200 m borboleta masculino
200m borboleta masculino nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Nick Albiero fará a sua estreia nos 200m borboleta nos Jogos Olímpicos de Paris. Nicolas é filho do treinador brasileiro Arthur Albiero, radicado há anos em Louisville, nos Estados Unidos. Há mais de um ano, Nicolas escolheu defender as cores do Brasil e mudou para Belo Horizonte para atuar e treinar no Minas Tênis Clube. Ele foi o vencedor da seletiva olímpica do Brasil, alcançando, também o índice nos 200m borboleta com 1min55s52.
A expectativa para Nick Albiero é de que ele consiga se classificar à final da categoria. Mas, para isso, ele precisará passar perto da sua melhor marca da carreira, justamente o tempo que marcou na seletiva olímpica. Para se ter ideia, nos Jogos de Tóquio-2020, o tempo de corte para as semis foi de 1min55s96, do sul-africano Chad le Clos. Já para avançar à final, o tempo foi de 1min55s31, do japonês Tomoru Honda.
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Favoritos em Paris
Os húngaros sempre tiveram tradição nos 200m borboleta masculino, com inúmeros atletas beliscando medalhas e finais importantes ao longo dos anos. O ouro olímpico, todavia, demorou para chegar. Foi nos Jogos de Tóquio-2020, que Kristóf Milák finalmente trouxe a dourada para a Hungria na modalidade, com direito a quebra de recorde olímpico.
Desde então, Kristóf Milák continuou dominante nos 200m borboleta masculino. Em Budapeste-2022, em casa, o húngaro conquistou o seu segundo campeonato mundial, estabelecendo o novo recorde mundial com a marca de 1m50s34. No entanto, o nadador não competiu nos dois mundiais seguintes, pois decidiu tirar um tempo fora das grandes competições para se ‘recarregar’, palavras dele. Kristóf Milák se classificou à Paris-2024 vencendo a seletiva olímpica da Hungria, mostrando que é definitivamente o nome a ser batido na categoria.
Os dois principais nadadores que podem atrapalhar o caminho do atual campeão olímpico são Léon Marchand, da França, e Tomoru Honda, do Japão. O francês fez um ciclo olímpico bastante interessante, vencendo o mundial de Fukuoka-2023 e ficando com a prata em Budapeste 2022. Por outro lado, o japônes tem sido presença constante nos pódios dos principais torneios da categoria. Ele foi bronze na última Olímpiada, bronze nos mundiais de Budapeste 2022 e Fukuoka-2022, e é o atual campeão mundial, em Doha-2024.
O Brasil nos 200m borboleta masculino dos Jogos Olímpicos
O Brasil participou de nove edições olímpicas nos 200m borboleta masculino e Kaio Marcio Almeida e Leonardo de Deus são os responsáveis pelos principais resultados brasileiros na história da prova. Kaio Márcio Almeida, natural da Paraíba, participou de quatro edições olímpicas: Atenas-2004, Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, sendo finalista na edição chinesa.
Na Olimpíada da China, Kaio foi sétimo colocado, em uma das finais olímpicas mais fortes da história e que teve ouro e recorde mundial de Michael Phelps. Kaio ficou nas eliminatórias em Londres-2012 e voltou a chegar às semifinais na Rio-2016, avançar de fase nos Jogos Rio-2016, onde ficou em 14º lugar. Em Atenas-2004, sua estreia, também parou nas eliminatórias.
Leonardo de Deus é outro nadador brasileiro com múltiplas presenças em Jogos Olímpicos. Ele estreou em Londres-2012, ficando no 21º lugar. No jogos do Rio-2016, melhoru sua marca e conquistou a 13ª colocação. Por fim, fez história em Tóquio-2020, alcançando sua primeira final olímpica e ficando na 6ª colocação, sendo o melhor resultado do Brasil na prova.
Além de Kaio e Léo, outro bom resultado do Brasil na prova foi de Eduardo Piccinini, 15º lugar nos Jogos de Barcelona-92. Também representaram o Brasil nos 100m borboleta Aldo Perseke em Roma-1960, Marcus Mattioli, Djan Madruga e Cláudio Kestener em Moscou-1980, Ricardo Prado e Marcelo Jucá em Los Angeles-1984, Eduardo de Poli e Emmanuel Nascimento em Seul-1988 e André Teixeira em Barcelona-1992.
Histórico dos 200m borboleta masculino nos Jogos Olímpicos
Os 200m borboleta masculino apareceram pela primeira vez no programa olímpico da natação nos Jogos de Melbourne-1956, sendo os Estados Unidos os maiores vitoriosos desde então, com dez ouros. Da sua estreia olímpica até os dias de hoje, vários países já subiram ao pódio, mas além dos americanos, Japão, Austrália e Hungria são países com maior tradição nesta prova, considerada a mais difícil da natação competitiva, por exigir muito fisicamente dos atletas.
O primeiro pódio olímpico da história foi de William Yorzyk, dos Estados Unidos, em Melbourne-1956. Mas o primeiro recorde mundial dos 200m borboleta masculino foi registrado apenas em 1959, também com um americano, Mike Troy, que nadou a distância em 2m19s00. Troy se consagrou campeão olímpico um ano depois em Roma-1960 com 2m12s80, também recorde mundial.
Vitória australiana
Em Tóquio-1964, o australiano Kevin Berry levou o ouro, deixando para trás o americano Carl Robie, que ficou com a prata. Berry se aposentou e Robie continuou na natação para buscar o ouro olímpico que lhe escapara, conseguindo-o na Olimpíada da Cidade do México-1968. O mito americano Mark Spitz, que era o favorito absoluto, foi o primeiro colocado nas eliminatórias, mas na final piorou muito e terminou em oitavo lugar.
Quatro anos depois, na Olimpíada de Munique-1972, Spitz não deu chance para os adversários. Após dominar todo o ciclo olímpico, venceu na Alemanha com um tempo impressionante para a época (2min00s70). A hegemonia americana na prova foi mantida em Montreal-1976, com a vitória de Mike Bruner.
O boicote americano aos Jogos de Moscou-1980 permitiu que a União Soviética conquistasse seu único ouro nesta prova, com Sergey Fesenko. Os americanos também não subiram no pódio em casa nos Jogos de Los Angeles-1984. O ouro ficou com o australiano Jon Sieben.
Os quatro campeões olímpicos após a Olimpíada de Los Angeles chegaram à edição dos Jogos como recordistas mundiais e confirmaram o favoritismo. Michael Gross da Alemanha Ocidental venceu a Olimpíada de Seul-1988; Melvin Stewart, dos Estados Unidos, foi o campeão de Barcelona-1992; o russo Denis Pankratov venceu em Atlanta-1996; e Tom Malchow deu aos Estados Unidos um novo ouro em Sydney-2000.
Era Michael Phelps
A partir de 2000, começou a era Michael Phelps na natação mundial. O domínio de Phelps nos 200m borboleta começou poucos meses após Sydney, em março de 2001 quando o atleta quebrou pela primeira vez o recorde mundial com 1m54s92. Phelps venceu em Atenas-2004 e Pequim-2008, quando cravou 1m52s03, marca que segue até hoje como recorde olímpico.
Na Olimpíada de Londres-2012, todos esperavam um novo título olímpico de Phelps nos 200m borboleta, mas o jovem sul-africano Chad Le Clos, então com apenas 20 anos, estragou a festa e levou o ouro, deixando a prata para o americano. Em 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio, Phelps voltou para recuperar o título. Precisou superar uma dura prova contra o japonês Masato Sakai e levou sua 20ª medalha de ouro olímpica – ele encerraria os Jogos do Rio somando um total de 23 ouros olímpicos na nação.
Vitória húngara
Em Tóquio-2020, o jovem húngaro Kristóf Milák colocou seu nome na história da modalidade. Ele foi para o Japão como favorito, após ter vencido o mundial de 2019, e não desapontou. Milák liderou todas as provas em Tóquio, e conquistou o seu primeiro ouro olímpico. De quebra, ainda estabeleceu o novo recorde olímpico dos 200m borboleta masculino, com o tempo de 1m51s25 na grande final.
Os medalhistas dos 200m borboleta masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Melbourne 1956 | Bill Yorzyk (USA) | Takashi Ishimoto (JPN) | György Tumpek (HUN) |
Roma 1960 | Mike Troy (USA) | Neville Hayes (AUS) | Dave Gillanders (USA) |
Tóquio 1964 | Kevin Berry (AUS) | Carl Robie (USA) | Fred Schmidt (USA) |
Cidade do México 1968 | Carl Robie (USA) | Martyn Woodroffe (GBR) | John Ferris (USA) |
Munique 1972 | Mark Spitz (USA) | Gary Hall (USA) | Robin Backhaus (USA) |
Montreal 1976 | Mike Bruner (USA) | Steve Gregg (USA) | Bill Forrester (USA) |
Moscou 1980 | Sergey Fesenko (URS) | Philip Hubble (GBR) | Roger Pyttel (GDR) |
Los Angeles 1984 | Jon Sieben (AUS) | Michael Gross (FRG) | Rafael Vidal (VEN) |
Seul 1988 | Michael Gross (FRG) | Benny Nielsen (DEN) | Anthony Mosse (NZL) |
Barcelona 1992 | Mel Stewart (USA) | Danyon Loader (NZL) | Franck Esposito (FRA) |
Atlanta 1996 | Denis Pankratov (RUS) | Tom Malchow (USA) | Scott Goodman (AUS) |
Sydney 2000 | Tom Malchow (USA) | Denys Sylantiev (UKR) | Justin Norris (AUS) |
Atenas 2004 | Michael Phelps (USA) | Takashi Yamamoto (JPN) | Steve Parry (GBR) |
Pequim 2008 | Michael Phelps (USA) | László Cseh (HUN) | Takeshi Matsuda (JPN) |
Londres 2012 | Chad le Clos (RSA) | Michael Phelps (USA) | Takeshi Matsuda (JPN) |
Rio 2016 | Michael Phelps (USA) | Masato Sakai (JPN) | Tamás Kenderesi (HUN) |
Tóquio 2020 | Kristóf Milák (HUN) | Tomoru Honda (JPN) | Federico Burdisso (ITA) |
Quadro de medalhas dos 200m borboleta masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Estados Unidos | 10 | 5 | 5 | 20 |
Austrália | 2 | 1 | 2 | 5 |
Alemanha Ocidental | 1 | 1 | 0 | 2 |
Rússia | 1 | 0 | 0 | 1 |
África do Sul | 1 | 0 | 0 | 1 |
União Soviética | 1 | 0 | 0 | 1 |
Hungria | 1 | 1 | 2 | 4 |
Japão | 0 | 4 | 2 | 6 |
Grã-Bretanha | 0 | 2 | 1 | 3 |
Nova Zelândia | 0 | 1 | 1 | 2 |
Dinamarca | 0 | 1 | 0 | 1 |
Ucrânia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Alemanha Oriental | 0 | 0 | 1 | 1 |
França | 0 | 0 | 1 | 1 |
Venezuela | 0 | 0 | 1 | 1 |
Itália | 0 | 0 | 1 | 1 |