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Saltos Ornamentais

Isaac Souza e Ingrid Oliveira serão os representantes do Brasil nos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Isaac Souza e Ingrid Oliveira serão os representantes do Brasil nos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 (CBDA)

Provas com brasileiros

Plataforma 10 m femininoPlataforma 10 m masculino

Chances do Brasil

Dos oito eventos em disputa nos saltos ornamentais dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Brasil estará presente apenas em dois. Ingrid Oliveira vai competir na plataforma de 10 m feminino e Isaac Souza vai disputar a versão masculina da mesma prova.

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Ingrid Oliveira alcançou em 2022 o melhor resultado da história do Brasil nos saltos ornamentais ao ficar em quarto lugar na plataforma de 10 m do Mundial. Naquela oportunidade, a brasileira fez 340,10 na fase preliminar, alcançando seu maior somatório e se classificando para a semifinal em terceiro lugar. Se repetir essa pontuação numa final olímpica, por exemplo, pode brigar por um bronze, já que as medalhas de ouro e prata devem ficar com a China.

No masculino, Isaac Souza, nono colocado no Mundial de 2023, briga para chegar à final. Os dois não participaram do Mundial disputado neste ano.

Local de competição – Centro Aquático

Centro Aquático de Paris-2024
  • Capacidade: 15.000 espectadores
  • Esportes: Nado sincronizado, Saltos Ornamentais, Polo Aquático

O Centro Aquático, situado próximo ao Stade de France, será o coração das competições aquáticas, incluindo nado sincronizado, saltos ornamentais e polo aquático, com instalações de ponta para os atletas. O local é, ao lado da Parede de Escalada Le Bourget, a única instalação esportiva permanente construída para os Jogos Olímpicos Paris-2024

O Brasil nos saltos ornamentais dos Jogos Olímpicos

Juliana Veloso disputou cinco edições dos Jogos Olímpicos nos saltos ornamentais (Satiro Sodré/CBDA)

O primeiro atleta brasileiro dos saltos ornamentais a competir em Jogos Olímpicos foi Adolpho Wellisch. Ele integrou a delegação brasileira na Antuérpia-1920 e competiu na prova do trampolim e na plataforma.

Contudo, apesar da tradição brasileira na modalidade, o Brasil nunca conseguiu nenhum pódio nos saltos ornamentais. No trampolim, Milton Busin e Gunnar Kemnitz voltaram a representar o Brasil em Londres-1948, sendo que Milton Busin também esteve presente em Helsinque-1952. Fernando Ribeiro foi o representante em Melbourne-1956 e Roma-1960.

Após 20 anos sem um atleta no trampolim, Milton Braga competiu em Moscou-1980. Novamente, após 20 anos, Cassius Duran levou o trampolim brasileiro aos Jogos de Sydney-2000. Nas quatro edições seguintes, César Castro esteve presente na disputa.

Na plataforma, após o pioneirismo de Adolpho Wellisch, Arie Richard Hanitzsch competiu nos Jogos de Helsinque-1952, enquanto Milton Braga em Montreal-1976 e em Moscou-1980.

Em Sydney-2000, Cassius Duran começou sua trilogia na plataforma, visto que competiu em sequência até Pequim-2008. Por sua vez, Hugo Parisi também marcou seu nome na história ao participar de quatro edições (2004, 2008, 2012 e 2016).

No feminino, a primeira brasileira a competir em uma edição dos Jogos Olímpicos foi Ângela Mendonça Ribeiro, que disputou o trampolim e a plataforma em Los Angeles-1984 e depois repetiu a dose em Seul-1988.

Mas o principal nome feminino é Juliana Veloso, que foi a cinco edições olímpicas! Ingrid Oliveira, por sua vez, vai competir pela terceira vez em Paris-2024.

Grandes nomes dos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos

Os saltos ornamentais foram testados pela primeira vez em Jogos Olímpicos em 1904, mas foi a partir de 1908 que entrou de fato para o programa olímpico. As mulheres começaram a competir a partir de 1912. Os saltos da plataforma de 10 metros e do trampolim de 3 metros são as mais tradicionais. A partir de 2000, os saltos sincronizados foram introduzidos.

Greg Louganis, dos Estados Unidos, é o maior atleta da história da modalidade. Após conquistar uma prata na plataforma de 10 m dos Jogos de Montreal-1976, ele ficou de fora de Moscou-1980, mas voltou com tudo e fez a dobradinha, plataforma e trampolim, nos jogos de Los Angeles-1984 e Seul-1988. Greg Louganis encerrou sua carreira com cinco medalhas, sendo quatro de ouro e uma de prata. Não fosse o boicote norte-americano, certamente ele teria conquistado mais.

Greg Louganis (Twitter/olympics)

E o domínio dos Estados Unidos nos saltos ornamentais durou quase sete décadas, mas a China veio com tudo a partir dos anos 90. Não à toa, duas chinesas possuem cinco ouros cada. Wu Minxia e Chen Ruolin dominaram o salto sincronizado na plataforma e venceram três ouros juntas. E a China vem forte para Tóquio!

Quadro de medalhas dos saltos ornamentais nos Jogos Olímpicos

ClassificaçãoNaçãoOuroPrataBronzeTotal
1 Estados Unidos  (EUA)494646141
2 China  (CHN)47241081
3 Suécia  (SUE)68721
4 Rússia  (RUS)48719
5 União Soviética  (URS)44614
6 Itália  (ITA)35311
7 Austrália  (AUS)33814
8 Seleção Alemã Unida  (EUA)3104
9 Alemanha  (ALE)281222
10 Grã-Bretanha  (GBR)23813
11 Alemanha Oriental  (RDA)2237
12 México  (MEX)17715
13 Canadá  (CAN)15814
14 Checoslováquia  (TCH)1102
15 Dinamarca  (DEN)1012
16 Grécia  (GRE)1001
17 Equipe Unificada  (EUN)0213
18 Egito  (EGY)0112
18 Malásia  (MAS)0112
20 França  (FRA)0101
21 Ucrânia  (UKR)0022
Totais (22 entradas)130130131391

O esporte

A competição de saltos ornamentais é composta por duas fases: uma preliminar e uma final, na qual participam os 12 atletas com maior pontuação. Antes da competição, os saltadores apresentam uma lista dos saltos que irão executar e, caso realizem elementos distintos, não irão pontuar.

A prova acontece em uma piscina de no mínimo 20 x 25m e com 5m de profundidade no seu ponto mais fundo. No local, há ainda uma torre, em que fica a plataforma, fixada 10m do nível da água. Ele deve ter 3m de largura por 6m de comprimento e ser coberto por um material antiderrapante.

O local deve apresentar ainda uma banheira de hidromassagem, utilizada para a manutenção da temperatura corporal dos atletas durante o intervalo entre os saltos.

Nas competições femininas, as saltadoras apresentam 5 saltos em cada fase da competição. Os saltos podem ser de frente, costas, pontapé, revirado, parafuso e equilíbrio, e são aliados ainda a mortais e piruetas.

Os árbitros avaliam os saltos dando uma nota de zero a dez, sendo descartadas a mais alta e a mais baixa. É levado em consideração pelos juízes: a posição inicial, a saída do trampolim, o voo do atleta e a entrada na água.