Revezamento 4x100m livre masculino
Revezamento 4x100m livre masculino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Guilherme Caribé, Marcelo Chierighini, Gabriel Santos e Breno Correia serão os representantes do Brasil no revezamento 4x100m livre masculino. O time é praticamente o mesmo que disputou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, com execeção de Caribé, que entrou no lugar de Pedro Spajari. No Japão, a equipe brasileira chegou à final da categoria com o quinto melhor tempo (3min12s59). No entanto, a marca regrediu na decisão (3min13s41), e o Brasil ficou no oitavo lugar.
Outro bom resultado conqusitado pelo país recetemente foi a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023. Por lá, o Brasil contou com a presença de Chierighini, Caribé e Breno. Na final, o time brasileiro marcou 3min13s51, quase um segundo a mais que os Estados Unidos, que enviou um time ‘B’ para o torneio. O tempo do Brasil também representou o novo recorde Pan-Americano na categoria.
Assim, tendo em vista que a marca dos brasileiros está na casa dos 13 e 12 segundos, fica difícil criar grandes expectativas de pódio para o Brasil. Para se ter ideia, os Estados Unidos marcaram 3min08s97 na final olímpica de Tóquio-2020 e levaram o ouro para casa. O bronze ficou com a Austrália, que anotou 3min10s22. Assim, o time brasileiro precisará fazer a ‘prova da vida’ se quiser ter chances de medalhas em Paris-2024.
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Os Favoritos
Os Estados Unidos são historicamente os grandes favoritos do revezamento 4x100m livre masculino. Nas 13 edições da modalidade em Jogos Olímpicos, o país esteve sempre no pódio, com absurdos dez ouros. Os norte-americanos, inclusive, são os atuais campeões olímpicos, além de terem vencido três das últimas quatro olímpiadas. Caeleb Dressel, Hunter Armstrong, Ryan Held e Matt King formam o quarteto americano para a prova.
Os dois países que chegam fortes na disputa por medalhas são Itália e China. Os italianos têm sido presença constante nos pódios de campeonatos mundiais. Eless são os atuais medalhistas de prata nas Olimpíadas, além disso, foram bronze em Budapeste-2020, e prata nos mundiais de Fukuoka-2023 e Doha-2024. Por outro lado, os chineses são os atuais campeões mundiais e chegam com uma nova geração promissora. Por fim, outros países que podem dar trabalho são Austrália e o Brasil.
O Brasil no 4 x 100m livre masculino dos Jogos Olímpicos
O 4x100m livre masculino é uma das provas mais especiais para a torcida brasileira, que tem nela uma das maiores expectativas de medalhas para a natação do Brasil em Tóquio-2020.
O melhor resultado do Brasil foi o bronze em Sydney-2000, em equipe formada por Gustavo Borges, Carlos Jayme, Fernando Scherer e Edvaldo Valério. A equipe deu ao Brasil a primeira medalha do país nas Olimpíadas de Sydney, fazendo com que o público brasileiro vibrasse de alegria em plena semifinal. O destaque da equipe foi Edvaldo Valério, conhecido como “Bala”, pois foi ele quem fechou o revezamento e segurou o ataque alemão. O baiano foi o primeiro homem negro a conquistar uma medalha olímpica pela natação nacional, e segue até os dias de hoje como o único.
Em duas oportunidades, o Brasil foi quarto colocado, bem próximo da medalha. Em Munique-1972, o quarteto formado por Ruy de Oliveira, Paulo Zanetti, Paulo Becskehazy e José Aranha terminou atrás da Alemanha Oriental. Também contra a Alemanha, desta vez unificada, Fernando Scherer, Alexandre Massura, Gustavo Borges e André Cordeiro ficaram em quarto em Atlanta-1996.
O Brasil também foi finalista olímpico com as equipes de Barcelona-1992, Rio-2016 e Tóquio-2020, além de ter ficado nas eliminatórias com o time de Los Angeles-1984, Seul-1988, Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012.
Histórico dos 4 x 100m livre masculino nos Jogos Olímpicos
O revezamento 4x100m livre masculino é disputado em Jogos Olímpicos desde Tóquio-1964, com exceção de Munique-1972 e Moscou-1980. Os Estados Unidos venceram nove das 12 disputas. Austrália, África do Sul e França venceram as outras três, respectivamente em Sydney-2000, Atenas-2004 e Londres-2012.
Ao longo dos anos, várias disputas emocionantes marcaram os 4x100m livre masculino, tornando a disputa uma das mais aguardadas do programa olímpico. Nesta prova, Mark Spitz ajudou a equipe americana a conquistar dois ouros olímpicos, na Cidade do México em 1968 e em Munique-72, edição que consagrou o atleta que conquistou sete medalhas de ouro olímpicas.
Já nos anos 80, os Estados Unidos seguiam imbatíveis na disputa muito por conta de grandes atletas que dominaram as provas de velocidade masculina na época. Matt Biondi foi tricampeão olímpico do 4x100m livre em Los Angeles-1984, Seul-1988 e Barcelona-1992. Além dele, Tom Jager também compôs a equipe americana no tri olímpico.
Gosto especial em Barcelona
Em Barcelona, a vitória americana foi ainda mais especial pois a equipe derrotou a equipe do Time Unificado, composto por atletas da ex-União Soviética e liderados por Alexander Popov, atleta que deu extrema dor de cabeça para os torcedores americanos.
Em Atlanta-1996, a disputa se repetiu, com nova vitória dos Estados Unidos, desta vez liderados por Gary Hall Jr, contra a Rússia de Popov. Já em Sydney-2000, com equipe liderada pelos ídolos australianos Ian Thorpe e Michael Klim, os atletas da casa destronaram os americanos pela primeira vez na história. Foi na batida de mão, com uma emocionante disputa que deu o ouro para a Austrália. O Brasil conquistou um emocionante bronze, superando a Alemanha na batida de mão também.
Em Atenas-2004, o ouro ficou com a surpreendente equipe da África do Sul. O título voltou para os Estados Unidos em Pequim-2008, feito extremamente importante não só para a contagem de medalhas do país, mas principalmente para Michael Phelps e sua pretensão de conquistar oito medalhas de ouro em uma mesma Olimpíada. A França superou os Estados Unidos por um centésimo para levar o ouro em Londres-2012. Na Rio-2016, edição que marcou a despedida de Michael Phelps, os americanos levou o título olímpico do 4 x 100m livre.
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Os medalhistas dos 4 x 100m livre masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Tóquio 1964 | Estados Unidos | Alemanha | Austrália |
Cidade do México 1968 | Estados Unidos | União Soviética | Austrália |
Munique 1972 | Estados Unidos | União Soviética | Alemanha Oriental |
Los Angeles 1984 | Estados Unidos | Austrália | Suécia |
Seul 1988 | Estados Unidos | União Soviética | Alemanha Oriental |
Barcelona 1992 | Estados Unidos | Equipe Unificada | Alemanha |
Atlanta 1996 | Estados Unidos | Rússia | Alemanha |
Sydney 2000 | Austrália | Estados Unidos | Brasil |
Atenas 2004 | África do Sul | Holanda | Estados Unidos |
Pequim 2008 | Estados Unidos | França | Austrália |
Londres 2012 | França | Estados Unidos | Rússia |
Rio 2016 | Estados Unidos | França | Austrália |
Tóquio 2020 | Estados Unidos | Itália | Austrália |
Quadro de medalhas do 4 x 100m livre masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 10 | 2 | 1 | 13 |
França | 1 | 2 | 0 | 3 |
Austrália | 1 | 1 | 5 | 7 |
África do Sul | 1 | 0 | 0 | 1 |
União Soviética | 0 | 3 | 0 | 3 |
Alemanha | 0 | 1 | 2 | 3 |
Rússia | 0 | 1 | 1 | 2 |
Holanda | 0 | 1 | 0 | 1 |
Equipe Unificada | 0 | 1 | 0 | 1 |
Itália | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha Oriental | 0 | 0 | 2 | 2 |
Brasil | 0 | 0 | 1 | 1 |
Suécia | 0 | 0 | 1 | 1 |