10 km masculino
10 km masculino – maratona aquática – Jogos Olímpicos de Paris-2024
Chances do Brasil
O Brasil não teria nenhum competidor nos 10 km masculino, mas uma nova regra da World Aquatics e do Comitê Olímpico Internacional (COI) deu a possibilidade do país ter um representante na competição. Segundo o regulamento, atletas que conseguiram índice na natação para os 800 m ou 1500 m livre podem participar da prova desde que seu país não tenha nenhum nadador classificado para os Jogos. Por conta desta brecha, Guilherme Costa, que fez índice para os 200 m, 400 m e 800 m, vai nadar também os 10 km.
Guilherme não vai “cru” para a maratona aquática, pois o nadador já competiu na categoria, quando ficou em 5º lugar, junto com Cibele Jungblut, Viviane Jungblut e Bruce Hanson Almeida, no Mundial de 2022, nos 6 km por equipe.
Dito isto, as chances de Guilherme de pódio são muito baixas, já que o carioca competirá contra atletas mais acostumados a longa distância da prova. Um top-10 já seria um feito enorme, mas provavelmente o brasileiro acabará em posições inferiores.
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Os favoritos
Um dos favoritos é o alemão Florian Wellbrock, que é o atual campeão olímpico da categoria. Apesar do nadador ter passado longe dos pódios nos 5 km e 10 km do Mundial de 2024, ficando em 9º e 29º, respectivamente, o mesmo tem grandes feitos de Tóquio-2020 até aqui, como as medalhas de ouro nos Mundiais nas categorias 5 km (2022 e 2023) e 10 km (2023), além do bronze nos 10 km (2022).
Junto com Florian, o húngaro Kristóf Rasovszky, prata em Tóquio, também vem em alta. Kristóf é o atual campeão mundial nos 10 km, a distância olímpica, além de ter sido medalhista de prata no Mundial de 2023 na mesma categoria.
Por fim, o italiano Gregorio Paltrinieri também vem forte. O nadador foi bronze em Tóquio-2020 e foi campeão Mundial nos 10 km em 2022. Além dos feitos, Gregorio obteve duas pratas nos 5 km (2022 e 2023)
Brasil nos 10 km masculino da maratona aquática
Das quatro Olimpíadas em que os 10 km esteve, o Brasil esteve presente apenas em duas. Em Pequim-2008, Allan do Carmo ficou em 14º, enquanto no Rio, em 2016, o mesmo Allan do Carmo representou o Brasil de novo, mas desta vez terminou em 18º.
Histórico dos 10 km masculino da maratona aquática
Os Jogos Olímpicos são recheados de grandes histórias de superação e não poderia ser diferente com as maratonas aquáticas, que já estrearam no programa olímpico com uma delas.
Diagnosticado com leucemia em 2001, o holandês Maarten van der Weijden passou por dois anos em uma árdua batalha contra o câncer, convivendo com quimioterapia e transplantes de medula óssea. O jovem nadador na época sequer pensava em uma medalha olímpica. Retornando aos treinamentos como auxílio ao seu tratamento e visando reencontrar seu condicionamento físico extremamente debilitado ao longo de todo o processo, Weijden se reencontrou na natação e foi aos poucos voltando a dar grandes resultados no esporte, conquistando medalhas já na temporada de 2006 das etapas da Copa do Mundo.
Na final olímpica de Pequim-2008, ele não era o favorito, mas fez uma perfeita estratégia de prova sempre colado no pelotão principal. Foi assumir a ponta faltando apenas 60 metros para o fim da prova, se tornando o primeiro campeão olímpico da modalidade. Foi seguido por David Davies do Grã Bretanha e Thomas Lurs da Alemanha. Em entrevista, Weijden disse que viveu, em um espaço de apenas sete anos, os dois momentos mais surreais de sua vida. O pior, a leucemia, e o melhor, o ouro olímpico. Os dois na mesma intensidade, segundo ele.
O tunisiano Oussama Mellouli é o primeiro atleta a conquistar a medalha de ouro olímpica na piscina e nas águas abertas (Reprodução)
Quatro anos depois, o ouro ficou com o tunisiano Oussama Mellouli e se tornou um feito histórico, fazendo do atleta africano o primeiro, e até agora único, campeão olímpico tanto na piscina quanto nas águas abertas, já que ele também venceu os 1500 m em Pequim-2008. Mellouli é um dos atletas mais respeitados e admirados da natação mundial. A prata ficou com o alemão Thomas Lurs, único entre homens e mulheres com dois pódios olímpicos e o bronze com o canadense Richard Weinberger, único homem do continente americano a subir no pódio da prova até agora.
Na Rio-2016, o título voltou para a Holanda, com Ferry Weertman, seguido pelo grego Spyridon Gianniotis e pelo francês Marc-Antoine Olivier. O brasileiro Alan do Carmo ficou em 18º lugar. Já em Tóquio-2020, o ouro foi pela primeira vez para a Alemanha, com Florian Wellbrock. A prata ficou com o húngaro Kristóf Rasovszky, enquanto o bronze foi para o italiano Gregorio Paltrinieri.
Os medalhistas dos 10km masculino nos Jogos Olímpicos
Jogos | Ouro | Prata | Bronze |
Pequim-2008 | Maarten van der Weijden (NED) | Dave Davies (GBR) | Thomas Lurz (GER) |
Londres-2012 | Oussama Mellouli (TUN) | Thomas Lurz (GER) | Richard Weinberger (CAN) |
Rio-2016 | Ferry Weertman (NED) | Spyros Gianniotis (GRE) | Marc-Antoine Olivier (FRA) |
Tóquio-2020 | Florian Wellbrock (GER) | Kristóf Rasovszky (HUN) | Gregorio Paltrinieri (ITA) |
Quadro de medalhas dos 10km masculino nos Jogos Olímpicos
País | Ouro | Prata | Bronze | Total |
Holanda | 2 | 0 | 0 | 2 |
Alemanha | 1 | 1 | 1 | 3 |
Tunísia | 1 | 0 | 0 | 1 |
Hungria | 0 | 1 | 0 | 1 |
Grã-Bretanha | 0 | 1 | 0 | 1 |
Grécia | 0 | 1 | 0 | 1 |
Itália | 0 | 0 | 1 | 1 |
Canadá | 0 | 0 | 1 | 1 |
França | 0 | 0 | 1 | 1 |