforma e a 23ª posição no trampolim. Já em 1988, uma inflamação no tendão do ombro esquerdo a prejudicou, levando-a a desistir da competição na plataforma e participar apenas na prova de trampolim.
Silvana Neitzke representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992, terminando sua participação em 28º lugar, com 230.70 pontos.
Juliana Veloso é a atleta com mais participações em Jogos Olímpicos na modalidade, competindo em 5 edições, das quais 3 foram na prova de plataforma. Ela estreou nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, alcançando o 19º lugar. Quatro anos depois, em Atenas, melhorou sua posição, ficando em 16º lugar com 302.31 pontos, seu melhor resultado. Nos Jogos de Berlim-2008, apesar de competir com uma lesão no punho que afetou sua performance, Juliana terminou em 23º lugar, marcando sua última participação na prova de plataforma olímpica.
Sem a participação de Juliana Veloso na prova de plataforma, Ingrid Oliveira foi a única representante do Brasil na Rio-2016, onde conquistou a 22ª colocação. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Ingrid também foi a única representante brasileira na prova, terminando em 24º lugar.
Histórico da plataforma de 10 m feminino nos Jogos Olímpicos
A plataforma de 10 metros é uma prova olímpica de saltos ornamentais, disputada por ambos os sexos, individualmente ou por equipes, e está no programa olímpico desde os Jogos de Saint Louis-1904. Os Estados Unidos são o país com o maior número de medalhas olímpicas nesta competição, dominando quase todos os eventos olímpicos.
A primeira competição olímpica feminina de saltos ornamentais foi nos Jogos de 1912 em Estocolmo, onde a sueca Greta Johansson se tornou a primeira mulher campeã olímpica na plataforma de 10 metros. Sua compatriota Lisa Regnell ficou em segundo lugar, enquanto a medalha de bronze foi conquistada por Isabella Mary White da Grã-Bretanha.
Surge a força chinesa
A partir dos Jogos de Los Angeles-1984, a China despontou na competição de saltos ornamentais e atualmente é o segundo país com mais medalhas de ouro, atrás apenas dos Estados Unidos, que têm uma medalha a mais, totalizando nove.
Detentora de cinco medalhas olímpicas, quatro delas de ouro, conquistadas em três edições diferentes, Fu Mingxia é um dos destaques da modalidade. Sua primeira participação foi nos Jogos de Barcelona-1992, onde foi campeã na prova da plataforma de 10m com apenas 14 anos. Na edição seguinte, tornou-se bicampeã nesta prova e campeã também no trampolim de 3m. Quatro anos mais tarde, nas Olimpíadas de Sydney, após retornar da aposentadoria de 1996, conquistou novamente o ouro no trampolim de 3m e a prata na prova sincronizada do trampolim.
Considerada uma das melhores da década de 1990, Fu Mingxia foi campeã mundial em 1991, aos 12 anos, tornando-se a atleta mais jovem a ganhar uma medalha de ouro nesta competição. Ela também conquistou o título mundial em 1994 na plataforma de 10m.
Todos os medalhistas da plataforma de 10 m feminino dos Jogos Olímpicos
Estocolmo-1912 | Greta Johansson (SWE) | Lisa Regnell (SWE) | Isabella Mary White (GBR) |
Antuérpia-1920 | Stefani Fryland Clausen (DNE) | Beatrix Eileen Armstrong (GBR) | Eva Olliwier (SWE) |
Paris-1924 | Caroline Smith (USA) | Elizabeth Becker-Pinkston (USA) | Hjördis Töpeln (SWE) |
Amsterdã-1928 | Elizabeth Becker-Pinkston (USA) | Georgia V. Coleman (USA) | Laura Sjöqvist (SWE) |
Los Angeles-1932 | Dorothy Poynton-Hill (USA) | Georgia V. Coleman (USA) | Marion Dale Roper (USA) |
Berlim-1936 | Dorothy Poynton-Hill (USA) | Velma Clancy Dunn Ploessel (USA) | Käthe Köhler (GER) |
Londres-1948 | Vicki Draves (USA) | Patricia Anne Elsener (USA) | Birte Christoffersen-Hanson (DEN) |
Helsinque-1952 | Pat Mccormick (USA) | Paula Jean Myers-Pope (USA) | Juno Roslays Stover-Irwin (USA) |
Melbourne-1956 | Pat Mccormick (USA) | Juno Roslays Stover-Irwin (USA) | Paula Jean Myers-Pope (USA) |
Roma-1960 | Ingrid Gulbin-Engel-Krämer (GER) | Paula Jean Myers-Pope (USA) | Ninel Krutova (URSS) |
Tóquio-1964 | Lesley Leigh Bush (USA) | Ingrid Gulbin-Engel-Krämer (GER) | Galina Alekseeva (URSS) |
Cidade do México-1968 | Milena Duchkova (TCH) | Natalya Kuznetsova-Lobanova (URSS) | Ann Stewart Peterson (USA) |
Munique-1972 | Ulrika Knape-Lindbergh (SWE) | Milena Duchkova (TCH) | Marina Janicke (GRD) |
Montreal-1976 | Elena Vaytsekhovskaya (URSS) | Ulrika Knape-Lindbergh (SWE) | Deborah Keplar Wilson (USA) |
Moscou-1980 | Martina Jäschke (GRD) | Silva Emirzyan (URSS) | Liana Tsotadze (URSS) |
Los Angeles-1984 | Zhou Jihong (CHN) | Michele Mitchell (USA) | Wendy Lian Wyland-Williams (USA) |
Seul-1988 | Xu Yan-Mei (CHN) | Michele Mitchell (USA) | Wendy Lian Williams (USA) |
Barcelona-1992 | Fu Mingxia (CHN) | Elena Miroshina (EUN) | Mary Ellen Clark (USA) |
Atlanta-1996 | Fu Mingxia (CHN) | Annika Walter (GER) | Mary Ellen Clark (USA) |
Sydney-2000 | Laura Wilkinson (USA) | Li Na (CHN) | Anne Katherine Montminy (CHN) |
Atenas-2004 | Chantelle Michell (AUS) | Lao Lishi (CHN) | Loudy Tourky (AUS) |
Pequim-2008 | Chen Ruolin (CHN) | Emilie Heymans (CAN) | Xin Wang (CHN) |
Londres-2012 | Chen Ruolin (CHN) | Brittany Broben (AUS) | Andelela Rinong Pamg (MAS) |
Rio de Janeiro-2016 | Ren Qian (CHN) | Si Yajie (CHN) | Meaghan Benfeito (CAN) |
Tóquio-2020 | Quan Hongchan (CHN) | Chen Yuxi (CHN) | Melissa Wu (AUS) |
Quadro de medalhas
Posição | País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
1 | Estados Unidos | 9 | 10 | 10 | 29 |
2 | China | 8 | 4 | 3 | 15 |
3 | Suécia | 2 | 3 | 3 | 8 |
4 | União Soviética | 1 | 2 | 3 | 6 |
5 | Alemanha | 1 | 2 | 1 | 4 |
6 | Austrália | 1 | 1 | 2 | 4 |
7 | Checoslováquia | 1 | 1 | 0 | 2 |
8 | Alemanha Oriental | 1 | 0 | 1 | 2 |
9 | Canadá | 0 | 1 | 1 | 2 |
10 | Equipe Unificada | 0 | 1 | 0 | 1 |
11 | Dinamarca | 0 | 0 | 1 | 1 |
Malásia | 0 | 0 | 1 | 1 |