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Pentatlo moderno feminino

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Isabela Abreu será representante do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 (Wander Roberto/COB)

Calendário do pentatlo moderno feminino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024

Chances do Brasil no pentatlo moderno feminino

A brasileira Isabela Abreu garantiu sua classificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 ao terminar os Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 na nona colocação. Embora seja difícil que ela conquiste uma medalha em Paris, a atleta contará com sua experiência para buscar uma boa colocação.

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Favoritas do pentatlo moderno feminino

A vice-líder do ranking mundial e vice-campeã do Mundial de 2022 e 2024, Michelle Gulyás, da Hungria, é uma das candidatas à medalha de ouro. A italiana Elena Micheli, campeã mundial de 2022 e 2023, também está na disputa.

Michelli Gulyás é a atual vice-líder do ranking e candidata a medalha de ouro (Foto:Augustas Didzgalvis)

A jovem sul-coreana Seungmin Seong, líder do ranking e atual campeã mundial, tem a chance de conquistar a primeira medalha olímpica para a Coreia do Sul. Ela confirmou seu status como uma das favoritas ao ganhar três medalhas de prata nas Copas do Mundo em 2023 e 2024.

Outras fortes concorrentes à medalha em Paris são a turca Ilke Ozyuksel, medalhista mundial de bronze em 2022, a britânica Kerenza Bryson, terceira colocada em 2023, e a italiana Alice Sotero, vice-campeã mundial no individual e campeã por equipes em 2023.

Sede do pentatlo moderno nos Jogos Olímpicos de Paris-2024

Arena Paris Norte

Arena Paris Norte
  • Capacidade: 6.000 espectadores
  • Esportes: Boxe, pentatlo moderno e vôlei sentado

O Centro de Exposições Villepinte será transformado em uma grande instalação esportiva modular chamada “Arena Paris Norte” para os Jogos Olímpicos. O local sediará as rodadas preliminares do boxe e o ranqueamento de esgrima do pentatlo moderno durante os Jogos Olímpicos, além das partidas de vôlei sentado nos Jogos Paralímpicos.

Brasil no pentatlo moderno feminino nos Jogos Olímpicos

A americana Samantha Harvey, naturalizada brasileira, foi prata no Pan de Santo Domingo-2003 e foi a primeira a representar o Brasil nos Jogos Olímpicos, ficando em 25º lugar em Atenas-2004.

A pernambucana Yane Marques foi ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio-2007 e se classificou para a Olimpíada de Pequim-2008. Ela teve uma boa participação, terminando em 18º lugar entre 36 atletas. Após a desclassificação por doping de uma ucraniana, Yane subiu para 17º.

A histórica medalha

Yane foi evoluindo e entrou para a elite do esporte. Em 2009 ela foi prata na final da Copa do Mundo e também foi prata no Pan de Guadalajara-2011. Yane chegou forte em Londres-2012. No primeiro evento, a esgrima, venceu 21 combates e terminou em 6º lugar. Na natação fez 2:12.39, também o 6º tempo, e estava em 2º lugar no geral. Yane fez um boa prova de equitação e liderava a competição ao lado da lituana Laura Asadauskaite.

Elas largaram em 1º na prova combinada de tiro e corrida. Com uma corrida melhor, a lituana foi abrindo vantagem, enquanto Yane segurava o ataque das outras atletas com tiros certeiros. Ela acabou sendo ultrapassada pela britânica Samantha Murray, mas conseguiu manter uma boa vantagem sobre a americana Margaux Isaksen, que vinha forte atrás.

pentatlo moderno Yane Marques Individual feminino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Yane Marques obteve a única medalha olímpica do Brasil no pentatlo moderno, nos Jogos de Londres-2012 (Reprodução)

Yane cruzou a linha de chegada em 3º lugar para ficar com o bronze e levar a última medalha dos Jogos de Londres e a primeira e única medalha brasileira da história do pentatlo.

Despedida como porta-bandeira

No Pan de Toronto-2015, ela levou novamente o ouro, se classificando para a Rio-2016, sua última Olimpíada. Yane foi a porta-bandeira do Brasil na Cerimônia de Abertura, mas ficou longe de repetir seu feito em Londres. Foi 9ª na natação, apenas 22ª na esgrima e 15ª no hipismo. Ela largou em 15º na combinada, pouco mais de 1min atrás da líder, a polonesa Oktawia Nowacka, terminando em 22º lugar.

Maria Iêda Guimarães classificou-se para o individual feminino no pentatlo moderno, ao ficar na quarta colocação nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Em Tóquio-2020, Iêda ficou em 36º lugar. Ela sofreu uma queda durante a prova do hipismo e acabou não participando da disputa que combina tiro e corrida.

Histórico

Foram necessários 88 anos após a estreia do pentatlo moderno nos Jogos para que as mulheres começassem a competir em Olimpíadas. Já foram cinco disputas e 15 medalhistas diferentes.

A estreia veio na Olimpíada de Sydney-2000, já no formato de todas as provas em um único dia, que tinha sido implantada em Atlana-1996. E a primeira campeã olímpica foi a britânica Stephanie Cook, que cruzou a linha de chegada apenas dois segundos antes da americana Emily de Riel.

No ciclo seguinte, foi a vez da húngara Zsuzsanna Vörös ir ao topo. Grande nadadora, Vörös chegou como favorita na Olimpíada de Atenas-2004 após vencer os Mundiais de 2003 e 2004. A húngara largou pra corrida na frente já com uns 30 s de vantagem sobre a segunda colocada. Destaque para a espetacular prova de corrida da britânica Georgina Harland, que largou em 14º a quase 50s do pódio e pegou o bronze.

Lenda alemã

A alemã Lena Schöneborn ficou com o ouro em Pequim-2008. Ela é uma das grandes da história do pentatlo, com seis títulos mundiais na carreira, sendo um individual, e 16 medalhas no total.

Individual feminino nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
A australiana Chloe Esposito (nº 7) surpreendeu na Rio-2016 ao ficar com a medalha de ouro (Reprodução)

A prova feminina na Olimpíada de Londres-2012 foi a última final dos Jogos. Foi a partir desta edição que a Federação Internacional da modalidade juntou o tiro e a corrida criando a prova combinada conhecida como laser run. A brasileira Yane Marques e a lituana Laura Asadauskaite chegaram para a combinada empatadas e largaram juntas, 2 s a frente da francesa Amélie Cazé. A lituana fez uma grande corrida e cruzou a linha de chegada em 1º lugar. A brasileira foi ultrapassada pela britânica Samantha Murray e conseguiu segurar o ataque da americana Margaux Isaksen para ficar com o bronze inédito.

Surpresa no Brasil

Já na Olimpíada Rio-2016, o pódio teve algumas surpresas. A campeã foi a australiana Chloe Esposito, que nunca havia conquistado medalhas em Mundiais até então. Ela largou em 6º para a combinada, 45 s atrás da líder, a polonesa Oktawia Nowacka. Esposito fez uma excelente combinada e passou todas as concorrentes, cruzando em 1º lugar para faturar um ouro inédito para o país.

Em Tóquio-2020, Kate French conquistou a segunda medalha de ouro para a Grã-Bretanha após 20 anos. A medalha de prata foi para Laura Asadauskaité, da Lituânia, responsável pelas duas medalhas do país. O terceiro lugar ficou com Sarolta Kovács, da Hungria.

Medalhistas

JogosOuroPrataBronze
Sydney 2000Steph Cook (GBR)Emily deRiel (USA)Kate Allenby (GBR)
Atenas 2004Zsuzsa Vőrős (HUN)Jeļena Rubļevska (LAT)Georgina Harland (GBR)
Pequim 2008Lena Schöneborn (GER)Heather Fell (GBR)Anastasiya Samusevich (BLR)
Londres 2012Laura Asadauskaitė (LTU)Samantha Murray (GBR)Yane Marques (BRA)
Rio 2016Chloe Esposito (AUS)Élodie Clouvel (FRA)Oktawia Nowacka (POL)
Tóquio 2020Kate French (GBR)Laura Asadauskaitė (LTU)Sarolta Kovács (HUN)

Quadro de medalhas

PaísOuroPrataBronzeTotal
Grã-Bretanha2226
Lituânia1102
Hungria1012
Austrália1001
Alemanha1001
França0101
Letônia0101
Estados Unidos0101
Belarus0011
Brasil0011
Polônia0011