Natação
Natação nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Provas com atletas brasileiros
Calendário da natação nos Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
Com 18 atletas classificados e apenas 15 provas para disputar na natação dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Brasil tem poucas chances de medalha. As maiores chances estão concentradas nos 400 m livre, tanto no masculino com Guilherme Costa como no feminino com Maria Fernanda Costa. Enquanto ele tem tido muita regularidade com uma medalha de bronze e dois quartos lugares nos três Mundiais do ciclo, ela é uma nadadora em ascensão, que foi quarta colocada no Mundial deste ano.
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Além dos dois, o Brasil tem chances de fazer final com Beatriz Dizotti nos 1500 m livre feminino e com Gabriele Roncatto também nos 400 m livre feminino. Nos revezamentos, o 4×200 m livre feminino está em ascensão e aparece como o mais cotado. Mas tanto os 4×100 m masculino e feminino quanto o 4×200 masculino têm chances de chegarem à final.
Dos medalhistas de bronze do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Bruno Fratus está fora da competição por lesão e Fernando Scheffer só se classificou para fazer parte do revezamento 4 x 200 m livre.
Locais de competição
Arena Paris La Défense
- Capacidade: 40.000 espectadores
- Esportes: Natação, natação paralímpica e polo aquático
A Arena Paris La Défense em Nanterre é uma instalação verdadeiramente excepcional em termos de escala, capacidade e tecnologia: 13km de arquibancadas, estrutura de 5.500 toneladas e 28.632 m2 de quadras e campos. Embora este recinto já tenha recebido mais de 2 milhões de espectadores desde sua abertura, com atuações de importantes artistas internacionais, convenções e seminários, além de jogos de rugby do Racing 92, seu clube residente, em 2024 acolherá eventos de natação pela primeira vez graças à sua estrutura modular e polivanente.
Natação masculina do Brasil em Jogos Olímpicos
A participação brasileira nos Jogos Olímpicos começou nos Jogos da Antuérpia, em 1920, quando pela primeira vez que o Brasil levou atletas para as competições de natação. Naquela edição, Ângelo Gammaro e Orlando Amendola disputaram a prova dos 100m livre, onde pararam nas eliminatórias.
O Brasil conquistou até hoje 16 medalhas olímpicas, sendo elas uma de ouro, quatro de prata e 11 de bronze.
César Cielo
César Cielo é o único campeão olímpico do Brasil na natação até o momento. Homem mais rápido do mundo, possuindo ainda seus recordes mundiais nos 50 m livre (20s91) e 100 m livre (46s91), Cesão brilhou no imponente Cubo D’água nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. Ali ele conquistou o sonhado ouro olímpico no 50 m livre, com o recorde olímpico de 21s30, marca que permanece até hoje.
Considerado o maior nadador brasileiro de todos os tempos, Cielo conquistou ainda outras duas medalhas de bronze, nos 100 m livre em Pequim-2008 e nos 50 m livre em Londres-2012
Gustavo Borges e Fernando Scherer
As provas de velocidade deram ao Brasil outras importantes medalhas olímpicas ao longo da história, sendo quatro delas de Gustavo Borges. Ele é o nadador brasileiro com mais medalhas na história olímpica do Brasil até hoje.
Em Barcelona 1992, Borges perdeu apenas para o russo Alexander Popov e levou a prata nos 100 m livre, confirmada após uma polêmica com o placar eletrônico da raia de Gustavo, que falhou e não registrou a chegada do brasileiro. Foi necessária uma intervenção da delegação brasileira para a confirmação do pódio.
Em Atlanta-96, dois novos pódios, sendo a prata dos 200m livre e o bronze nos 100m livre. Na mesma edição, um novo pódio para o Brasil com Fernando Scherer, o Xuxa, nos 50m livre.
Quatro anos depois, Gustavo e Xuxa conquistaram juntos mais uma medalha de bronze, no revezamento 4 x100m livre em Sydney-2000. A equipe tinha ainda Carlos Jayme e Edvaldo Valério, baiano que se tornou com isso o primeiro negro do Brasil a conquistar uma medalha olímpica na natação, ficando atrás apenas das praticamente imbatíveis equipes da Austrália e dos Estados Unidos.
Bruno Fratus
A tradição do Brasil nas provas de velocidade da natação seguiu até os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, quando Bruno Fratus conquistou a medalha de bronze nos 50 m livre. Na mesma edição, Fernando Scheffer foi terceiro colocado nos 200 m livre.
Pioneiros
Muito antes de Cielo, Borges e Xuxa, o Brasil teve outro grande e respeitável nome nessas provas. Manoel dos Santos foi o primeiro grande velocista do Brasil, com a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Roma-1960 nos 100m livre. Santos também foi recordista mundial da distância entre 1961 e 64.
Mas o pioneiro brasileiro em medalhas não veio de uma prova de velocidade, mas da prova de maior distância do programa olímpico, os 1.500m livre. Tetsuo Okamoto foi o primeiro atleta brasileiro ao subir em um pódio olímpico, feito conquistado em Helsinque-1952 com o bronze.
Ricardo Prado e Thiago Pereira
De uma outra prova longa e considerada por muitos a mais difícil da natação olímpica, vem outros dois grandes ídolos do Brasil, Ricardo Prado e Thiago Pereira, que fizeram história nos 400 m medley. Melhor nadador brasileiro da década de 80, Prado se tornou o primeiro brasileiro campeão mundial de natação na edição do torneio disputada em Guayaquil, no Equador, em 1982, com direito a recorde mundial da prova dos 400 m medley.
Dois anos depois, nos Jogos de Los Angeles em 1984, Pradinho foi medalhista de prata, atrás apenas do canadense Alex Baumann, que ainda por cima bateu o recorde de Prado. O brasileiro ainda quase beliscou a medalha de bronze nos 200m costas naquela Olimpíada.
Seu sucessor nesta prova foi Thiago Pereira, que se tornou um dos melhores atletas do mundo no nado medley, protagonizando grandes disputas contra os americanos Michael Phelps e Ryan Lochte e o húngaro Laszló Cseh. A medalha olímpica de Thiago só chegou em Londres-2012, com a prata obtida após uma disputa emocionante contra Ryan Lochte, ouro, e o japonês Kosuke Hagino, bronze, deixando Michael Phelps, o maior de todos os tempos, em quarto lugar.
Revezamentos
Em Moscou-1980 veio a primeira medalha olímpica de revezamentos para o Brasil. Djan Madruga, Cyro Delgado, Marcus Mattioli e Jorge Fernandes foram medalhistas de bronze no 4 x 200m livre, ficando atrás da União Soviética (ouro), e Alemanha Oriental, prata.
Ainda no masculino, é muito importante destacar outros grandes nomes do país, como José Fiolo, quarto colocado nos 100m peito nos Jogos da Cidade do México-68, Kaio Márcio Almeida, duas vezes recordista mundial nas provas de borboleta e finalista olímpico em Pequim-2008 e Rogério Romero, que com cinco participações olímpicas é o nadador brasileiro que mais foi a Jogos Olímpicos, ficando entre os oito melhores nos 200m costas em Seul-1988 e Sydney-2000.
A natação feminina do Brasil em Olimpíadas
Maria Emma Hulga Lenk Zigler, ou simplesmente Maria Lenk. Esse é o nome da primeira mulher latino-americana, em todas as modalidades, a participar de uma edição de Jogos Olímpicos, feito conquistado em Los Angeles-1932. Ídolo histórico do esporte nacional, não chegou a ser finalista olímpica, mas foi recordista mundial das provas de 200m peito e 400m peito, prova extinta nos dias de hoje.
As marcas foram conquistadas em 1939, um ano antes dos Jogos Olímpicos de Londres-1940, edição cancelada devido à Segunda Guerra Mundial, quando estaria entre as favoritas para conquistar o ouro. Ela faleceu poucos meses antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio em 2007, mas foi homenageada ao ter o principal estádio aquático do Brasil nomeado com seu nome, o “Estádio Aquático Maria Lenk”.
Em provas de piscinas, os melhores resultados femininos do Brasil vieram com nadadoras de épocas distintas. Piedade Countinho foi quinto lugar em Berlim-1936 nos 400m livre, feito igualado por Joanna Maranhão nos 400m medley em Atenas-2004.
Vale destacar também Flávia Delarolli, oitava colocada em Atenas-2004 nos 50m livre, Etiene Medeiros, que repetiu a colocação de Flávia na mesma prova nos Jogos do Rio-2016 e Gabriela Silva, sétima colocada nos 100m borboleta em Pequim-2008. Ainda em Atenas, Joanna Maranhão, Monique Ferreira, Mariana Brochado e Paula Barracho ficaram em sétimo lugar no revezamento 4 x 200m livre.
Medalhistas olímpicos do Brasil na natação
Medalha | Atleta | Olimpíada | Prova | Data |
---|---|---|---|---|
Bronze | Tetsuo Okamoto | Helsinque-1952 | 1500 metros livre masculino | 2 de agosto de 1952 |
Bronze | Manuel dos Santos | Roma-1960 | 100 metros livre masculino | 27 de agosto de 1960 |
Bronze | Jorge Fernandes Marcus Mattioli Cyro Delgado Djan Madruga | Moscou 1980 | Revezamento 4 × 200 metros livre masculino | 23 de julho de 1980 |
Prata | Ricardo Prado | Los Angeles 1984 | 400 metros medley individual masculino | 30 de julho de 1984 |
Prata | Gustavo Borges | Barcelona-1992 | 100 metros livre masculino | 28 de julho de 1992 |
Prata | Gustavo Borges | Atlanta 1996 | 200 metros livre masculino | 20 de julho de 1996 |
Bronze | Gustavo Borges | Atlanta 1996 | 100 metros livre masculino | 22 de julho de 1996 |
Bronze | Fernando Scherer | Atlanta 1996 | 50 metros livre masculino | 25 de julho de 1996 |
Bronze | Gustavo Borges Fernando Scherer Carlos Jayme Edvaldo Valério | Sydney 2000 | Revezamento 4 × 100 metros livre masculino | 16 de setembro de 2000 |
Ouro | César Cielo | Pequim 2008 | 50 metros livre masculino | 16 de agosto de 2008 |
Bronze | César Cielo | Pequim 2008 | 100 metros livre masculino | 14 de agosto de 2008 |
Prata | Thiago Pereira | Londres 2012 | 400 metros medley individual masculino | 28 de julho de 2012 |
Bronze | César Cielo | Londres 2012 | 50 metros livre masculino | 3 de agosto de 2012 |
Bronze | Fernando Scheffer | Tóquio 2020 | 200 metros livre masculino | 27 de julho de 2021 |
Bronze | Bruno Fratus | Tóquio 2020 | 50 metros livre masculino | 1 de agosto de 2021 |
Quadro de medalhas da natação nos Jogos Olímpicos
Ordem | País | ||||
---|---|---|---|---|---|
1 | USA Estados Unidos | 268 | 189 | 152 | 609 |
2 | AUS Austrália | 69 | 70 | 74 | 213 |
3 | GDR Alemanha Oriental | 38 | 32 | 22 | 92 |
4 | HUN Hungria | 26 | 26 | 21 | 73 |
5 | JPN Japão | 24 | 27 | 32 | 83 |
6 | NED Países Baixos | 22 | 21 | 19 | 62 |
7 | GBR Grã-Bretanha | 20 | 31 | 31 | 82 |
8 | CHN China | 16 | 21 | 12 | 49 |
9 | GER Alemanha | 14 | 19 | 31 | 64 |
10 | URS União Soviética | 12 | 21 | 26 | 59 |
11 | CAN Canadá | 9 | 18 | 28 | 55 |
12 | SWE Suécia | 9 | 16 | 14 | 39 |
13 | FRA França | 8 | 16 | 20 | 44 |
14 | RSA África do Sul | 7 | 7 | 6 | 20 |
15 | EUN Equipa Unificada | 6 | 3 | 1 | 10 |
16 | RUS Rússia | 5 | 9 | 9 | 23 |
17 | ITA Itália | 5 | 7 | 17 | 29 |
18 | UKR Ucrânia | 4 | 3 | 2 | 9 |
19 | FRG Alemanha Ocidental | 3 | 5 | 14 | 22 |
20 | DEN Dinamarca | 3 | 5 | 7 | 15 |
21 | ROU Romênia | 3 | 2 | 4 | 9 |
22 | IRL Irlanda | 3 | 1 | 4 | |
TUN Tunísia | 3 | 1 | 4 | ||
24 | BRA Brasil | 2 | 4 | 11 | 17 |
25 | ZIM Zimbabwe | 2 | 4 | 1 | 7 |
26 | ANZ Australásia | 2 | 3 | 3 | 8 |
27 | ESP Espanha | 2 | 2 | 4 | 8 |
28 | ROC ROC | 2 | 2 | 1 | 5 |
29 | NZL Nova Zelândia | 2 | 1 | 3 | 6 |
30 | AUT Áustria | 1 | 6 | 5 | 12 |
31 | EUA Equipe Alemã Unida | 1 | 5 | 6 | 12 |
32 | GRE Grécia | 1 | 4 | 3 | 8 |
33 | POL Polônia | 1 | 3 | 2 | 6 |
34 | KOR Coreia do Sul | 1 | 3 | 4 | |
35 | BEL Bélgica | 1 | 2 | 2 | 5 |
36 | CRC Costa Rica | 1 | 1 | 2 | 4 |
37 | ARG Argentina | 1 | 1 | 1 | 3 |
BUL Bulgária | 1 | 1 | 1 | 3 | |
39 | YUG Jugoslávia | 1 | 1 | 2 | |
40 | MEX México | 1 | 1 | 2 | |
SUR Suriname | 1 | 1 | 2 | ||
42 | KAZ Cazaquistão | 1 | 1 | ||
LTU Lituânia | 1 | 1 | |||
SIN Singapura | 1 | 1 | |||
45 | BLR Bielorrússia | 2 | 1 | 3 | |
46 | SVK Eslováquia | 2 | 2 | ||
HKG Hong Kong | 2 | 2 | |||
48 | FIN Finlândia | 1 | 4 | 5 | |
49 | CUB Cuba | 1 | 1 | 2 | |
NOR Noruega | 1 | 1 | 2 | ||
51 | CRO Croácia | 1 | 1 | ||
SLO Eslovênia | 1 | 1 | |||
SRB Sérvia | 1 | 1 | |||
54 | SUI Suíça | 3 | 3 | ||
55 | PHI Filipinas | 2 | 2 | ||
56 | TTO Trindade e Tobago | 1 | 1 | ||
VEN Venezuela | 1 | 1 | |||
TOTAL | 604 | 603 | 605 | 1 812 |