Revezamento 4x200m livre masculino
Revezamento 4x200m livre masculino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
O principal nadador brasileiro é Guilherme Costa. O carioca se classificou para quatro modalidades da natação nas Olimpíadas (200m, 400m e 800m livre e 4x200m livre). Além disso, o nadador carrega consigo o bronze nos 400m, no Mundial de Budapeste-2022, além de quatro ouros no Pan-Americano de 2023 (400m, 800m, 1500m livre e 4x200m livre). Seus companheiros de equipe em Paris serão Fernando Scheffer, Eduardo Moraes e Murilo Sartori.
Nos últimos Jogos, a equipe foi para as finais após se classificar em 8º, e nelas, terminou na mesma posição, com o tempo de 07m08s22. O Brasil é o detentor do recorde sul-americano, com 07m04s59. Mas, apesar disso, o único pódio olímpico que esse tempo entraria nos últimos 12 anos seria em Londres-2012, onde ficaria com o bronze. Sendo assim, as chances brasileiras de medalhar são baixas, com o foco principal sendo a classificação para as finais.
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Nos últimos três campeonatos mundiais, o Brasil se classificou para a fase final em dois deles. Em 2022, o Brasil, com Fernando Scheffer, Vinicius Assunção, Murilo Sartori e Breno Correia, terminou as eliminatórias em segundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Mas, por infelicidade, acabou fora do pódio, em 4º. E isso após quebrar o recorde sul-americano.
Em 2023, o Brasil foi com Luiz Altamir Melo, Fernando Scheffer, Murilo Sartori e Guilherme Costa, e terminou a eliminatória na beira da classificação, em 8º, a última vaga para as finais. E nela, se repetiu a posição da classificatória, oitava, e dessa vez última, colocação.
Por fim, em 2024, nem para as finais a equipe brasileira foi, terminando em 9º, com Fernando Scheffer, Guilherme Costa, Eduardo Moraes e Breno Correia no time.
Os Favoritos
E nada mais justo que começar mencionando a Grã-Bretanha, atual medalha de ouro olímpica, que em Tóquio-2020, quebrou o recorde europeu, com o tempo de 06m58s58. No Mundial de 2022, os britânicos levaram o bronze para casa, enquanto em 2023 foram os medalhistas de ouro da categoria, com 06m59s08. Por fim, em 2024, a Grã-Bretanha ficou fora do pódio, após amargar um 4º lugar.
E é impossível falar sobre os favoritos sem destacar os Estados Unidos. Historicamente, o país é, disparadamente, o maior medalhista da categoria, com 17 ouros e 24 medalhas no total. Em Tóquio-2020, os norte-americanos ficaram fora do pódio, desempenho que não se repetiu nos três mundiais seguintes: ouro em 2022, prata em 2023 e bronze em 2024. Os EUA sofrem um pouco com o fantasma de Michael Phelps, já que, depois da aposentadoria do maior atleta olímpico de todos os tempos, o país nunca mais conseguiu repetir os tempos da época de Phelps, quando quebrou o recorde olímpico (2008) e o mundial (2009).
Junto com a dupla que fala inglês, China, atual campeã mundial, e Coreia do Sul, atual vice-campeã mundial, estão entre as favoritas. Mas, apesar dos feitos da dupla asiática, seus tempos não chegam nem a sete minutos.
O Brasil no 4 x 200m livre masculino dos Jogos Olímpicos
Para o Brasil, o revezamento 4 x 200m livre marcou, nos Jogos Olímpicos de Moscou-1980, a primeira medalha em revezamentos olímpicos de natação, com a equipe formada por Djan Madruga, Carlos Mattiolli, Cyro Delgado e Jorge Fernandes, que foram bronze na ocasião.
+ Veja a lista dos brasileiros classificados para os Jogos
Além dos medalhistas olímpicos de Moscou-1980, o Brasil já foi finalista olímpico com o sétimo lugar no revezamento de Manuel Silva, Isaac Morais, Manoel Villar e Benvenuto Nunes em Los Angeles-1932; Sérgio Rodrígues, Willy Otto Jordan, Rolf Kestener e Aram Boghossian, oitavo lugar em Londres-1948; e Gustavo Borges, Emanuel Nascimento, Teófilo Ferreira e Cristiano Michelena em Barcelona-1992, também com a sétima colocação.
As equipes de Los Angeles-1984, Atlanta-1996 e Atenas-2004 chegaram muito perto de alcançar uma sonhada final olímpica, mas ficaram nas eliminatórias. Mas, em Tóquio-2020, o Brasil conseguiu chegar nas finais. E, mesmo que terminando em 8º, foi uma edição especial, já que a muito essa classificação não vinha.
Histórico dos 4 x 200m livre masculino nos Jogos Olímpicos
O revezamento 4x200m livre masculino foi o primeiro de todos os revezamentos a ser incluído no programa olímpico, tendo estreado nos Jogos Olímpicos de Londres em 1908. A prova segue a tradição da natação olímpica e tem os Estados Unidos como os maiores premiados, com 17 ouros conquistados no total. Austrália, Grã-Bretanha, Japão e os extintos Australásia, União Soviética e Comunidade dos Países Independentes também venceram o torneio.
A Grã-Bretanha, equipe campeã olímpica em Tóquio, pode buscar no revezamento da Olimpíada de Paris um ouro novamente. O país se tornou o primeiro campeão olímpico em Londres-1908.
A Australásia, que incluía atletas da Austrália e da Nova Zelândia, venceu em seguida, em Estocolmo-1912, entrando até os dias de hoje para o seleto hall de poucas nações que venceram a prova além dos Estados Unidos. Os americanos por sua vez venceram as três edições olímpicas seguintes, contando especialmente nas equipes com as estrelas Duke Kahanamoku e Johnny Weissmuller, os primeiros grandes nomes da história olímpica americana.
O Japão foi o bicampeão olímpico da Olimpíada de Los Angeles-1932 e Berlim-1936, interrompendo naquele momento a sequência americana. O país tem grande tradição até hoje na prova, tendo sido recentemente bronze nos Jogos do Rio, em 2016. Os Estados Unidos voltaram a vencer em Londres-1948 e Helsinque-1952, perdendo novamente em Melbourne-1956, desta vez para os australianos.
De Roma-1960 a Montreal-1976 novamente só deu Estados Unidos, com destaque para o ídolo Mark Spitz que ajudou seu país a vencer na Cidade do México em 1968, e em Munique-1972.
Os Estados Unidos só não subiram ao pódio olímpico da prova apenas duas vezes na história. Em Moscou-1980 o país boicotou aqueles Jogos. O ouro ali ficou com a União Soviética, que tinha como destaque do time Vladimir Salnikov. Já em Tóquio-2020, os norte-americanos não medalharam exclusivamente pela questão esportiva.
Os americanos voltaram a ganhar o ouro na Olimpíada Los Ageles-1984 e Seul-1988, nesta última com destaque para Matt Biondi que compunha o time. Formada por países da União Soviética que estavam em processo de separação, a Comunidade dos Estados Independentes surpreendeu os Estados Unidos e venceu em Barcelona-1992. Em casa, os Estados Unidos voltaram ao topo com o título de Atlanta-1996.
A Austrália proporcionou a última derrota americana, antes de 2021, na Olimpíada de Sydney-2000, em um time que tinha Ian Thorpe, Michael Klim e Grant Hackett. De Atenas-2004 pra cá são quatro ouros americanos e Michael Phelps esteve em todos eles. De suas 23 medalhas de ouro, quatro vieram desta prova.
E, como dito antes, os grandes favoritos históricos não levaram nem o bronze em Tóquio-2020. Grã-Bretanha, Rússia e Austrália fecharam o pódio excluindo os EUA, que, pela primeira vez em 24 anos, não tinha a lenda Michael Phelps na equipe.
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Os medalhistas dos 4 x 200m livre masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Londres 1908 | Grã-Bretanha | Hungria | Estados Unidos |
Estocolmo 1912 | Australasia | Estados Unidos | Grã-Bretanha |
Antuérpia 1920 | Estados Unidos | Austrália | Grã-Bretanha |
Paris 1924 | Estados Unidos | Austrália | Suécia |
Amsterdã 1928 | Estados Unidos | Japão | Canadá |
Los Angeles 1932 | Japão | Estados Unidos | Hungria |
Berlim 1936 | Japão | Estados Unidos | Hungria |
Londres 1948 | Estados Unidos | Hungria | França |
Helsinque 1952 | Estados Unidos | Japão | França |
Melbourne 1956 | Austrália | Estados Unidos | União Soviética |
Roma 1960 | Estados Unidos | Japão | Austrália |
Tóquio 1964 | Estados Unidos | Alemanha | Japão |
Cidade do México 1968 | Estados Unidos | Austrália | União Soviética |
Munique 1972 | Estados Unidos | Alemanha Ocidental | União Soviética |
Montreal 1976 | Estados Unidos | União Soviética | Grã-Bretanha |
Moscou 1980 | União Soviética | Alemanha Oriental | Brasil |
Los Angeles 1984 | Estados Unidos | Alemanha Ocidental | Grã-Bretanha |
Seul 1988 | Estados Unidos | Alemanha Oriental | Alemanha Ocidental |
Barcelona 1992 | Equipe Unificada | Suécia | Estados Unidos |
Atlanta 1996 | Estados Unidos | Suécia | Alemanha |
Sydney 2000 | Austrália | Estados Unidos | Holanda |
Atenas 2004 | Estados Unidos | Austrália | Itália |
Pequim 2008 | Estados Unidos | Rússia | Austrália |
Londres 2012 | Estados Unidos | França | China |
Rio 2016 | Estados Unidos | Grã-Bretanha | Japão |
Tóquio 2020 | Grã-Bretanha | Rússia | Austrália |
Quadro de medalhas do 4 x 200m livre masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 17 | 5 | 2 | 24 |
Austrália | 2 | 4 | 3 | 9 |
Japão | 2 | 3 | 2 | 7 |
Grã-Bretanha | 2 | 1 | 4 | 7 |
União Soviética | 1 | 1 | 3 | 5 |
Australasia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Equipe Unificada | 1 | 0 | 0 | 1 |
Hungria | 0 | 2 | 2 | 4 |
Suécia | 0 | 2 | 1 | 3 |
Alemanha Ocidental | 0 | 2 | 1 | 3 |
Alemanha Oriental | 0 | 2 | 0 | 2 |
França | 0 | 1 | 2 | 3 |
Alemanha | 0 | 1 | 1 | 2 |
Rússia | 0 | 2 | 0 | 2 |
Brasil | 0 | 0 | 1 | 1 |
Canadá | 0 | 0 | 1 | 1 |
Itália | 0 | 0 | 1 | 1 |
Holanda | 0 | 0 | 1 | 1 |
China | 0 | 0 | 1 | 1 |