Single Skiff feminino
Remo – Single Skiff feminino – Jogos Olímpicos de Paris-2024
[Chances do Brasil
Após duas edições de fora dos Jogos Olímpicos, o Brasil voltará a enviar uma representante olímpica no Single Skiff feminino. Isso porque Beatriz Tavares conseguiu a classificação através do Pré-Olímpico das Américas. Por lá, ela conquistou a medalha de ouro na prova feminina, deixando para trás a mexicana Kenia Lechuga, campeã dos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023. No Pan, Beatriz Tavares levou a medalha de prata.
Outro bom resultado da brasileira dentro do continente foi a prata nos Jogos Sul-Americanos de Assunção-2022. No entanto, ela segue sem se destacar em competições de nível mundial. Inclusive, Beatriz Tavares nunca participou de uma Campeonato Mundial na modalidade. Assim, não há grandes expectativas sobre ela em Paris-2024. Por isso, caso ela avançe às semifinais A/B nos Jogos Olímpicos já seria um feito a se comemorar.
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As favoritas
A experiente Emma Twigg, da Nova Zelândia, desembarca na capital francesa como uma grande favorita da categoria. Twigg é a atual campeã olímpica, além de ter conquistado duas medalhas de pratas nos campeonatos mundiais de 2023 e 2024. Aos 37 anos de idade, a neozelandesa vai para a sua quinta e provavelmente última Olimpíada, e pretende fechar com chave de ouro a sua excelente carreira.
Já a holandesa Karolien Florijn desponta como a principal favorita em Paris-2024. Isso porque Florijn vem de dois títulos mundiais seguidos além de mais dois ouros em campeonatos europeus da modalidade. A holandesa não disputou o Single Skiff feminino em Tóquio-2020 e, portanto, fará a estreia nesta edição dos Jogos Olímpicos. Mas vale lembrar que Karolien Florijn já tem uma medalha de prata olímpica, no Quatro Sem feminino, no Japão.
Por fim, a autraliana Tara Rigney chega como forte candidata ao pódio em Paris-2024. Rigney, assim como Emma Twigg e Karolien Florijn, medalhou nos dois campeonatos mundiais da modalidade durante o ciclo olímpico. Com dois bronzes, a australiana se firma como a terceira melhor atleta da categoria.
Brasil no remo Single Skiff feminino nos Jogos Olímpicos
O Skiff Simples feminino estreou em Jogos Olímpicos em Montreal-1976, assim como a maioria das outras provas do feminino, tendo sido disputadas 11 edições dessa categoria. O Brasil contou com três participações olímpicas nessa prova. A melhor colocação de uma brasileira no Skiff Simples foi justamente na primeira participação nacional, em 2004, nos Jogos Olímpicos de Atenas, um 14º lugar. A última aparição brasileira aconteceu em Londres-2012.
Maior nome do remo feminino do Brasil, a catarinense Fabiana Beltrame representou o Brasil em duas edições, sendo a primeira do país a disputar a categoria. Natural de Florianópolis, Fabiana competiu pela primeira vez em Atenas-2004, ficando em quarto lugar em sua bateria. Campeã mundial em 2011 e duas vezes medalhista de prata em Jogos Pan-Americanos, Fabiana voltaria a disputar as Olimpíadas em 2012, mas em outra categoria.
A última participação brasileira no Skiff Simples feminino foi com a mineira Kyssia Cataldo em Londres-2012. Mas antes mesmo da disputa da Final C, ela recebeu a notícia de que havia sido pega em um exame antidoping pré-competição e foi suspensa de forma imediata dos Jogos Olímpicos.
Histórico nos Jogos Olímpicos
O Skiff Simples Feminino estreou em Jogos Olímpicos em Montreal-1976, mesmo ano em que o remo feminino entrou no programa olímpico. Grande potência do remo feminino, a Romênia lidera o quadro de medalhas na categoria com três medalhas de ouro, seguida pela Alemanha Oriental e Belarus, com duas medalhas de ouro cada. Bulgária, República Tcheca e Austrália são as outras nações que já subiram no topo do pódio no Skiff Simples feminino.
Christine Scheiblich da Alemanha Oriental foi a primeira campeã olímpica em 1976. A alemã chegou a Montreal como bicampeã mundial do ciclo e acabou por confirmar seu grande favoritismo na prova. A prova foi dominada pela Romênia nas quatro edições seguintes, com três ouros. Inclusive, a romena Elisabeta Lipa, maior vencedora da história do remo, foi a campeã em Barcelona-1992.
Depois de quase conquistar a medalha de ouro por duas edições seguidas, Rumyana Neykova finalmente se sagrou campeã olímpica em Pequim-2008. Prata em Sydney-2000 e bronze em Atenas-2004, Rumyana completou os 2000 metros em 7min22s34 na disputa em Pequim, menos de 50 centésimos de diferença para Michelle Guerette, dos Estados Unidos.
Kim Brennan dominou todo o ciclo olímpico da Rio-2016, conquistando os títulos mundiais de 2013 e 2015, além do vice-campeonato de 2015. No Rio de Janeiro a remadora confirmou o seu favoritismo vencendo o skiff simples, dando a primeira medalha de ouro para a Austrália na categoria.
Em Tóquio-2020 tivemos um resultado bastante interessante, com três atletas conquistando a primeira medalha olímpica de seus respectivos países na modalidade. Emma Twigg, da Nova Zelândia ficou com o ouro, enquanto a russa Hanna Prakatsen levou a prata e a austríacaficou com o bronze.
Todas as medalhistas do remo Single Skiff feminino
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Montreal-1976 | Christine Scheiblich (GDR) | Joan Lind (EUA) | Yelena Antonova (URS) |
Moscou-1980 | Sanda Toma (ROM) | Antonina Makhina (URS) | Martina Schröter (GDR) |
Los Angeles-1984 | Valeria Răcilă (ROM) | Carlie Geer (EUA) | Ann Haesebrouck (BEL) |
Seul-1988 | Jutta Behrendt (GDR) | Anne Marden (EUA) | Magdalena Georgieva (BUL) |
Barcelona-1992 | Elisabeta Lipă (ROM) | Annelies Bredael (BEL) | Silken Laumann (CAN) |
Atlanta-1996 | Katsiaryna Khadatovich (BLR) | Silken Laumann (CAN) | Trine Hansen (DEN) |
Sydney-2000 | Katsiaryna Karsten (BLR) | Rumyana Neykova (BUL) | Katrin Rutschow-Stomporowski (ALE) |
Atenas-2004 | Katrin Rutschow-Stomporowski (ALE) | Katsiaryna Karsten (BLR) | Rumyana Neykova (BUL) |
Pequim-2008 | Rumyana Neykova (BUL) | Michelle Guerette (EUA) | Katsiaryna Karsten (BLR) |
Londres-2012 | Mirka Knapková (TCH) | Fie Udby Erichsen (DEN) | Kim Crow (AUS) |
Rio-2016 | Kim Crow-Brennan (AUS) | Gevvie Stone (EUA) | Duan Jingli (CHI) |
Tóquio-2020 | Emma Twigg (NZL) | Hanna Prakatsen (ROC) | Magdalena Lobnig (AUT) |
Quadro de medalhas
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Romênia | 3 | 0 | 0 | 3 |
Bielorrússia | 2 | 1 | 1 | 4 |
Alemanha Oriental | 2 | 0 | 1 | 3 |
Bulgária | 1 | 1 | 2 | 4 |
Austrália | 1 | 0 | 1 | 2 |
Alemanha | 1 | 0 | 1 | 2 |
República Tcheca | 1 | 0 | 0 | 1 |
Nova Zelândia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Estados Unidos | 0 | 5 | 0 | 5 |
Bélgica | 0 | 1 | 1 | 2 |
Canadá | 0 | 1 | 1 | 2 |
Dinamarca | 0 | 1 | 1 | 2 |
União Soviética | 0 | 1 | 1 | 2 |
ROC | 0 | 1 | 0 | 1 |
China | 0 | 0 | 1 | 1 |
Áustria | 0 | 0 | 1 | 1 |